segunda-feira, 17 de julho de 2023

Kim Yo Jong revela em sua declaração o caráter absurdo do rumor de diálogo


A vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Yo Jong, publicou nesta segunda-feira (17) a seguinte declaração:

Ultimamente, a parte estadunidense circula o rumor de que a RPDC não aceita o diálogo.

Se trata de um comportamento que reflete o impaciente estado psíquico dos EUA que, nos últimos dias, têm visto consistentemente o que mais temem.

Atualmente, a situação da Península Coreana chega no ponto em que se discute até a possibilidade de choque real das forças armadas e de eclosão da guerra nuclear, ultrapassando em grande medida o nível de agudo enfrentamento que havia sido criado em 2017 entre RPDC e EUA.

Já que aclaramos quem são os responsáveis de tudo isso, quero revelar nesta oportunidade quão absurdas são as declarações de "diálogo incondicional" e que "está aberta a porta da diplomacia" que os EUA tanto pregoam ao mundo.

Nosso país vem repetindo o diálogo e as negociações com os EUA desde a década de 1990. Portanto, sabe que por trás da proposta de "diálogo incondicional" feita pela atual administração estadunidense há a artimanha de frear o que eles temem.

Embora se suponha a abertura do diálogo bilateral, está claro que não passará de algo ao estilo de "CVID" (desnuclearização completa, verificável e irreversível) o pacote que colocará sobre a mesa a atual administração estadunidense.

A esta altura, a palavra "desnuclearização" não é bem compreendida e deve ser procurada somente no dicionário de arcaísmos.

Será possível que os EUA encontrem, ainda que quebrem a cabeça, o que pode ser agora a condição e matéria de negociações com a RPDC?

Se pode prever também a possibilidade de que os EUA voltem a fazer o velho jogo de cessação temporária dos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul, prometido há alguns anos pelo mandatário antecessor, ou tente despertar o apetite de alguém com coisas reversíveis como a redução da dimensão desses treinamentos ou a suspensão da implantação das propriedades estratégicas.

Não nos deixamos enganar diante de tal armadilha para ganhar tempo.

Se quiserem, a introdução de propriedades estratégicas dos EUA na Península Coreana será completada em pouco mais de 10 horas e o reinício dos exercícios militares conjuntos com os efetivos reforçados durará mais de 20 dias no máximo.

Embora os EUA retirem, em sentido fantástico, todas suas tropas e equipamentos do solo sul-coreano com a armadilha estratégica a respeito, sabemos bem que dentro de 15 dias regressarão suas forças armadas no exterior e a "República da Coreia" será novamente convertida em um ponto estratégico militar.

É muito fácil para o círculo político dos EUA tirar o rótulo de "país patrocinador do terrorismo" de alguém hoje e colocá-lo novamente amanhã.

Sabemos bem que é variável e reversível tudo que os EUA possam nos oferecer na mesa de diálogo.

Por outro lado, o que os EUA esperam de nosso país é a "desnuclearização completa e irreversível".

Sendo assim, podemos trocar a segurança eterna de nosso Estado por algum interesse imediato confiando em tal promessa de caráter reversível?

Não fazemos um negócio que nos dê prejuízo.

Os EUA também estão bem cientes do motivo pelo qual a RPDC não está interessada no diálogo bilateral.

A recente sessão do Conselho de Segurança da ONU, relacionada com o lançamento de nosso ICBM de novo tipo, confirmou outra vez como os inimigos prolongam a política sobre a RPDC e com que eles sonham no curso de transição do poder de Moon Jae In a Yoon Suk Yeol e de Trump a Biden.

Ainda que algo fosse firmado e prometido pelo ex-presidente, o novo governo pode revogar com toda facilidade. Isso é precisamente a realidade dos Estados Unidos da América e da "República da Coreia".

Por isso, não devemos praticar estratégia com indivíduos como Yoon Suk Yeol ou Biden, mas estabelecê-la com longa visão contra a "República da Coreia", lacaia nº 1 dos EUA, e este império do mal do mundo e construir um sistema perspectivo de garantia da segurança da RPDC com base no dissuasivo esmagador.

Seria uma ilusão tola se os EUA pensam que podem deter o avanço da RPDC e desarmá-la depois de maneira irreversível, mediante a cessação provisória dos exercícios militares conjuntos, a interrupção da implantação de propriedades estratégicas e o alívio reversível das sanções.

Vemos a realidade como ela é e a levamos a sério.

O que vemos agora não é o diálogo que os EUA repetem como uma secretária eletrônica, mas o bombardeiro estratégico nuclear que voa a qualquer momento sobre nossos narizes, as espionagens aéreas que esse país comete invadindo nosso espaço aéreo jurisdicional, a convocação da reunião do "grupo consultivo nuclear" para debater publicamente o emprego de armas nucleares contra a RPDC e a aparição do submarino estratégico nuclear estadunidense nas águas da Península Coreana pela primeira vez em mais de 40 anos.

Os EUA devem perceber que quanto mais consolidem o sistema de dissuasão expandido e estendam demasiadamente a ameaçadora aliança militar, mais nos afastarão da mesa de diálogo que eles desejam.

O melhor meio para manter agora a paz e estabilidade da Península Coreana não é solucionar amistosamente os problemas falando com os bandidos estadunidenses, mas deter o despotismo e as arbitrariedades deles com base na força e no suficiente exercício dela.

Estamos preparados para fazer frente resoluta a qualquer ação que vulnere a paz e estabilidade da região da Península Coreana atentando contra a soberania e integridade territorial de nosso Estado e ameaçando a tranquilidade do povo coreano.

Os EUA devem parar com a estupidez de nos provocar pondo em perigo até sua segurança.

O que os EUA viram com preocupação há alguns dias é apenas o começo da ofensiva militar que a RPDC já empreendeu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário