Transcorreram 25 anos desde a publicação do informe do relator especial sobre a "escravidão sexual no tempo de guerra" na 52ª reunião do Comitê de Direitos Humanos da ONU (atualmente Conselho de Direitos Humanos da ONU) efetuada em abril de 1996, que aconselhou o governo japonês esforçar-se para resolver o problema de escravas sexuais.
A respeito, o porta-voz do Comitê Coreano por Medidas sobre o Problema de ex-Escravas Sexuais para o Exército Japonês e Vítimas de Recrutamento Forçado publicou no dia 28 a seguinte declaração:
"Em seu informe redigido com base em investigação sobre as vítimas de RPDC, Japão e Coreia do Sul e as relacionadas, o relator especial apontou que é muito mais correta e apropriada a expressão 'escravas sexuais para as tropas no tempo de guerra' que 'consoladora'.
E apresentou ao governo japonês a recomendação de 6 pontos tais como reconhecer o caráter ilegal da instalação das 'casas de conforto', assumir a responsabilidade jurídica a respeito e indenizar as vítimas; publicar todos os documentos e dados a respeito e pedir desculpas em público às vítimas mediante uma nota; refletir os fatos da história nos cursos de educação; descobrir e castigar os culpados, etc.
Logo que foi publicado, o informe ganhou o apoio total e simpatia das vítimas, dos países prejudicados e a ampla da sociedade internacional, sendo reconhecido como nota transcendental para rechaçar a violência contra a mulher e impulsionar ativamente o movimento de defensa dos direitos humanos em escala mundial.
Embora passados 25 anos desde a publicação, o governo japonês não fez nada para resolver o problema de escravas sexuais para seu velho exército.
Tratou de eludir a responsabilidade estatal ao fabricar o fundo popular de paz da Ásia para a mulher, entidade civil que não é reconhecida pelas vítimas, e deletou nos livros de seu país o registro de seus crimes de escravidão sexual, entre outras artimanhas para encobrir o mesmo expediente criminal.
Se repetirá o antecedente criminal se não balanceia corretamente a trajetória passada nem tira a devida lição da história.
Seja qual for a atitude que o Japão assuma, este não poderá eludir jamais a responsabilidade de seus tremendos crimes de haver violado o direito internacional e a ética e moral, inclusive o caso de escravidão sexual.
Quanto mais o Japão recorra à evasiva, mais se elevará a voz mundial de reprovação e condenação."
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