A facção reacionária brasileira, centrada em Mazzilli e que assumiu a “presidência” sob o apoio do imperialismo estadunidense, está intensificando a repressão contra todas as forças progressistas do país. Segundo informações de fontes locais no Rio de Janeiro, os conspiradores brasileiros iniciaram imediatamente a perseguição de cerca de 40 parlamentares de esquerda. Além disso, prenderam a maioria dos membros do governo durante o mandato de Goulart, bem como líderes de organizações estudantis e juvenis. Sob o pretexto de “prevenir a infiltração comunista”, os reacionários estão cometendo brutais atos de repressão.
Os Estados Unidos estão apoiando ativamente e protegendo os elementos reacionários brasileiros. No dia 3, em uma entrevista coletiva, o secretário de Estado dos EUA, Rusk, declarou abertamente que “os Estados Unidos manterão relações estreitas com o novo governo do Brasil e continuarão fornecendo ajuda necessária para o desenvolvimento econômico e social do país”.
Por outro lado, amplas massas do povo brasileiro e ativistas progressistas estão se opondo ao golpe e resistindo à repressão dos reacionários. João Mangabeira, líder da "Frente Parlamentar Nacional", que apoia as políticas de Goulart, condenou o golpe militar contra Goulart como sendo "antidemocrático e reacionário". Além disso, o presidente do Supremo Tribunal do Brasil, Oliveira, renunciou em sinal de protesto contra os atos ilegais do novo “governo”.
Além disso, deputados do Partido Trabalhista Brasileiro protestaram veementemente contra o novo “governo” pela prisão de parlamentares que apoiavam Goulart.
Na noite do dia 3, na cidade de Porto Alegre, ocorreu um confronto armado entre as tropas golpistas e unidades militares que apoiavam Goulart, resultando na morte de várias pessoas e em muitos feridos, segundo relatos.
Segundo a agência de notícias cubana, em despacho noturno de Havana, o jornal cubano "Noticías de Hoy" denunciou no dia 2 que o golpe militar no Brasil foi planejado no Pentágono, financiado por ele e executado sob suas instruções.
Além disso, deputados oriundos do Partido Trabalhista Brasileiro protestaram veementemente contra o novo “governo” pela prisão de parlamentares que apoiavam Goulart.
Um comentário destacou que os jornais e agências de notícias estadunidenses vinham atacando Goulart quase diariamente pelo fato de ele se recusar a participar de atos de agressão contra Cuba e por adotar uma política externa baseada no respeito ao direito de autodeterminação dos povos. Também apontou que, na véspera do golpe no Brasil, o Departamento de Estado dos EUA preparou um relatório provocador contra Goulart.
Em editorial publicado no dia 2, o jornal "El Mundo" enfatizou que a verdadeira causa do golpe militar ocorrido no Brasil foi o fato de as políticas implementadas pelo governo de Goulart se oporem aos monopólios estadunidenses e às forças reacionárias do Brasil.
Agência Central de Notícias da Coreia, 6 de abril de 1964
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