O investigador da Associação de Estudo de Políticas Internacionais, Kim Tong Myong, publicou em 12 de janeiro um artigo intitulado “O que a Cúpula Japão-França trará para a região da Ásia-Pacífico?”.
Seu texto completo segue:
Em 9 de janeiro, o Primeiro-Ministro japonês Kishida chegou na França na primeira escala de sua viagem pelos países membros do G-7 e realizou uma cúpula com o presidente Macron.
Ao explicar nessa ocasião o propósito e objetivo da nova estratégia de segurança nacional, apresentada em dezembro do ano passado sob o pretexto de “ameaça” proveniente dos países vizinhos, ele exaltou a França como “sócio importante e indispensável para converter a região do Indo-Pacífico na livre e aberta”.
E insistiu em fomentar sustentavelmente a colaboração substancial, inclusive os exercícios militares conjuntos com o país europeu, já que são “inseparável” a segurança da Europa e da Indo-Pacífico.
Assim foi comprovado que o objetivo da presente viagem de Kishida é conseguir o apoio dos países membros do G-7 à nova estratégia de segurança nacional que consiste principalmente no ataque preventivo e no aumento de gastos militares.
Em seu conteúdo e caráter, a estratégia em questão é uma guia de enfrentamento em que a existente política de “defesa exclusiva” passou a ser a de ataque preventivo e guerra.
A sociedade internacional avalia que ao tomar a decisão de possuir a “capacidade de contra-ataque à base inimiga”, o país insular retirou sua máscara de “Estado pacífico”.
Posto que aumentam a cada dia a preocupação e rechaço dos países vizinhos à dita estratégia do Japão, este recorre à viagem internacional para pedir o apoio dos países que compartilham a mesma “concepção de valor”.
O problemático é que alguns países ocidentais trazem instabilidade à região da Ásia-Pacífico somando-se ao movimento do Japão que tenta converter-se em potência militar.
O ponto mais perigoso é que todos os destinos de Kishida são países membros da OTAN.
Na Cúpula realizada em junho do ano passado, os principais membros da OTAN como EUA, Grã-Bretanha e França aprovaram a nova “concepção estratégica” cujo objetivo principal é fazer frente à China advertindo sobre seu “desafio sistemático às regiões relacionadas com a segurança da aliança”.
É consabido pelo mundo que a OTAN causou a escalada de tensão na Ásia-Pacífico ao divulgar seu plano de implantar muito mais navios de combate nesta região e tomar parte com maior afã nos exercícios militares com seus aliados.
No caso da França, em setembro do ano passado, despachou uma esquadrilha de aviação à região do Pacífico para o enfrentamento aéreo conjunto, patrocinado pelos EUA, sob o pretexto de demostrar a capacidade de suas forças aéreas do território nacional ao Pacífico Sul.
Pressionar em todos os sentidos a China ao justificar o avanço à região da Ásia-Pacífico sob diferentes pretextos e ampliar constantemente as influências sobre ela, eis aqui a sinistra intenção da OTAN que estende suas garras à mesma zona.
O comprova a tagarelice sobre o problema de Taiwan, um dos assuntos internos da China, que foi dito recentemente na Cúpula Japão-França no referente à “mudança unilateral do estado atual” no Mar Leste e do Sul da China.
A conduta do Japão, que cumpre o papel de guia em introduzir a OTAN, vestígio da Guerra Fria, na Ásia-Pacífico e o proceder da OTAN para meter-se nos assuntos desta região, semeiam a discórdia nesta zona onde já estão emaranhados os interesses no tema de história e de território, etc.
Evidentemente, eles estão tomando a opção errônea.
A região da Ásia-Pacífico não é a do passado e os países regionais observam com rigor os últimos movimentos preocupantes do Japão e das forças estrangeiras.
A visita ao exterior de Kishida só dará como resultado a inquietude de segurança na Ásia-Pacífico.
Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia
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