terça-feira, 1 de abril de 2025

Publicada declaração do vice-diretor-geral de Armamentos do MDN da RPDC

O vice-diretor-geral de Armamentos do Ministério da Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia fez pública no dia primeiro uma declaração intitulada "Nova 'arma de disposição conjunta' da aliança militar EUA-Japão prenuncia o ambiente de segurança mais instável da região".

A declaração completa segue abaixo:

As relações de aliança EUA-Japão, chamadas de eixo central do sistema de aliança militar sob o comando dos EUA na região da Ásia-Pacífico, demonstram a cada dia, com uma nova aparência, o sinal de instabilidade para os países periféricos e para a sociedade regional.

Para citar um exemplo, os dois países concordaram oficialmente em produzir em conjunto o míssil ar-ar de última geração "AIM-120", por ocasião da recente visita ao país insular do secretário da Defesa dos EUA.

O grave do caso é que não se pode aceitá-lo simplesmente como a produção de uma arma para aviões de combate com fins de defesa e controle do espaço aéreo. Sua perigosidade se revela quando se leva em consideração a peculiaridade do ambiente geopolítico e de segurança militar do Nordeste da Ásia.

Os caças principais de diferentes missões, mobilizados nos exercícios aéreos conjuntos EUA-Japão e em outros exercícios EUA-Japão-República da Coreia, que são frequentemente realizados no espaço aéreo ao redor da Península Coreana e mais distante, sobre os mares do Leste e do Sul da China, podem carregar o "AIM-120", com alcance superior a 160 km.

De acordo com a doutrina militar das forças aéreas estadunidenses, a introdução e uso de grandes quantidades de armas aéreas sofisticadas de longo alcance como o "AIM-120" permitirá tomar o domínio aéreo e neutralizar de maneira preventiva o sistema antiaéreo dos países inimigos. A saída imediata de caças estratégicos desferirá o golpe devastador à profundidade estratégica do inimigo.

Nesse sentido, o "AIM-120" é uma nova "arma de disposição conjunta" da aliança militar EUA-Japão que se transforma em uma ferramenta de ataque e agressão.

A fabricação conjunta dessa arma sofisticada, que os EUA e o Japão buscam, cria um ambiente desfavorável à região da Ásia-Pacífico, adicionando um novo fator de instabilidade estratégica.

Os EUA, que vêm tolerando e incentivando a transformação do Japão em uma potência militar desde o século passado, expandiram a aplicação do tratado de segurança EUA-Japão, que antes se limitava à "emergência do Japão", para incluir o espaço cósmico e cibernético, oferecendo-lhe sem escrúpulos até o míssil de cruzeiro "Tomahawk" e outros meios de ataque de longo alcance, amparando sua tentattiva de adquirir a "capacidade de contra-ataque".

Neste momento, em que os EUA e o Japão estudam a integração do atual sistema de operação e comando militares por meio da reorganização das tropas estadunidenses estacionadas no Japão e da criação do "comando de operação conjunta", e com o constante acesso ao ambiente de guerra, já não é segredo que a colaboração militar bilateral, que se estreita proporcionalmente, visa o objetivo de manter sob controle, com armas, os países regionais.

Certamente, está sendo alterado o equilíbrio da estratégia de segurança militar dos EUA com fins hegemônicos, o que representa um novo sinal de alerta para a região da Ásia-Pacífico, incluindo os países do Nordeste da Ásia.

A força sem justiça é uma tirania, e é insignificante a justiça sem força.

No futuro também, a principal tarefa da RPDC será a preparação de uma forte dissuasão capaz de enfrentar o ambiente estratégico instável criado ao seu redor pelos EUA e seus aliados, fazendo com que os países inimigos renunciem a sua ambição política e militar.

Continuaremos nossos esforços para aplicar o remédio mais eficaz para controlar a tensão militar da região e não permitiremos jamais a tentativa de Washington e seus lacaios de alcançar a hegemonia militar.

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