sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Melhoremos ainda mais a vida do povo mediante a correta aplicação do sistema de orçamento local


Discurso proferido na Sétima Sessão da 5ª Legislatura da Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia em 27 de abril de 1977.

Para desenvolver a indústria local é necessário que todos os distritos sigam o exemplo do distrito de Kangso, da província de Phyongan Sul. Atualmente, ele serve de modelo para todo o país o quanto à gestão da indústria local. No ano passado, o distrito manejou com eficiência e executou magnificamente seu orçamento, e ainda depois de cobrir os gastos com sua própria utilidade, entregou uma enorme quantia de dinheiro ao Estado.

Ademais, ao produzir uma grande quantidade e variedade produtos alimentícios e artigos de uso diário, fez considerável aporte ao melhoramento da vida de seus habitantes.

No ano passado, também a província de Jagang registrou um grande desenvolvimento no reforçamento da indústria local e na aplicação do sistema de orçamento local.

No resumo das contas, todos os distritos de nosso país introduziram com exatidão este sistema, ajustando assim por conta própria o orçamento. Isto é um relevante êxito neste trabalho.

Todavia, não poucos deles apenas conseguiram cobrir com os gastos com seus próprios ganhos, sem poder entregar ao Estado uma parte de seu dinheiro e nem aproveitar plenamente todas as reservas existentes em suas localidades.

As localidades têm muitas reservas para desenvolver sua indústria e aplicar melhor seu sistema orçamentário. Somente com a venda de diversos artigos de uso diário produzidos com os materiais das empresas da indústria central e com seus próprios materiais podem obter muito lucro, e incluso podem arrecadar não pouca quantidade de dinheiro melhorando os serviços aos trabalhadores mediante o adequado estabelecimento das instalações necessárias.

A partir do período da reabilitação da construção pós-guerra não concentramos as fábricas nas grandes cidades, mas as construímos em diferentes localidades. Como resultado, em quase todas as cidades e distritos de nosso país agora existem empresas da indústria central. Por exemplo, a província de Phyongan Sul as tem em quase todas suas cidades e distritos, e sobretudo, nos distritos de Tokchon, Anju, Sunchon, Songchon, Kangdong, Onchon e na cidadde de Nampo. Em Chungsan não há fábricas grandes, porém em seu lugar temos uma empresa pesqueira. Se os distritos conseguem que se realizem que se estreitem os vínculos entre as empresas da indústria central e as fábricas da indústria local, e que essas empresas prestem assistência ativa a estas fábricas, poderão resolver por conta própria muitos problemas. Com as empresas da indústria local desenvolvendo as próprias forças técnicas e tornando com seu processo de produção numerosos e variados os materiais e as fábricas da indústria local processando bem com sua ajuda técnica, poderão elaborar consideráveis produtos comestíveis e artigos de uso diário. Isto permitiria aos distritos obter muito mais ganhos.

O distrito de Kangso tem um adequado manejo da indústria local pois mobiliza e utiliza com eficiência os materiais do lugar e, ademais, mantém estreitas relações com o Complexo de Aço de Kangson, a Fábrica de Tratos Kumsong, a Fábrica de Artigos de Malha de Kangso e com outras empresas da indústria central que estão em sua região, das quais recebe assistência técnica e materiais, que elabora de maneira excelente. Se outros distritos também aproveitam com eficiência as reservas como faz Kangso, poderão reforçar com rapidez a indústria local e aplicar melhor o sistema de orçamento local.

Existem reservas por toda parte. Tanto nas províncias de Jagang e Ryanggang como a de Hamgyong Norte tem abundantes. Hamgyong Norte possui muito mais empresas da indústria central do que outras. Porém, devido a que seus funcionários não organizam bem o trabalho, não consegue desenvolver corretamente a indústria local, nem produz grande quantidades de artigos de uso diário que necessitam os habitantes. Esta é a província onde se sente mais a escassez desses artigos.

Na aplicação do sistema de orçamento local, os distritos não devem sentir-se satisfeitos com somente ajustar, por si mesmos, as saídas e entradas. Além disso, deve entregar bem ao Estado muito dinheiro e produzir mais produtos alimentícios e artigos de uso diário para cobrir com as demandas dos habitantes. E na aplicação desse sistema não deverão limitar-se a obter muito dinheiro, mas considerar como seu importante objetivo assegurar de modo satisfatório, com sua própria produção, o necessário para a vida da população. Os trabalhadores responsáveis devem pensar bastante em como desenvolver a indústria local e aplicar melhor o sistema de orçamento local para assim elevar visivelmente o nível de vida de todos os habitantes.

Os deputados e quadros que estão nesta reunião tem o dever de esforçar-se com afinco para melhorar a vida do povo. Ao os eleger como deputados às assembleias populares a todos os níveis, incluindo a Suprema, o povo espera que se tornem seus verdadeiros servos dispostos a trabalhar com vigor para os oferecer uma vida abundante. Não obstante, alguns de vocês carecem todavia da consciência de que devem ser fiéis servidores do povo e do espírito de empenhar-se em melhorar sua vida.

Na presente sessão participam muitos presidentes de comitês populares e de administração de distritos; os aconselho que nas reuniões de subcomissões se autocritiquem por seu trabalho e discutam com amplitude sobre como produzir mais artigos de uso diário, fazer uma revolução alimentar mediante um melhor processamento dos alimentos complementares e aumentar a prestação de serviços aos trabalhadores.

Assim tem de impulsionar este anos esses trabalhos por um curso correto.

Antes de tudo, há que desenvolver ainda mais a indústria local. Somente então é possível executar como é devido o orçamento distrital e elevar o nível de vida da população.

Os distritos devem produzir mais produtos alimentícios e artigos de uso diário com a mobilização e utilização ativa de suas reservas. Os que tem madeira, elaborarão artigos de madeira, e os que possuem fábricas metalúrgicas produzirão com seus materiais diversos artigos metálicos de uso diário. Ao mesmo tempo, desenvolverão a indústria alimentícia para obter altas quantidades e variedades de alimentos saborosos.

Faz falta construir devidamente as fábricas de soda cáustica e de carbonato de sódio. Em vista de que é ininterrupto o crescimento da demanda dessas substâncias para a indústria central, é impossível que das que ela produz possa destinar muito para a indústria local. Por isso, as localidades devem construir bem as fábricas de soda cáustica e de carbonato de sódio, de mediano e pequeno tamanhos, para satisfazer por conta própria suas necessidades.

Nas fábricas da indústria local há que fortalecer o sistema de poupança e avançar uma enérgica luta para diminuir os custos da produção.

No discurso de ano novo falei sobre a tarefa de reduzir os custos em mais de 2% comparação com o previsto do plano; todos os setores devem levá-la até as últimas consequências.

A fim de abaixar os custos é muito importante acabar com o desperdício de carvão e eletricidade. O Conselho de Administração me informou que o distrito de Kangso da província de Phyongan Sul realiza com êxito a luta para poupar carvão. Porém todavia existem localidades que não procedem assim e desperdiçam grandes quantidades de carvão. Se desperdiça-se, não é possível diminuir o custo da produção e nem solucionar com satisfação o problema da geração de eletricidade. Agora as centrais hidrelétricas não funcionam em plena capacidade pela escassez de água, devido à influência da frente fria, o que exige explorar ao máximo as termelétricas, destinando-as elevada quantidade de carvão. A par que aumenta a produção de carvão, é necessário poupá-lo em todos os setores, pois somente assim é possível fornecer o suficiente para as termelétricas e assegurar de maneira satisfatória a geração de energia elétrica.

Ao aumentar a produção de produtos alimentícios e artigos de uso diário e intensificar a luta pela poupança, todos os distritos devem executar consequentemente o orçamento local para este ano e assegurar sem falta mais receitas orçamentais do que o planejado.

É aconselhável melhorar a prestação de serviços aos trabalhadores. Em nosso país está atrasado este trabalho. Na sessão do Comitê Político do Comitê Central do Partido efetuada há algum tempo, se discutiu o problema de avançar uma enérgica luta para melhorá-lo no presente ano, de maneira que todos devem empenhar-se em resolver isto.

Realmente, aqui não há nenhum motivo para não poder acrescentar os serviços. Se produzem-se e vendem abundantes frutas, por exemplo, o povo se alegrará, porém, por que não se faz? Em nosso país se colhem grandes quantidades de frutas tanto nas hortas frutíferas como nas montanhas. Se os funcionários prestam um pouco mais de atenção, seguramente produziriam e venderiam muito mais frutas.

Também é possível processar e vender as águas minerais. Em nosso país não existe quase nenhuma localidade onde não tenham essas águas. A província de Phyongan Sul tem a de Kangso; a de Jagang, em Jongchon e Sijung, e também outras províncias as possuem em numerosos lugares. Se instalam-se ali simples equipamentos, é possível tratar consideráveis quantidades de água mineral fresca para vender ao povo.

No distrito de Kangso pusemos modernas instalações para processar a água mineral, para que também outras localidades seguissem esse exemplo. Porém, não as fizeram como devido. Esta é uma tarefa simples. Se os secretários responsáveis dos comitês partidistas e os presidentes dos comitês populares e de administração das cidades e distritos prestam atenção e organizam este trabalho e se as grandes fábricas e empresas de seus contornos ajudam um pouco, é possível criar excelentes estações.

Há que solucionar o problema de óleos comestíveis. Este problema não se resolver perfeitamente somente com o cultivo de girassol, de canola, de gergelim silvestre e outras plantas similares. Não importaremos matérias primas para tal. Nenhum país quer vender óleos e outros produtos para sua elaboração devido às más colheitas a nível mundial, causada pela influência da frente fria. Custe o que custar, devemos produzir por nossa própria conta o óleo comestível.

A solução está em instalar nas fábrica de elaboração de cereais e nas de amido de milho equipamentos para preparar também os óleos, chegando a 60 mil toneladas. Esta cifra chegará a quase 100 mil no futuro quando se processem três milhões de toneladas de milho.

Para conseguir essa quantidade de óleo com a soja se requer muita superfície de terra. Calculando que um zongbo de terra produz de 1,5 a 2 toneladas de soja, se necessitarão 400 mil zogbos para produzir 100 mil toneladas de óleo, porque dessa planta se extrai 13% de óleo. Aqui, onde está limitada a superfície de terra cultivável, é impossível destinar 400 zongbos ao cultivo de soja. Por isso todas as províncias, cidades e distritos tem que instalar os equipamentos para separar e processar nas fábricas de elaboração de cereais e nas de amido de milho, a fim de solucionar o problema de óleo comestível.

Como em quase todas as províncias, cidades e distritos existem essas fábricas ou as de óleo, podem produzir o óleo de milho se ali se põem os equipamentos necessários.

Se no futuro se extraem 100 toneladas de óleo de milho, é possível os fornecer suficiente ao povo. Produzir grande quantidade dele nos possibilitará utilizar outros óleos como matérias primas para a indústria.

O óleo de milho é saboroso e, segundo os médicos, é muito benéfico para a saúde. Porém agora, alguns trabalhadores não se esforçam o necessário para recolher os milhos e produzir óleo, desperdiçando uma boa matéria prima. Em certas granjas do setor pecuário se utiliza o milho como alimento para os animais, sem sequer se preocupar com os restos de grãos que sobram enquanto em outros lugares se lava o milho e se deixam que se vá alguns grãos. Isto demonstra que ainda não organizam com diligência a vida econômica do país. Se a organizamos assim, de qualquer forma, não poderemos viver com tranquilidade.

Há que aumentar a pesca.

Como disse também na reunião dos ativistas do setor pesqueiro da zona costeira ocidental efetuada faz algum tempo, agora embora no mar abundem os peixes, não estamos pescando muito, porque não podemos os fornecer suficientemente ao povo.

No Mar Oeste abundam o boqueirão, Ammodytes personatus e outros peixes menores, e Neomysis isaza Marukawa, o camarão e o molusco. Dizem que em alguns casos aparecem cardumes de , até com 1 metro de espessura. Porém os trabalhadores do setor pesqueiro desta zona não capturam bastantes peixes de tais espécies, mas tratam de pescar somente os grandes. Como consequência, nas lojas não se vende bastante pescado, nem abundam os moluscos, camarões e o Neomysis isaza Marukawa, alimentos altamente estimados por nosso povo.

Se agora não se captura muito no Mar Oeste, isto se deve inteiramente a que os funcionários não organizam bem o trabalho para aumentar a pesca.

Recentemente me encontrei com alguns pescadores desta zona. Eles me disseram que agora a Empresa Pesqueira de Nampo captura no mar da frente em Onchon, porém cada jornada se necessitam quatro ou cinco horas para a ida à zona de pesca e outras tantas para a volta. Para evitar males, durante a maré baixa os barcos não podem regressar ao porto, porque é muito grande a diferença entre a maré alta e a maré baixa no Mar Oeste. No resumo das contas, os pescadores empregam assim metade do tempo de sua permanência no mar para ir e vir da zona de pesca. Se perto desta zona prepara-se um simples cais para que os barcos possam atracar e descarregar o pescado, será possível ganhar mais tempo para a captura.

Segundo informações, os pescadores de uma cooperativa pesqueira da cidade de Songrim vão em barcos até o mar da frente até a cidade de Nampo, gastando mais tempo para ida e para a volta do que para a captura. Se instala-se um bom motor ao barco o tempo poderia ser diminuído. Para a cidade de Songrim nem sequer é um problema colocar bons motores nos barcos porque conta como uma grande empresa como o Complexo Siderúrgico de Juangje. Estas embarcação serão motorizadas com facilidade se colocam os motores de tratos. Na atualidade nossos funcionários falam muito da mecanização da economia rural, mas prestam pouca atenção à da pescaria.

Por carência de espírito popular, nem sequer tratam de conhecer quais problemas enfrentam a pescaria, nem adotam medidas para os solucionar. Por isso os critiquei na reunião dos ativistas do setor pesqueiro da zona costeira ocidental e orientei as tarefas para melhorar a pesca ali. No setor pesqueiro dessa zona há que cumpri-las cabalmente.

Antes de tudo, há que trabalhar com zelo para motorizar os barcos-bote e preparar as bases pesqueiras nas cercanias da zona de pesca. Se realiza-se isto, será possível aumentar as capturas ainda com os barcos já existentes.

Bastará com que nas bases pesqueiras se coloque um simples soalho onde possam atracar os barcos, depósitos de combustível, armazéns e algumas casas parecidas com as moradias modernas do campo, onde possam descansar os pescadores.

Faz falta processar com qualidade o pescado. Todavia muitas donas de casa poderiam se organizar em brigadas para processar o pescado e realizar um bom trabalho. Se com essas brigadas se elabora muito pescado, será possível abastecer a população com grande quantidade e variedade de alimentos saborosos e nutritivos, e incrementar a receita tanto para si como para enviar ao Estado.

Há todavia muitos trabalhos a serem feitos para melhorar a vida do povo e aumentar a receita orçamentária do Estado. Todos os órgãos locais do Poder e os funcionários, aplicando melhor o sistema de orçamento local, mediante um maior desenvolvimento da indústria local e uma mobilização e utilização ativa de todas as reservas e possibilidades, devem levar a um nível mais alto a vida do povo e seguir incrementando a receita orçamentária das localidades e do Centro.

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