O primeiro incidente chocante deste ano aconteceu na madrugada do Ano Novo na cidade de Nova Orleans, EUA. O criminoso dirigiu um caminhão carregado com explosivos em meio a uma multidão que comemorava o ano novo, atropelando muitas pessoas. Mais de 10 pessoas morreram no local e dezenas ficaram feridas. Além disso, na cidade de Nova Iorque, um grande tiroteio fora de um local de entretenimento feriu 11 pessoas.
Em Melbourne, estado de Vitória, Austrália, no dia 10 de janeiro, um confronto com facas entre jovens resultou na morte de uma pessoa e ferimentos em duas outras. Nos subúrbios de Brisbane, nos estados de Nova Gales do Sul e Queensland, ocorreram confrontos com facas e tiroteios que causaram mortos e feridos.
No dia 22 de janeiro, em Aschafemburgo, estado da Baviera, Alemanha, um criminoso atacou pessoas em um parque com uma faca, matando duas pessoas, incluindo uma criança, e ferindo três.
No mesmo dia, perto de uma estação ferroviária em Nagano, Japão, pessoas que esperavam um ônibus foram atacadas por um criminoso em um ataque desenfreado com faca, resultando em mortes e ferimentos.
No dia 13 de fevereiro, em Munique, Alemanha, ocorreu uma verdadeira tragédia. Um criminoso dirigiu um carro descontroladamente em meio a uma multidão, ferindo 28 pessoas, incluindo crianças.
Antes que o impacto desse incidente pudesse se dissipar, crimes de facadas indiscriminadas ocorreram no centro da cidade de Villach, na Áustria, perto da prefeitura de Mulhouse, na França, e em um estacionamento de uma loja na Austrália.
Em março, ataques com facas sem distinção aconteceram também em Amsterdã, nos Países Baixos, em Melbourne, na Austrália, e em Trondheim, na Noruega.
Até mesmo as escolas têm se tornado palco dessas agressões. No dia 24 de abril, em uma escola na cidade de Nantes, França, um estudante atacou quatro colegas com uma faca, matando um deles.
No dia 3 de maio, em Osaka, Japão, um criminoso dirigiu um carro de forma descontrolada contra crianças que voltavam da escola, ferindo sete delas. O criminoso confessou que, tomado pelo desespero com a vida, tentou atropelar as crianças com o veículo.
Vinte dias depois, em uma estação ferroviária em Hamburgo, Alemanha, uma mulher de 39 anos feriu 18 pessoas com uma faca, provocando pânico e medo extremos entre a população.
Esses são apenas alguns dos inúmeros crimes indiscriminados ocorridos no mundo ocidental em pouco mais de cinco meses.
Como se vê, assassinatos com armas de fogo, ataques com facas e outros crimes violentos têm se espalhado como um vírus maligno por todo o mundo capitalista.
Um fator comum entre todos esses casos é o desespero diante das condições difíceis e a insatisfação com a sociedade. Os criminosos confessaram frases como: "Estou na base da sociedade" e "Queria escapar desse ambiente complicado. Pensei em matar qualquer um."
A imprensa ocidental lamenta que a frustração por uma vida difícil seja descarregada atacando pessoas inocentes e alheias, destacando a gravidade do problema. Em suma, trata-se de um ódio humano gerado pelo desespero e abandono, fruto inevitável das relações sociais cheias de contradições e conflitos.
Esses crimes continuam acontecendo devido ao pessimismo diante da dura realidade social e ao sentimento de vazio espiritual, causado pela sensação de que hoje é difícil e o amanhã será ainda mais sombrio.
A sociedade capitalista, baseada no extremo individualismo, no culto ao dinheiro e na cruel lei do mais forte, transforma as pessoas em verdadeiras feras. É evidente que uma sociedade assim não pode ser considerada uma “sociedade civilizada”, como tentam afirmar os defensores da burguesia.
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