terça-feira, 31 de janeiro de 2023

A Austrália não tem qualidade para falar sobre a não proliferação nuclear e o desarme


Recentemente, Penny Wong, ministra das Relações Exteriores da Austrália, escreveu um artigo ao jornal britânico “Guardian” com relação ao 50º aniversário da ratificação do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares pela Austrália (23 de janeiro de 1973).

No artigo, ela disse que a Austrália, desde que ratificou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, foi um modelo global na não proliferação e no setor de desarme e justificou obstinadamente como segue.

Algumas pessoas estão dizendo que a ambição da Austrália de assegurar os submarinos de propulsão nuclear através da “AUKUS” prejudica a confiança da não proliferação nuclear. Porém o importante é que estes não são submarinos armados com armas nucleares. Outros países da região do Indo-Pacífico já administraram submarinos de propulsão nuclear durante dezenas de anos.

A ministra tentou justificar a ambição australiana de assegurar os submarinos de propulsão nuclear assinalando como segue.

Em 2022, a Coreia do Norte lançou mais de 60 mísseis balísticos. A China lançou 5 mísseis balísticos à zona marítima econômica exclusiva do Japão. A Rússia está aplicando uma ameaça imprudente e extrema de guerra nuclear e o Irã não está cumprindo seu dever de não proliferação.

Depois que a “AUKUS”, um produto da “Nova Guerra Fria”, foi fabricada em 15 de setembro de 2021, a Austrália acordou receber a tecnologia de construção de submarinos de propulsão nuclear, incluindo a transferência de materiais nucleares de nível de armas dos EUA e da Grã-Bretanha, e promoveu sem hesitação os abertos atos de proliferação nuclear. Tudo isso é conhecido pelo mundo.

Ultimamente, a Austrália está acelerando o aumento de gastos militares como a rápida promoção de um contrato de compra de minas de um total de bilhões de dólares sob o pretexto da “ameaça” de alguém.

Ao final, a Austrália criou um “exemplo global” em romper o  sistema internacional da não proliferação nuclear e acelerar ainda mais o aumento de gastos militares da região e do mundo, e se converteu em objeto de crítica e preocupação, não apenas de alguns países, mas da maioria dos países, incluindo os países vizinhos.

Apesar disso, o fato de que a chanceler da Austrália justifique de todas maneiras os atos perigosos e errôneos de seu país em vez de refletir sobre eles constitui uma afronta intolerável à sociedade internacional.

Ademais, a Austrália criticou China, Rússia, Irã e nosso país, países independentes, aos quais os EUA têm maior inimizade, vigia e tenta deter seu crescimento, isolar e debilitá-los. Isso foi revelou por si mesmo ante ao mundo inteiro a verdadeira identidade da Austrália como tropa de choque e lacaio para a realização da estratégia exterior dos EUA.

Em julho de 1957, os EUA anunciaram oficialmente a nuclearização das forças armadas estadunidenses estacionadas na Coreia do Sul, e transformaram todo o território da Coreia do Sul no maior arsenal nuclear do Extremo Oriente ao implantar mais de 1.000 armas nucleares na década de 1970 e mais de 1.720 na década de 1980. E e em 2002, os EUA anunciaram o “informe de revisão do estado nuclear”, no qual definiu nossa República como alvo primordial de ataque nuclear e depois veio transformando a Península Coreana no maior campo de guerra termonuclear do mundo ao introduzir todo tipo de meios de ataque nuclear na Coreia do Sul ao nível de implantação permanente.

Em particular, a Austrália, que participou abertamente na violação da sagrada dignidade e soberania de nosso Estado ao enviar até um avião tanque ao “Vigilant Storm”, exercícios aéreos conjuntos EUA-Coreia do Sul sem precedentes na história, de 31 de outubro a 5 de novembro de 2022, como se não bastasse enviar regularmente seus navios e aviões de guerra às zonas marítimas da Península Coreana desde 2018, está criticando nosso exercício do direito à autodefesa. Isso é realmente algo absurdo.

A Austrália, que se dedica à compra submarinos de propulsão nuclear provenientes dos EUA e da Grã-Bretanha, como um país membro da “AUKUS”, é justamente o autor principal da instabilidade da região e do resto do mundo junto com EUA e Grã-Bretanha. Esta é a avaliação geral da justa opinião pública internacional.

Será melhor que a Austrália tenha em mente que quanto mais sofismas fabrique, mais será rechaçada e isolada pela sociedade internacional.

Ri Jong, membro da Associação Coreia-Ásia

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