segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O Socialismo é uma Ciência


Artigo publicado no Rodong Sinmun, órgão do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia 1º de novembro de 1994.


 O socialismo é ciência. Em diferentes países foi frustrado, mas segue vivo como ciência no coração dos povos. Em vista da situação a qual atravessam alguns países que o construíram, os imperialistas e outros reacionários falam ruidosamente do “fim do socialismo”. Os renegados argumentam agora que o ideal socialista é um equívoco para justificar sua abominável traição. Contudo é impossível esconder a verdade e eliminá-la. A derrubada do socialismo em vários países não significou seu fracasso enquanto ciência, mas sim o descrédito do oportunismo que o degenerou. Ainda que tenha sofrido temporariamente um doloroso revés devido ao oportunismo, seguramente ressurgirá e triunfará no final por sua cientificidade e veracidade.


                                                                             (1)


O socialismo é o ideal e a bandeira revolucionária das massas populares que lutam pela independência, a qual se pode alcançar com o socialismo e o comunismo.

Na sociedade de classes antagônicas, a independência das massas populares segue sendo objeto de brutal violação. É uma lei o fato de que onde haja opressão existirá resistência e onde haja resistência surgirá uma revolução. Ao longo de um longo processo histórico, as massas populares sustentam vigorosas lutas pela independência, e neste trajeto foram intensificadas estas lutas no decorrer das sucessões das sociedades de classes. Contudo, esta mudança somente propiciou a substituição de uma forma por outra de supressão da independência das massas populares, sem que estas se livrassem da submissão sócio-política.


Se nas sociedades de classes antagônicas é impossível alcançar a independência das massas, é porque todas se baseiam no individualismo, produto do regime da propriedade privada. A sociedade baseada na propriedade privada e no individualismo que deriva desta, divide-se inevitavelmente em classes antagônicas, cria conflitos classistas e desigualdades sociais e conserva a exploração e opressão das massas populares por uma minoria da classe dominante. A história demonstra que nesta sociedade é impossível que as massas populares realizem sua independência. A síntese da história do desenvolvimento da sociedade comprova que para alcançar este objetivo é preciso passar da sociedade fundada no individualismo à socialista e comunista, sustentada no coletivismo.

O capitalismo converteu o individualismo na ilimitada cobiça de um punhado de capitalistas e levou ao extremo as contradições antagônicas nesta sociedade. Enquanto isto, a luta das massas populares pela soberania entrou em uma nova etapa de desenvolvimento. A presente é a época da independência, na qual as massas populares surgem como donas do seu próprio destino e que dominam o mundo. Isto testemunha que a passagem da sociedade apoiada no individualismo à sustentada no coletivismo constituí uma irrenunciável demanda da história.

O coletivismo implica a exigência inerente ao homem. Somente integrando uma coletividade e atuando dentro desta pode existir e progredir. Unicamente, mediante a cooperação coletiva dos membros da sociedade, e não de maneira individual, é possível transformar a natureza e a sociedade e tornar realidade a demanda de independência. Para integrar uma coletividade e viver nesta o homem deve tornar realidade tanto sua demanda individual como a desta quanto a soberania. A demanda de independência da coletividade é comum a todos seus membros e serve para manter sua existência e desenvolver-se. A individual é de um membro da coletividade, e logicamente pode ser garantida por esta pelo que lhe aporta. A demanda de independência do indivíduo é totalmente diferente da cobiça individualista que ignora a coletividade e subordina tudo aos interesses particulares. A independência coletiva e individual pode concretizar-se de modo inultrapassável somente por meio do coletivismo.
As demandas do indivíduo desvinculadas do coletivismo se convertem em ambição individualista e neste caso chegam a violar as de outros membros da coletividade e obstruir sua unidade e cooperação.

Apenas o coletivismo permite fortalecer a unidade e cooperação da coletividade, aumentar o entusiasmo criador de todos seus integrantes e torna possível entrelaçar acertadamente a demanda desta e as dos indivíduos quanto à independência, e cumpri-las em conjunto e plenamente. Integrar a coletividade e atuar dentro desta é o modo de vida do homem e sua demanda de independência apenas pode tornar-se realidade de forma plena por meio do coletivismo. Por esta razão, a sociedade socialista e comunista, baseada nisto, é a sociedade mais progressista, que está de acordo com a natureza independente do homem.

Evidentemente, o estabelecimento do regime socialista não significa a implantação imediata e plena dos princípios coletivistas em todas as esferas da vida social. É assim porque nesta sociedade persistem por determinado tempo os vestígios da anterior. Mas este fenômeno é transitório, e na medida em que avança o socialismo são superados de modo gradual, e em todas as esferas da vida social se aplicam plenamente os princípios do coletivismo.

Ainda que o socialismo constitua uma etapa inevitável do desenvolvimento da história e seja a sociedade mais progressista, que corresponde a natureza independente do homem, não é implantado por si mesmo. Para realizar o socialismo é imprescindível preparar as forças revolucionárias capazes de assumir e cumprir tal tarefa, e adotar métodos corretos de luta. Do contrário, a demanda independente das massas populares que aspiram ao socialismo será apenas um mero anseio.

A ideia de acabar com a exploração, a opressão, as desigualdades sociais e a propriedade privada que as alimenta, e de erguer uma sociedade equitativa, sustentada pela propriedade social, foi colocada há muito tempo pelos socialistas utópicos. Contudo, ainda que se compadecessem com as massas trabalhadores por sua lamentável situação de exploradas, não viam nestas as forças revolucionárias capazes de enterrar a sociedade exploradora e construir outra. Consideravam possível reparar os aspectos irracionais da sociedade capitalista mediante a ilustração das pessoas e o apelo à “boa vontade” das classes exploradoras. Esperar “boa vontade” destas classes, cuja natureza é a ambição, constitui uma ilusão, carente de fundamentos científicos. Esta esperança se devia a suas alimentações históricas.

Os exploradores e seus auxiliares, preconizando a “colaboração entre as classes”, manobram para impedir a luta das massas trabalhadoras contra a exploração e a opressão. No seio do movimento comunista os reformistas e revisionistas defenderam tal “colaboração”, causando grandes danos ao desenvolvimento do movimento revolucionário. Na atualidade, os renegados do socialismo, iludidos com o capitalismo e depositando esperanças na “ajuda” e “cooperação” dos imperialistas, encabeçam uma confusa campanha de retorno a isto. A história demonstra que esperar a “boa vontade” dos exploradores ou a “colaboração entre as classes” é levar a revolução ao fracasso.

O marxismo vinculou a demanda das massas populares trabalhadoras pelo socialismo com as forças revolucionárias e seus métodos de luta. Elucidou que na sociedade capitalista existem contradições entre as forças produtivas e as relações de produção, as quais se resolvem por meio da luta das massas trabalhadoras contra as classes exploradoras, e os operários são os destinados a tomar frente nesta batalha e conduzi-la.

Como resultado de que em virtude do marxismo se esclareceu a inevitabilidade da derrota do capitalismo e da vitória do socialismo, e o desejo das massas trabalhadoras exploradas que aspiram ao socialismo se conectou com as forças práticas revolucionárias e seus métodos de luta capazes de torná-lo realidade, o socialismo se metamorfoseou de utopia em ciência, e foi registrada uma viragem revolucionária na história da luta pela libertação da humanidade.

Não obstante, a doutrina socialista precedente, fundamentada na concepção materialista da história, não pode evitar limitações de índole histórica. Não considerava o movimento sóciohistórico como movimento do seu sujeito, as massas populares, que com sua ação e iniciativa o movem e impulsionam, mas como um processo histórico natural que se modifica e avança principalmente por fatores materiais e econômicos. Segundo o princípio que emana desta concepção materialista da história, na sociedade capitalista, a medida em que se desenvolvem as forças produtivas, se aprofundam as irremediáveis contradições entre estas e as relações de produção e as antagônicas entre as classes exploradoras e exploradas, se incrementam e fortalecem as forças revolucionarias, inclusa a classe operária e, consequentemente, amadurece cada vez mais a revolução.

A anterior teoria sobre o socialismo considerou como principal o fator material e econômico na luta revolucionária e não colocou como via fundamental da revolução o fortalecimento do seu sujeito e a elevação do papel deste.

No tocante à influência que exerce o desenvolvimento das forças produtivas na sociedade capitalista, não há que considerar apenas um aspecto. Além de aprofundar a polarização entre “ricos e pobres” e as contradições entre as classes, amplia a possibilidade de que os capitalistas monopolistas empreguem uma parte dos seus altos lucros para atenuar estas contradições. Do mesmo modo, diferenciando os camponeses e demais camadas da classe pequeno-burguesa, engrossa as fileiras dos operários industriais, ao mesmo tempo em que aumenta no setor da produção a proporção de trabalhadores que realizam trabalhos intelectuais e técnicos, e a dos destinados ao setor não produtivo.

Evidentemente, na luta revolucionária as condições objetivas exercem influências importantes. Porém, o fator que decide o triunfo ou o fracasso de uma revolução não reside nestas, mas em como se fortalece seu sujeito e se eleva seu papel. Ao cumprir com êxito esta tarefa é possível alcançar a vitória do socialismo em qualquer país, não importando se o capitalismo esteja ou não desenvolvido ali. A história mostra que o socialismo triunfou nos países relativamente atrasados antes do que nos capitalistas desenvolvidos. As experiências da nossa revolução, que avançou sob a bandeira da ideia Juche, oferecem provas confiáveis de que se fortalecemos o sujeito da revolução e elevamos seu papel, não só é possível aproveitar corretamente condições objetivas dadas, como também, convertê-las de desfavoráveis em favoráveis, as conjunturas negativas em positivas, o mal em bem, e assim assegurar a vitória da revolução.

As limitações da teoria precedente baseada na concepção materialista da história ficaram destacadas na construção do socialismo, depois de estabelecido este regime.

Em geral, com o desenvolvimento da sociedade se eleva o papel das massas populares, sujeito dos seus movimentos, porque, ao mesmo tempo, se incrementa a consciência independente das massas populares e sua capacidade criadora. Na sociedade socialista, seu papel como sujeito dos movimentos sociais experimenta um aumento sem precedentes. Esta sociedade é desenvolvida pela capacidade criadora das massas populares dotadas de elevada consciência ideológica e unidas em um só corpo.

Nesta, a transformação do homem, a de sua ideologia, se apresenta como tarefa peremptória, mais importante do que a preparação das condições materiais e econômicas objetivas, e ao se apegar à construção econômica, relegando a segundo plano a transformação ideológica das massas populares, é impossível construir com êxito o socialismo em todos seus aspectos e evitar o estancamento da mesma edificação econômica. Muitos fenômenos desta índole se produziram em alguns países que construíram o socialismo, e os renegados, tomando partido, colocaram em marcha a “reorganização” e executaram o ato contrarrevolucionário de destruir o regime econômico socialista.

Se os criadores do marxismo desenvolveram a doutrina socialista fundamentando-a nas condições materiais e econômicas, foi porque enfrentavam a importante tarefa histórica de combater a teoria burguesa reacionária, a qual, preconizando o misticismo e o fatalismo, santificava o capitalismo e profetizava seu caráter “eterno”. Atualmente, os traidores do socialismo, ao se iludir com o capitalismo, defendem a preponderância do material e do econômico, para ressuscitá-lo.
Assentar o socialismo sobre novo cimento científico é uma tarefa de primeira ordem não somente para superar as limitações históricas da doutrina socialista precedente, como para defender o socialismo da tergiversação dos oportunistas de todo tipo e do ataque dos imperialistas.

 Esta tarefa histórica conheceu sua brilhante solução quando o grande Líder, camarada Kim Il Sung, concebeu a ideia Juche e, a partir desta, desenvolveu de modo original a teoria socialista. Isto é, ao descobrir que o princípio filosófico de que o homem é dono de tudo e decide tudo e ao esclarecer em um novo plano as leis do movimento social como movimento do sujeito. A causa do socialismo e do comunismo elucidada pela ideia Juche é a que tende a conquistar a independência total das massas populares.

O socialismo sistematizado de modo científico pelo grande Líder, camarada Kim Il Sung, está centrado no homem, nas massas populares. Neste, as massas populares são donas de tudo e todas as coisas estão ao seu serviço, enquanto que seu desenvolvimento se dá pela força unida destas. Sobre a base do esclarecimento científico da essência do socialismo e as leis do seu desenvolvimento, circunscrevendo-se ao homem, a teoria do socialismo, derivada da ideia Juche, estabelece que para edificá-lo com êxito é indispensável travar com pujança a luta para conquistar as duas fortalezas do socialismo e do comunismo, ou seja, a ideológica e a material, dando segura prioridade à primeira.

As experiências práticas da nossa revolução comprovam quão científica e verdadeira é esta teoria. Nosso povo iniciou a batalha pelo socialismo na problemática situação de atraso da sociedade colonial e semifeudal e se viu obrigado a levar a cabo a revolução e a construção em condições mais difíceis do que outros. Não obstante, nosso Partido, ao tomar firmemente como principal a tarefa de fortalecer o sujeito da revolução e elevar seu papel, aglutinando com solidez, no organizativo e no ideológico, as massas populares em torno de si e do Líder segundo os postulados da ideia Juche, pode pavimentar de maneira relevante o caminho socialista.

 Na edificação do socialismo, ao mesmo tempo em que fortalecia por todos os meios o poder político e ideológico da nossa revolução priorizando seguramente a transformação das pessoas, a de sua ideologia, ante às demais tarefas, consolidou a economia nacional independente e a capacidade militar auto defensiva, graças ao que, pese tão complicada situação de hoje, se mantem imperturbável e impulsiona com energia a revolução e a construção. A experiência demonstra palpavelmente que o socialismo do nosso país fundamentado na ideia Juche, é o mais científico e vital.



                                                                           (2)


Nosso socialismo está fundamentado no critério e na atitude jucheano sobre o ser humano. 
O critério e a atitude a respeito do homem constituem o fundamento na concepção e atitude com que é tratado e compreendido o desenvolvimento da sociedade e da revolução. Do mesmo modo, será a pauta para valorizar a cientificidade e a justeza das ideias e teorias, das políticas e das orientações. O caráter científico e a veracidade do nosso socialismo residem, precisamente, no fato de que está fundamentado no ponto de vista e atitude mais corretos e originais sobre o ser humano. 

A ideia Juche ofereceu pela primeira vez na história um esclarecimento científico sobre a essência do homem. 

A questão de como vê-la não é um simples assunto teórico, mas um problema sócio-político que reflete os interesses de classes. Historicamente, entre o progresso e a reação se desenrolaram sérios debates filosóficos a este respeito. 

As classes governantes reacionárias e seus porta-vozes tergiversaram a essência do ser humano conforme os interesses dos exploradores e a utilizaram para justificar seu regime. Em outros tempos, nos debates filosóficos prevaleciam dois critérios: um, que considerava o homem como ente espiritual e, outro, que o via como matéria. Para a concepção religiosa e idealista, que o considerava como um mero espírito, o homem é produto de um ser misterioso e sobrenatural e seu destino é decidido por este ser. Foi utilizada pelas classes reacionárias e seus porta-vozes para pregar que a desgraçada situação das massas trabalhadoras, exploradas e oprimidas, é inevitável e, por conseguinte, devem seguir seu destino pré-determinado. A concepção que valora o homem como um simples ser natural, biológico, não deixa apreciar a diferença qualitativa entre o homem que, mediado e controlado pela consciência, atua com fins bem definidos, e os seres biológicos que atuam por instinto. 

As classes governantes reacionárias e suas porta-vozes a empregaram para defender a sociedade capitalista onde reina a lei da selva. Os traidores ao socialismo restauram o capitalismo introduzindo a liberdade burguesa e a economia de mercado capitalista, porque parte deste critério e posição reacionários sobre o homem. 

O homem não é um ser puramente espiritual, nem simples ente biológico. É um ser social que vive e atua no marco das relações sociais. Esta é a importante característica que o distingue. 
O marxismo definiu a essência do homem como o conjunto das relações sociais, o qual deu um aporte histórico para combater o critério não científico e reacionário que o considerava como um ser puramente espiritual ou meramente biológico. Contudo, esta definição não é uma avaliação integral de suas características essenciais e, portanto, tampouco pode explicar corretamente os vínculos entre ele e o mundo, nem o papel e lugar que ocupa neste. 

A ideia Juche foi a primeira a esclarecer de modo científico as características essenciais do homem e, sobre esta base, explicou de modo novo o papel e lugar que ocupa no mundo. 

Em outros tempos, houve também muitas tentativas de explicar a essência do homem partindo principalmente das suas características. Podemos citar como exemplo a determinação do homem como ente de palavra, trabalho e pensamento. Mas isto é somente a observação de um determinado aspecto das suas atividades, as quais são a manifestação dos seus atributos essenciais. 
O homem é um ser social com espírito de independência, espírito criador e consciência. Eis suas características essenciais. 

O espírito de independência é um atributo do ser social, o qual, sendo dono do mundo e do seu próprio destino, quer viver e progredir de maneira independente, sem ser submetido nem restringido. O espírito criador é outro dos seus atributos, este lhe permite, com fins bem definidos, transformar o mundo e forjar seu destino conforme suas demandas. E a consciência é o atributo que lhe possibilita determinar todas suas atividades encaminhadas a conhecer e transformar o mundo e a si mesmo. 
Garante o espírito de independência e o criador. Por atuar de maneira independente e criadora guiado pela consciência, o homem se distingue qualitativamente dos animais, que se movem segundo instintos. Sua ação é um processo no qual exterioriza seu espírito independente, espírito criador e consciência, enquanto suas atividades independentes, criadoras e conscientes são seu modo de ser. 

À margem do seu organismo desenvolvido, em especial, de seu cérebro altamente desenvolvido, é inconcebível que se valore como ente social com espírito de independência, espírito criador e consciência. Este organismo, biologicamente é a base que lhe permite possuir espírito independente, espírito criador e consciência. Mas não tem em si a capacidade para engendrá-los espontaneamente. Estes são atributos sociais que se formam e se desenvolvem no processo de suas atividades sócio-históricas dentro do marco das relações sociais. 

Por possuir independência, espírito criador e consciência o homem pode forjar seu destino com suas próprias forças. Para um ente biológico, seu destino depende da adaptação ao meio ambiente; pode-se afirmar que é parte da natureza. Pelo contrário, o homem é dono e artífice do mundo; forja seu destino por sua conta e transforma o mundo conforme suas necessidades. A medida em que se desenvolvem a independência, o espírito criador e a consciência, se fortalecem sua posição e papel de dono e artífice do mundo, o que se manifesta em seu esforço para transformar a natureza e a sociedade. Ao mesmo tempo em que se desenvolvem a consciência ideológica independente e as faculdades criadoras do homem e se eleva seu papel, se ampliam as riquezas e melhoram as relações que as regem. 

No processo de desenvolvimento histórico todas as gerações tomam estas riquezas e as relações criadas pelas antecessoras, ou seja, aproveitam condições objetivas dadas. Ainda que estas desempenhem um papel importante no desenvolvimento da sociedade, não são senão um produto histórico das atividades independentes, criadoras e conscientes do homem, e este é quem as aproveita e as desenvolve. Ainda que estas sejam favoráveis, a sociedade não pode avançar com rapidez se não são elevadas, nem se põe em prática plenamente a independência, a criatividade e a consciência do homem que as aproveita e desenvolve; porém, em contraste, ainda que sejam desfavoráveis, se são elevadas e aplicadas de forma plena, seu desenvolvimento pode ser rápido. Isto significa que o processo histórico do desenvolvimento social determina o grau do progresso e a aplicação destes atributos do homem. 

As massas trabalhadoras exploradas desejam desde cedo uma nova sociedade, de igualdade, livre da exploração e opressão; mas se não puderam conquistá-la em outras épocas é porque sua consciência ideológica independente e sua faculdade criadora não estavam desenvolvidas e seu papel foi limitado. 

O homem transforma a natureza e a sociedade, e leva adiante a história, e quanto mais rapidamente desenvolvem sua consciência ideológica independente e capacidade criadora e se eleva seu papel, tanto mais se acelera o progresso da sociedade e da história, e com mais êxito se impulsiona o processo revolucionário e construtivo. Pode-se dizer que a história do desenvolvimento social é, em definitivo, a da evolução do espírito independente, do espírito criador e a consciência do homem. 

O homem, por sua independência, criatividade e consciência, torna-se o ser mais valioso e potente. É o único dono e transformador do mundo. Neste não há outro mais valioso e poderoso do que ele. 

Contudo, os reacionários burgueses não o consideram a partir deste ponto de vista, mas como meio de produção de bens materiais, um ente insignificante comprado e vendido como uma mercadoria com capacidade de trabalho. Tampouco o estimam como um ente poderoso que forja por sua conta seu próprio destino, mas como um incapaz que se governa para o ouro. Se os traidores do socialismo restauraram o capitalismo e aboliram todas as disposições populares, considerando o desemprego e a pobreza como um meio de pressão para incentivar o interesse pela concorrência e ampliar a intensidade do trabalho, e se, desconfiando da força dos seus povos, depositam esperanças na “ajuda” e “cooperação” de países capitalistas do Ocidente, e adulam e obedecem aos imperialistas, isto também tem a ver com seu critério burguês reacionário acerca do homem. 

O socialismo, centrando no homem, se baseia no princípio sócio-histórico, sustentado na ideia Juche, que esclarece original e cientificamente as leis do desenvolvimento da sociedade e da história, circunscritos ao ser humano. Trata-se de um socialismo científico que, partindo da concepção e a atitude jucheana acerca do homem, permite pôr tudo a seu serviço e solucionar todos os problemas com a elevação do seu papel criador. Nosso socialismo defende e assegura de maneira consequente a independência do homem, aumenta com rapidez e manifesta sua consciência ideológica e capacidade criadora, de modo que eleva extraordinariamente sua posição e papel como dono e transformador do mundo, e impulsiona com vigor a revolução e o trabalho de construção. 

Ademais, a ideia Juche esclareceu de maneira original a essência da vida do homem e o valor de sua existência. 

Considerando o homem como um organismo biológico, sua vida significa, precisamente, a física. Mas este não tem somente vida física. A ideia Juche foi a primeira na história a definir que o homem, ademais, tem uma vida sócio-política. Se a física é consubstancial por ser um organismo biológico, a sócio-política é adquirida como ente social. Como ente social lhe é própria a vida sócio-política. 

Para o homem a vida física é valiosa. Somente se a possui, também pode ter a sócio-política. Neste sentido, pode-se dizer que a vida material, que cobre as demandas da vida física, satisfaz a primeira necessidade do homem. Como este é um ser social, a diferencia de um simples ente biológico, sua demanda pela vida material cresce sem cessar, exercendo influência sobre a sóciopolítica a medida em que se eleva seu grau de independência, faculdade criadora e consciência, e desenvolve a sociedade. A vida material, estável e sã, não somente cobre satisfatoriamente as demandas vitais, mas também serve de garantia material para manter e melhorar a sócio-política. 

Para o homem, desde o início, é valiosa a vida física, mas lhe é ainda mais a sócio-política. Valorizar mais esta do que aquela é uma demanda intrínseca do homem, ente social. Se, ao ser omisso ante as demandas da vida sócio-política, se atendem somente as da vida física, não pode ter uma vida de grande valor ainda que se assegure uma rica vida material, mas resultará deformada e vazia como a de um animal, por contrariar a natureza do ser humano. 

A independência é a vida para o homem. Este, ente social independente, quer viver de maneira soberana, sem estar submetido, nem restringido por nada. Viver independentemente significa defender sua posição, e exercer seus direitos como dono do mundo e do seu próprio destino. Somente quando o homem, ente social, materializa suas exigências de independência, e goza do direito a esta pode-se dizer que vive com dignidade, desfrutando da vida sócio-política. Se um perde a independência e se submete a outros, ainda que esteja vivo, não se diferencia de um morto no plano social e político. A demanda do homem de viver em independência se realiza, ante tudo, mediante a atividade política independente. Esta atividade é inconcebível se o homem está esmagado político ou socialmente. 

Como a vida sócio-política é a mais valiosa para o homem possuí-la e fazê-la brilhar proporciona um alto valor para viver. O homem a recebe do coletivo social. Este é, pois, a matriz desta vida. Portanto, a existência do homem se valora segundo como se une com o coletivo social. Torna-se valiosa se desfruta do afeto e a confiança da coletividade social; do contrário não tem valor. O indivíduo pode gozar deste afeto e confiança quando põe os interesses da coletividade acima dos pessoais e lhe serve com lealdade. 

Em resumo, o homem desfruta da mais valiosa e digna vida possível quando une seu destino ao do coletivo e lhe serve com abnegação e, quando em meio do seu afeto e confiança, tornamse atividades independentes e criadoras. Eis aqui, precisamente, o caminho que conduz à plenitude da sua vida sócio-política e a viver dignamente como ser social. 

Na atualidade, os reacionários burgueses e os traidores do socialismo consideram como um fenômeno normal a exploração e a dominação do homem pelo homem e consideram este como um ente vil que persegue somente sua própria ambição material; o que é uma evidente expressão do caráter reacionário do seu ponto de vista e atitude burgueses quanto à essência da vida do homem e o valor de sua existência. 

A autêntica vida com que todas as pessoas podem fazer brilhar a valiosa sócio-política, e satisfazer plenamente as exigências da física, pode-se dar somente por excelência na sociedade socialista baseada no coletivismo. Esta sociedade lhes possibilita desenvolver-se de maneira independente e criadora nas atividades sócio-políticas e demais planos sociais, livres de todo tipo de exploração e opressão, de dominação e subjugação. 

Para que nesta as pessoas gozem de uma existência independente e criadora, com alta consciência e capacidade como donas da sociedade, é preciso programar com acerto suas atividades orgânico-ideológicas e culturais. Somente quando elas possuam uma firme consciência ideológica independente e capacidade criadora desenvolvida integralmente e adquiridas por meio das atividades organizativo-ideológicas revolucionárias e as culturais sãs e fecundas, podem oferecer ativos aportes à sociedade e ao coletivo, e desfrutar de uma vida de grande valor como dignos membros da sociedade. 

O nosso é um socialismo autêntico, centrado no homem: valora o homem em todas suas magnitudes, encarna a plenitude suas exigências consubstanciais, e assim permite a todos possuir e fazer valer constantemente a vida sócio-política, e satisfaz plenamente as demandas da sua vida física. O socialismo antropocêntrico propicia que todos os membros da sociedade, com elevada consciência ideológica e faculdade criadora, se entreguem à sociedade e ao coletivo e levem por igual e a sua vontade, em meio do seu afeto e confiança, uma existência harmoniosa, digna e valiosa. 




                                                                           (3)


Nosso socialismo está cimentado no critério e a posição jucheana quanto às massas populares. 
A verossimilhança e a superioridade do socialismo se manifestam no apoio e na confiança que depositam neste as massas populares. Nosso socialismo é o mais potente e vantajoso porque ao estar sustentado no critério e na posição jucheana acerca das massas populares, desfruta do seu absoluto apoio e confiança. 

As massas populares são o sujeito da história. Formam uma coletividade social integrada principalmente pelos trabalhadores sobre a base da comunidade de suas exigências pela independência e de suas atividades criadoras. 

Na sociedade de classes o termo massas populares se reveste de um caráter classista. Nesta, segundo possuam ou não os meios de produção e o poder estatal, se dividem em classes exploradoras e exploradas, em dominantes e dominadas. As classes exploradas e submetidas são as principais integrantes das massas populares. A composição classista destas não é imutável, mas muda no processo de desenvolvimento social e da história. 

Na sociedade capitalista, as compõe não somente os operários e os camponeses, mas também os trabalhadores intelectuais e outras classes e setores que lutam para defender sua independência. Na socialista, as integram todos os setores e as camadas, transformados em trabalhadores socialistas. Evidentemente, também nesta sociedade segue atuando uma ínfima minoria de elementos hostis e nas fileiras revolucionárias podem surgiu traidores. Por isto, é necessário distinguir acertadamente as massas populares dos elementos negativos. 
O termo massas populares reflete relações sócio-classistas, mas não é uma simples concepção classista. 

Originalmente, a estas conformam diversas classes e setores. Para distinguir seus integrantes dos que não o são se deve levar em conta sua situação sócio-classista, mas não há que absolutizá-la. A ideologia e ação do homem não somente são suscetíveis à influência desta situação. Se recebe influências revolucionárias e assimila ideias avançadas, pode servir às massas populares, independentemente de sua situação sócio-classista. A principal pauta para distinguir aos membros das massas populares não é sua origem sócio-classista, mas sua ideologia. A ideologia socialista e comunista não são as únicas que servem de fundamento ideológico para aglutinar pessoas de todos os setores e classes nas massas populares. Quem quer que seja que ame o país e seu povo pode servir a este e, por conseguinte, ser integrante das massas populares. 

Partindo desta posição, o grande Líder, camarada Kim Il Sung, impulsionou com êxito o processo revolucionário e construtivo agrupando em suas distintas etapas todas as pessoas que tinham a ideia de servir à Pátria, ao povo e à nação, em sua sólida força revolucionária. Nosso Partido confia nos integrantes de todas as classes e setores que têm interesse na revolução, considerando-os acompanhantes não temporários, mas eternos da revolução, e os guia pelo caminho do socialismo e do comunismo. 

Por sua natureza classista, os imperialistas e outros reacionários se opõem às massas populares e, em consequência, temem até mesmo a palavra povo. Geralmente utilizam a palavra “concidadãos” para encobrir os enfrentamentos e as contradições classistas em sua sociedade. Também os traidores do socialismo tratam de mascarar seus atos antipopulares com o termo “cidadãos”, prometendo a construção de uma “sociedade cívica” ou coisas do tipo. Evidentemente, às vezes é possível ouvi-los dizer hipocritamente, a uns e outros, “povo”. Mas com isto não podem encobrir a natureza antipopular destes elementos hostis ao povo e dos que o traíram. Povo é uma palavra sagrada que somente podem utilizar com dignidade os que lhe são fiéis, os comunistas que lutam com toda abnegação pela causa das massas populares. 

Há muito tempo, o grande líder, camarada Kim Il Sung, enaltecendo ao povo como o céu, incluiu esta palavra na denominação do Estado, do exército, das obras monumentais e de muitas coisas valiosas e bonitas do país. Por valorizar altamente o povo, nosso socialismo resulta em um socialismo centrado nas massas populares, o socialismo mais vantajoso, no qual estão materializadas de modo consequente suas demandas de independência. 

As massas populares são donas de tudo o que há na sociedade. Isto porque são suas criadoras. 
Elas possuem a capacidade criativa mais poderosa, que lhe permite transformar a natureza e a sociedade. A força e a inteligência do indivíduo têm limites, mas as das massas populares são inesgotáveis. Se neste mundo existe um ser onipotente, este é exatamente o povo. Graças as suas forças e talento inesgotáveis se criam todas as coisas da sociedade, avança a história e se promove a revolução. 


As massas populares transformam a natureza, desenvolvem as forças produtivas e criam as riquezas materiais. É obvio que também a classe capitalista se interessa pelo desenvolvimento destas forças para obter mais lucros, mas não criam bens materiais com suas próprias mãos. As massas populares produzem as riquezas ideológicas e culturais e, ademais, delas saem ideólogos avançados, cientistas competentes e literatos e artistas talentosos. Também as classes exploradoras apresentam porta-vozes de sua ideologia e cultura, mas suas criações contaminam a vida saudável e o progresso da sociedade.

As massas populares transformam a sociedade. Porém, as classes exploradoras reacionárias não têm interesse nisto, mas, unicamente, pela manutenção e consolidação do seu velho regime. A farsa da “reforma” que encenam os governantes burgueses, é, em todos os casos, para evitar a crise capitalista.

A transformação progressista da sociedade somente é levada a cabo pelas massas populares conscientizadas e unidas. Como estas são criadoras de todas as coisas da sociedade, é natural que sejam suas donas. Podem sê-lo no verdadeiro sentido da palavra somente na sociedade socialista onde lhes pertencem o Poder estatal e os meios de produção.

Por esta razão, na qualidade de donas, tem que ocupar sua posição, exercer seus direitos, cumprir sua responsabilidade e desfrutar de uma vida valorosa e feliz.

Como donas de todas as coisas da sociedade devem ocupar seu devido lugar e exercer seus direitos.
Esta é sua demanda independente. A independência é sua vida, e a posição e direitos independentes constituem uma condição essencial que decide seu destino. Sendo, donas do Estado e da sociedade, devem ocupar o lugar merecido e exercer direitos correspondentes em todas as esferas da vida social, como a política, a econômica e a cultural.

Para defender com firmeza a independência das massas populares e concretizá-la, há que traçar todos as orientações e as políticas, refletindo suas demandas, e levá-los à prática apoiandose em suas forças.

Essas demandas são a pauta que mede a exatidão da política e das orientações. A única via que permite evitar o subjetivismo e os reveses na revolução e na construção reside em compenetrar-se com as massas populares e dar ouvidos as suas opiniões e exigências. Estas são mestres em todos os assuntos. A síntese e sistematização destas opiniões e demandas independentes origina ideias, orientações e políticas.

Para elaborar uma linha ou política, o partido da classe operária deve sempre entrar nas massas populares e ouvir suas opiniões e demandas. Este deve ser o primeiro processo também no trabalho dos funcionários. Se nosso Partido pode implantar o regime socialista avançado e torná-lo brilhante mesmo em complicadas e difíceis circunstâncias, foi porque se compenetrou com as massas populares e traçou as orientações e a política refletindo suas exigências independentes e as tornou realidade de modo consequente, apoiando-se em suas forças. Esta é, justamente, a chave que permitiu ao nosso socialismo avançar vitoriosamente pelo caminho mais científico, sem conhecer nenhum desvio nem altos e baixos.

Para defender e concretizar a independência das massas populares há que salvaguardar com firmeza a do país e a da nação.

Praticar a independência na política, a autossuficiência na economia e a autodefesa na salvaguarda nacional constitui o princípio revolucionário que nosso Partido mantém invariavelmente. Ao sustentar de modo estrito este princípio revolucionário ainda que sob pressão dos imperialistas e dominacionistas, tendo em alto apreço a independência do país e da nação, nosso Partido e povo defenderam com firmeza sua soberania e dignidade, e hoje também segue avançando segundo sua convicção, erguendo a bandeira do socialismo.

Na atualidade, os imperialistas se intrometem de maneira arbitrária nos assuntos internos de outras nações e violam a soberania dos seus povos, mas tratam de justificá-lo com o pretexto de “defesa dos direitos humanos”. Os direitos humanos são inconcebíveis fora da soberania do país e da nação. Nunca podem ser assegurados aos povos dominados por forças estrangeiras.

São direitos independentes que os povos devem exercer em todas as esferas da vida social, sobretudo na política, na econômica, na ideológica e na cultural. Os “direitos humanos” que pregam os imperialistas são os privilégios dos ricos porque seu dinheiro lhes permite cometer qualquer crueldade. Eles não consideram um direito humano o dos desempregados ao trabalho e o dos desamparados e órfãos a subsistir. Eles, que privam os trabalhadores do mais elementar direito à existência e aplicam a política antipopular, a da discriminação racial e nacional, e a colonialista, não têm moral para falar de direitos humanos. O primeiro inimigo dos direitos humanos são os imperialistas que violam a soberania dos povos e intervêm nos assuntos internos de outros países sob o rótulo de “defesa dos direitos humanos”. Não toleraremos em absoluto a ingerência e arbitrariedade destes que tratam de violar de acordo com sua vontade a soberania do nosso país e nação, e a defenderemos resolutamente.

As massas populares, como donas de tudo o que há na sociedade, devem cumprir com a responsabilidade e o papel que lhes correspondem como tais.

Somente então podemos defender seu lugar e direitos. A revolução e a construção são obras para e das massas populares. Estas têm que resolver sob sua responsabilidade e com suas próprias forças todos os problemas que surgem nestes processos.

Para que cumpram plenamente tal responsabilidade e papel, devem elevar sua consciência de donas, e para consegui-lo, antepor a transformação ideológica e o trabalho político a outras tarefas. Agir assim é uma demanda primordial da sociedade socialista. Nesta, onde as massas populares são donas do Estado e da sociedade, a principal força motriz do seu desenvolvimento é o elevado entusiasmo revolucionário e a atividade criadora que manifestam, dotadas de consciência ideológica independente e unidas monoliticamente em torno do Partido e do líder.

Somente quando, priorizando a transformação ideológica e o trabalho político, se transformam todos os membros da sociedade pela via comunista e eleva seu entusiasmo revolucionário e atividade criadora, é possível impulsionar plenamente a superioridade do socialismo. Por isto, na construção socialista há que prestar atenção principal à educação das massas populares e à elevação do seu entusiasmo revolucionário e atividade criadora sem deixar de conceder prioridade à transformação ideológica, ao trabalho político.

 Para impulsionar a construção socialista, não há melhor maneira do que elevar assim o papel das massas populares. Tratar de mobilizar os homens com dinheiro contradiz a natureza da sociedade socialista e com tal prática não se pode demonstrar as vantagens do socialismo. Se for aplicado este método capitalista, não é possível elevar o entusiasmo revolucionário e a atividade criadora das pessoas e, ademais, tem como resultado pôr em perigo o mesmo sistema socialista, ao degenerá-lo.

Com a segura priorização da transformação ideológica e o trabalho político, nosso Partido vem impulsionando energicamente a revolução e o trabalho de construção, e demonstrou a superioridade do socialismo, apoiando-se no entusiasmo revolucionário e a atividade criadora das massas populares. O elevado zelo revolucionário e espírito criador destas, agrupadas solidamente em torno do Partido e do Líder, constituem a fonte da força que permite ao nosso socialismo centrado nas massas populares e científico em todas suas magnitudes, mostrar sua superioridade e invencibilidade.
Para que as massas populares cumpram sua responsabilidade e papel como donas de toda a sociedade, é preciso desenvolver a capacidade criadora. Esta é uma questão importante, a qual se deve dar atenção primordial e constante na revolução e no trabalho de construção.

Como as massas populares são criadoras de tudo o que existe na sociedade, os êxitos destes processos dependem do grau de sua preparação como ente poderoso. Formá-las como um ser poderoso significa elevar sua capacidade criadora juntamente com sua consciência de independência. Na sociedade capitalista não pode cumprir-se adequadamente sua demanda de desenvolver-se de modo constante como ente independente e criador. Os imperialistas e capitalistas não necessitam homens conscientizados com espírito independente e criador, e multilateralmente desenvolvidos, mas dóceis serviçais que lhes proporcionem mais valia.

Assim é como recorrem a qualquer meio e método para converter os trabalhadores em escravos do capital, os corrompem ideologicamente e deformam sua capacidade criadora. A exigência das massas populares para progredir como ente independente e criador pode ser realidade de modo satisfatório somente na sociedade socialista. Nosso Partido, ao implantar o mais avançado sistema de educação socialista e de estudo de todo o povo, e colocá-los em funcionamento às custas do Estado e da sociedade, está cumprindo com êxito a formação de todos os membros da sociedade como construtores do socialismo e do comunismo, integralmente desenvolvidos.

É por isto que nosso povo impulsiona com ousadia a construção socialista, ainda que sob condições extremamente difíceis, resolvendo todos os problemas com suas próprias forças e sabedoria sob a bandeira do apoio nos próprios esforços.

As massas populares, sendo donas de todas as coisas da sociedade, merecem desfrutar de uma vida digna e feliz.

Para isto, a vida material ocupa um lugar importante. Constitui a esfera básica da vida social. Como sob o socialismo as massas populares são donas do Estado e da sociedade, é natural que desfrutem de uma existência material abundante e culta. Ao acelerar com vigor a edificação econômica, nosso Partido consolidou e desenvolveu o sistema econômico socialista e construiu uma poderosa economia nacional autossustentada, e assim conseguiu preparar uma sólida garantia para assegurar com as próprias forças a vida material do povo.

É muito grande o potencial da economia nacional independente que construímos com tenazes esforços, e apoiando-nos em nossas próprias forças; vem a ser um valioso fundamento que assegura a todo o povo uma vida material, saudável e estável. Seguiremos dedicando grandes forças à construção econômica socialista para aumentar o poder do país e elevar sem cessar o nível da vida material do povo conforme a demanda do socialismo.

O conteúdo essencial da vida digna e feliz das massas populares é fazer brilhar a vida sócio-política e gozar de uma existência digna em meio ao afeto e confiança da coletividade social.

Por sua natureza, o povo exige viver assim, mas isto não é factível na sociedade exploradora. A exploração e opressão do homem pelo homem é incompatível com o afeto e confiança no povo, e entre os exploradores e explorados não podem existir verdadeiramente estes sentimentos. Na sociedade capitalista, onde a dignidade do homem se converte em valor de troca, se avalia pelo dinheiro e as riquezas, não se pode falar do afeto e da confiança nas massas populares.

 Que os reacionários burgueses filosofem acerca do amor acima das classes, é uma estratégia astuta que busca encobrir a essência do regime explorador capitalista e apagar as contradições classistas. A teoria precedente da classe operária revelou o caráter reacionário do amor acima das classes que pregava hipocritamente os reacionários burgueses e demonstrou que na sociedade classista também o amor tem caráter de classe. Isto não significa que o amor e a confiança possam ser compartilhados apenas entre as pessoas da mesma situação sócio-classista. Estas relações podem estabelecer-se também entre quem se esforçam juntos para defender a independência das massas populares e realizam em conjunto atividades criadoras, pese suas diferentes situações sócio-classistas.

Uma vez assentado o regime socialista, se elimina o antagonismo de classe, e as relações antagônicas e de desconfiança entre os homens se convertem nas de afeto e confiança. Na sociedade socialista, o afeto e a confiança são fomentados entre os coletivos sociais e seus integrantes e entre os membros individuais, e tem sua manifestação suprema entre o líder e seus soldados. A mais valiosa e bela vida é a que une os soldados com seu líder, ao povo com o partido mediante os laços de afeto e confiança, e que com a conversão de toda a sociedade em um ente sócio-político permite a todos seus integrantes fazer brilhar constantemente sua vida sócio-política, e a sociedade que consegue tornar realidade tal existência é a mais sólida e vital.

O socialismo centrado nas massas populares materializa de modo imemorável as relações de solidariedade e cooperação de camaradagem e de afeto e confiança em todas as esferas da vida social, e também baseia a política nestes sentimentos. O afeto e a confiança constituem a essência da política na sociedade socialista onde as massas populares, outrora objeto da política, se convertem em suas protagonistas. Nós chamamos de política de virtude a que se baseia no afeto e na confiança.

 Os imperialistas embelezam a política burguesa com coisas como o “pluripartidarismo” e a “democracia parlamentar” e caluniam a socialista, mas não podem converter o branco no negro. A política burguesa, aliada com o poder financeiro, é opressora e saqueadora, cruel e astuta.

Para aplicar uma genuína política de virtude na sociedade socialista é indispensável contar com um dirigente político que ame o povo ilimitadamente. Ele tem que possuir capacidade, porém, mais que tudo, a alta virtude de amar incondicionalmente o povo. Isto é assim porque a política socialista é, em sua essência, a da virtude. Se o dirigente político no socialismo não possuir suficiente capacidade, é possível que como consequência atrase o desenvolvimento da sociedade, mas se carecer de qualidades humanas, pode trair o povo e levar o socialismo à ruína.

Para aplicar a política de afeto e confiança na sociedade socialista é indispensável que o partido no poder se converta em um partido mãe.

O partido da classe operária é a organização política dirigente da sociedade, razão pela qual de como se estruture dependa como servirão ao povo os organismos estatais e demais instituições da sociedade socialista. Sua conversão em um partido mãe é a primeira condição para fazer de uns e outros servidores do povo. Construir tal partido significa estruturá-lo como um autêntico orientador e protetor do povo que atende com tino, e sob sua responsabilidade, o destino das massas como uma mãe ama e cuida sinceramente dos seus filhos. Em outros tempos, o partido foi considerado principalmente como uma arma na luta de classes. Evidentemente, o partido da classe operária tem que implementá-la, mas toda sua atividade deve partir, em todos os casos, do infinito afeto e confiança no povo.

Necessário pôr em primeiro plano a tarefa de defender os interesses das massas populares e lutar contra aqueles que as lesem. Se muitos partidos perderam o apoio e a confiança destas e como consequência deixaram de existir, foi porque ao invés de atender sob sua responsabilidade e sinceramente, com o sentimento de uma mãe, o destino do povo, degeneraram em organizações burocráticas ostentadoras e abusadoras de sua autoridade.

Para se construir como partido mãe, o que está no poder socialista deve educar todos os quadros e militantes no espírito de amar sem limites o povo e servir-lhe com lealdade.

Para ser um fiel servidor do povo, tem que saber pensar primeiro neste do que em si mesmo e considerar suas alegrias e penas como suas. Servir-lhe com lealdade constitui sublime dever do comunista e nisto está o autêntico valor de sua existência. Os revolucionários ingressam no partido da classe operária não por interesses pessoais, notoriedade e autoridade, mas para servir melhor ao povo. O verdadeiro comunista e membro do partido da classe operária é quem primeiro se oferece para superar reveses e deixar para trás satisfações pessoais, se encarrega voluntariamente do trabalho difícil e cede o êxito a outros. Para preparar assim os militantes, é necessário intensificar entre eles a educação ideológica para orientá-los a servir com abnegação ao povo.

Na construção do partido no poder socialista como um partido mãe o importante é conscientizar estritamente de maneira revolucionária os quadros e implantar entre eles uma luta enérgica contra o abuso de autoridade, o burocratismo e as práticas ilícitas e decadentes. Estes fenômenos surgidos entre os quadros são os elementos principais que obstaculizam a aplicação da política virtuosa na sociedade socialista. O socialismo se opõe aos privilégios de toda índole. Com a implantação do regime socialista desaparece a classe privilegiada. Enquanto o poder estatal e os meios de produção estejam nas mãos do povo, não pode reaparecer esta classe. Contudo, se nesta sociedade não se desenvolve a luta contra o abuso da autoridade, o burocratismo e os atos ilícitos e depravados, é possível que alguns quadros mal preparados se deteriorem no plano ideológico e, separando-se do povo, convertam-se em uma camada especial.

Toda política do partido e do Estado é executada por meio dos quadros, razão pela qual, por mais boa que seja, não se pode pré-determinar se aqueles abusam da autoridade e praticam o burocratismo. Se procedem assim e perpetram atos ilícitos e decadentes resultará que o partido no poder socialista perderá o apoio e a confiança das massas e, como consequência, deixe de existir. A lição histórica demonstra que se o partido no poder socialista permite que os quadros cometam estes atos é como cavar sua própria cova.

Já há muito tempo que nosso Partido, ao perceber o perigo do abuso da autoridade, do burocratismo e dos atos ilícitos e depravados que podem surgir no partido no poder vem travando incansavelmente a luta contra isto. Hoje, nossos quadros, em fiel cumprimento a palavra de ordem do Partido: “Servir ao povo!”, trabalham com lealdade para este, convertendo-se em seus servidores. Entretanto, não devemos descuidar em nenhum momento desta luta porque estes fenômenos têm suas raízes nos resquícios das ideias caducas e não cessam as manobras de infiltração ideológico-cultural dos imperialistas, encaminhadas a fomentar em nosso seio ideias atrasadas.

Nos compete seguir impulsionando com vigor a educação e a luta ideológica para erradicá-los entre os quadros.

A política de afeto e confiança, a da virtude, do nosso Partido constitui o principal fator que determina a superioridade e invencibilidade do nosso socialismo.

Graças a esta política, implantada pelo Partido e pelo nosso Líder, nosso povo desfruta de uma existência de alto valor e digna sob o regime socialista ao nosso estilo, centrado nas massas populares, iluminando sua valiosa vida sócio-política. Toda a sociedade forma uma grande e harmoniosa família, cujos membros, felizes e conscientes do valor de viver, mutuamente confiam, se amam e se ajudam. Eis aqui a verdadeira característica da nossa sociedade.

Em nosso país, todo o povo enaltece e respeita ao Líder como a seu próprio pai, segue o Partido vendo neste o aspecto maternal, e o Líder, o Partido e as massas, integrados em um só ente sócio-político, compartilham um mesmo destino. Em todo seu âmbito se manifestam belas características comunistas: há quem sacrifica sem vacilar sua vida para salvar a dos companheiros revolucionários; jovens de um e outro sexo contraem matrimônio com quem ficaram honrosamente inválidos no exército, e existem também os que atendem com o verdadeiro sentimento de família aos órgãos e aos anciãos desamparados. Tudo isto é o relevante fruto da política benévola do nosso Partido.

A vitalidade desta política se verifica não somente nas nobres características espiritual-morais do povo, mas também em sua vida material e cultural, sã e equitativa, que continua  melhorando. Todos estão livres das preocupações por problemas de alimentação, vestimentas e moradia, e beneficiados pelos sistemas gratuitos de educação obrigatória e de assistência médica, estudam toda a vida, sem interrupção e desfrutam da saúde.

O Estado assegura postos de trabalho estáveis a todos os aptos, garante com responsabilidade as condições vitais aos habitantes e, inclusive, atende com solicitude aos impedidos para o trabalho temporal ou definitivamente e aos anciãos desamparados. Os veteranos da revolução e da guerra, os militares feridos de honra e os beneméritos levam uma vida signa sob a proteção estatal e disfrutando do alto respeito e amor do povo.

Os benefícios da política benévola do Partido chegam mais calorosamente às novas gerações. Seus integrantes são continuadores da revolução e representam o porvir da nação. A perspectiva da revolução e a prosperidade da nação dependem de como eles se formam. Por esta razão, esta tarefa não pode ser somente da incumbência dos seus pais. Na sociedade capitalista onde o destino dos integrantes da jovem geração é decidido pelo dinheiro dos seus pais, é inevitável que sejam vítimas da desigualdade e dos males sociais.

Atualmente, muitas crianças e demais membros da jovem geração do mundo perdem a vida ou se convertem em inválidos, ou vagam pelas ruas, ou tomam o caminho da delinquência e da degeneração, por causa da guerra, dos conflitos sociais, das enfermidades e da fome, consequências da agressão e ingerência dos imperialistas e da pilhagem das classes exploradoras. Em contraste, em nossa sociedade socialista onde se aplica a política da virtude, todos os integrantes da nova geração crescem às custas do Estado.

Nosso Partido e Estado lhes oferecem os uniformes, os artigos de uso escolar e outras coisas, e lhes asseguram o mais avançado sistema de educação obrigatória integral de 11 anos para que estudem à vontade. Em virtude do profundo carinho e atenção do Partido e do Líder, do Estado e da sociedade, os integrantes da nossa jovem geração crescem felizes sem ter nada que possam invejar.

Todas as medidas políticas populares que hoje são aplicadas em nosso país comprovam a superioridade do regime socialista ao nosso estilo, centrado nas massas populares, e se originou do sublime amor do Partido e do Líder por elas. A política de virtude é a forma tradicional da política cuja raiz histórica foi preparada pelo grande Líder, camarada Kim Il Sung, nos anos da Revolução Antijaponesa, e que foi aprofundada e desenvolvida com o avanço da revolução e da construção.

O estimado Líder, camarada Kim Il Sung, foi o afetuoso pai do nosso povo que encarnou em um nível superior o amor a este. Desde cedo, considerando como sua máxima “apreciar o povo como ao céu”, esteve sempre entre o povo e compartilhou com este as penas e alegrias, consagrando-lhe todo seu ser. Por ter seu Líder no respeitado camarada Kim Il Sung, quem com suas nobres virtudes o amava ilimitadamente, podo escrever em nosso país uma brilhante e autêntica história da política popular, política benévola.

Nosso Partido leva e desenvolve sem cessar a brilhante tradição da política elaborada pelo Líder, camarada Kim Il Sung. Trata-se de uma política que lhes dedica profundo afeto e confiança a todos os setores do povo sem distinção. Neste sentido, a chamamos de política de altos voos. Repito que esta é a política de invariável afeto e confiança com que nosso Partido orienta responsavelmente a vida sócio-política de cada pessoa. Ainda que se trate de um homem que tenha cometido um erro, não o abandona, mas o educa, o transforma e o conduz pelo caminho correto, para que ilumine até o final sua vida sócio-política.

O sublime afeto e confiança do Partido e do Líder por nosso povo infunde estes infinitos sentimentos de fidelidade àqueles. Desde outrora, nosso povo é amplamente conhecido como um povo trabalhador, valente, cortês, e de forte sentido de justiça e obrigação moral.

 Estas excelentes qualidades são aperfeiçoadas e desenvolvidas plenamente em nossa época, sobre uma nova base espiritual e moral. Nosso povo agradece profundamente a benigna política do Partido e do Líder, e luta de corpo e alma para corresponder com fidelidade. Sua lealdade ao pai Líder, camarada Kim Il Sung, manifesta-se um nível mais alto hoje, quando o perdemos inesperadamente. É a vontade imutável do nosso povo enaltecê-lo para sempre, de uma geração para a outra, e de todo o coração, como Líder do nosso Partido e da revolução.

 Em fiel acato ao seu legado e sob a direção do Partido, se esforça com maior tenacidade para alcançar novas vitórias. Não há um povo como o nosso, que com suas nobres características espirituais e morais, seja fiel sem limites ao Partido e ao Líder e se entregue à causa da Pátria, da sociedade e da coletividade. Sentimos um grande orgulho por ter tão magnífico povo. E tê-lo formado assim é um grande mérito do nosso Partido e um destacado triunfo de sua política de virtude. 

A política virtuosa do nosso Partido serve de fonte à monolítica unidade do Líder, do Partido e das massas. Esta unidade é mais sólida por basear-se no amor e na fidelidade, e nosso socialismo é invencível por ter esta unidade como seu fundamento. 

O mundo admira nosso socialismo e o elogia como ideal. Isto ocorre porque trata-se de um autêntico socialismo, centrado nas massas populares, que encarna de maneira estrita o princípio de envolvê-las em amor e confiança. 

O fato de que as massas populares ocupam a posição e exerçam os direitos que lhe correspondam como donas do Estado e da sociedade, e como tais cumpram com sua responsabilidade e papel e desfrutem de uma existência valiosa, é prova de que nosso socialismo é um socialismo invencível que apoiam e que nele confiam de modo absoluto. 

Nosso Partido seguirá exercendo de modo consequente a política genuinamente popular, a da virtude, que sempre apresenta como um ente supremo as massas populares, donas de todas as coisas da sociedade e lhes dedica amor e confiança ilimitados. Hoje, nosso Partido e povo tem ante si a honrosa e pesada tarefa de levar adiante e completar, geração após geração, a causa socialista do Juche, iniciada pelo grande Líder, camarada Kim Il Sung. No futuro, nosso Partido a culminará confiando no povo e apoiando-se em sua força, tal como o fez até agora para sair sempre vitorioso. 

O socialismo centrado no homem, nas massas populares, é mais científico, mais vantajoso e mais poderoso. Triunfará infalivelmente por sua cientificidade e veracidade. 




                                                                                                                                                                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário