A raiz dos problemas do Oriente Médio - A relação de conluio EUA-Israel (1)
O fogo do conflito armado que eclodiu na Faixa de Gaza, na Palestina, está se espalhando para as áreas ao redor, fazendo com que o Oriente Médio seja envolvido em um caos devastador de guerra.
Muitos analistas preocupados com a situação afirmam que a verdadeira causa do conflito é o fato de Israel, incapaz de cessar suas ações militares indiscriminadas na Faixa de Gaza, estar estendendo sua intervenção até o Líbano e o Irã, tentando restabelecer a ordem no Oriente Médio de acordo com os padrões dos Estados Unidos.
Israel é claramente a raiz da destruição da paz no Oriente Médio.
Quem foi responsável pelo surgimento do câncer maligno que é Israel no Oriente Médio? Isso pode ser compreendido ao se analisar o contexto histórico antes e após a criação do Estado de Israel.
No século XX, a região da Palestina começou a receber um grande número de judeus, influenciados pelo movimento sionista.
Naquela época, a Grã-Bretanha, que era a potência dominante na região do Oriente Médio, em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, fez a Declaração McMahon para conquistar a cooperação dos árabes, prometendo a independência da Palestina, que estava sob o domínio do Império Otomano por séculos. Dois anos depois, em 1917, a Grã-Bretanha publicou a Declaração Balfour, na qual expressava seu apoio à criação de um Estado judeu na Palestina.
As táticas dúbias da Grã-Bretanha intensificaram as contradições entre árabes e judeus, levando a conflitos sangrentos, e também aumentaram o ressentimento de ambos os lados em relação ao país europeu.
Naquele momento, o país que mais ativamente apoiou o sionismo foi os Estados Unidos.
Na Conferência de Paz de Paris de 1919, os Estados Unidos apresentaram uma proposta para a criação de um Estado independente na Palestina, com uma população majoritariamente judaica. Em seguida, os Estados Unidos incentivaram os judeus que viviam em seu território a investir na região da Palestina e a estabelecer empresas lá, oferecendo apoio financeiro ao movimento sionista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, devido à política de extermínio dos judeus pelo regime nazista da Alemanha, gerou-se uma onda de simpatia internacional pela criação do Estado judeu, e os Estados Unidos apoiaram fortemente a imigração de judeus para a Palestina.
Em maio de 1942, foi realizada em Nova York a Conferência dos Representantes do Sionismo nos Estados Unidos, na qual foi adotado o Plano Biltmore. Esse plano declarava o fim do domínio britânico e a criação de um Estado judeu em toda a Palestina, além de reivindicar a total liberdade de imigração judaica e a resolução da questão territorial.
O governo dos Estados Unidos deu total apoio a esse plano.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os palestinos resistiram de forma obstinada ao mandato britânico, enquanto os sionistas, por sua vez, levaram inúmeros judeus para a Palestina.
Era natural que as relações entre os britânicos, os palestinos e os sionistas se deteriorassem rapidamente.
Os Estados Unidos, vendo que a Grã-Bretanha estava em uma situação difícil, aproveitaram essa oportunidade para expulsar as potências britânica e francesa da região, enquanto tramavam suprimir e exterminar a luta de libertação nacional dos povos árabes. Para isso, usaram os sionistas como uma força de ataque. Nesse processo, buscavam explorar o belicismo e as ambições territoriais dos sionistas, ao mesmo tempo em que, seguindo a estratégia colonial de "dividir para governar", ampliavam as divisões étnicas e religiosas entre árabes e judeus, com o objetivo de realizar facilmente sua ambição de dominação no Oriente Médio.
A profunda conexão entre as elites dos Estados Unidos e os judeus também desempenhou um papel importante.
Naquela época, milhões de judeus nos Estados Unidos ocupavam posições importantes em diversos setores, como finanças, comércio e saúde, e as organizações judaicas eram uma força influente nas eleições para o Congresso e a presidência, com os candidatos sendo obrigados a conquistar seu apoio.
A Grã-Bretanha, sucumbindo à política rigorosa dos Estados Unidos e aos 3,75 bilhões de dólares em "ajuda à reconstrução pós-guerra", passou a questão da Palestina para as Nações Unidas. Em novembro de 1947, durante a segunda sessão da Assembleia Geral da ONU, os Estados Unidos conseguiram a aprovação de uma resolução que determinava a divisão da Palestina e a criação de dois Estados.
Os árabes se opuseram firmemente a isso, enquanto os judeus celebraram com entusiasmo.
Em 14 de maio de 1948, com a retirada das tropas britânicas da Palestina, o mandato britânico chegou ao fim.
Naquele dia, o Comitê Nacional Sionista convocou uma reunião do Congresso Nacional Judeu e proclamou a fundação do Estado judeu de Israel.
Poucos minutos depois, os Estados Unidos anunciaram que reconheciam o Estado de Israel.
Dessa forma, surgiu no Oriente Médio o câncer maligno que destrói a paz e a estabilidade: Israel.
Jang Chol
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