quarta-feira, 12 de julho de 2023

Os incidentes de assassinato de civis pela polícia que ocorrem continuamente na França


Ultimamente, as ações de protesto massivo que condenam os assassinatos dos civis pela polícia se expandem em escala nacional na França e a repressão e reação excessivas da polícia emergem como um sério problema social.

O que originou o problema foi o incidente impactante no qual a polícia, durante o processo de controle do tráfego, assassinou a tiros em 27 de junho um jovem de 17 anos de origem argelina em Nanterre, pequena cidade localizada nos arredores de Paris.

A respeito deste incidente, o fiscal da respectiva região defendeu a polícia dizendo que o motorista não respondeu à exigência da polícia de estacionar o carro em um lado da estrada e se dirigiu de carro à polícia e, por isso, o policial disparou. Porém, os veículos de imprensa revelaram algo muito diferente.

O jornal “Le Monde” informou que há um vídeo que está gravada a voz do policial que, apontando a pistola ao jovem que estava no carro, diz “a bala vai parar na sua cabeça” e reportou que quando o carro partiu, o policial disparou sem hesitar e o jovem só avançou alguns metros e morreu no ato.

Depois que foi difundido velozmente mediante as redes sociais o vídeo que mostra o caso mencionado, em todos lugares do país, incluso Paris, Lyon e Toulouse, são realizadas violentamente todos os dias as ações de protesto que condenam as barbaridades da polícia que fazem lembrar os campos de guerra e, desde 29 de junho, as forças de segurança da França foram mobilizadas para reprimir as manifestações e enfrentar os manifestantes lançando bombas de gás lacrimogêneo e, por isso, a situação vai se tornando mais séria.

A situação é tão séria que o Presidente Macron, que havia participado na Cúpula da União Europeia em Bruxelas, retornou mais cedo ao seu país e adiou a visita estatal à Alemanha que estava planejada.

Os atos violentos da polícia na França foram objetos de séria preocupação social e crítica no passado também.

Os veículos de imprensa como France Info reportaram em várias ocasiões que, ainda que existam regras que proíbem apontar diretamente para partes específicas do corpo humano como o rosto com a arma letal, os olhos de vários manifestantes foram arrancados pelo uso desordenado de armas da polícia e os manifestantes expressam desgosto pelos atos de violência excessiva da polícia.

Por outra parte, no final de março, a carta de petição do desmantelamento da BRAV-M, unidade da polícia para reprimir as manifestações, foi colocada no site da Câmara dos Representantes.

Dentro de somente cinco dias, 100.000 habitantes firmaram a carta e foi dito que esse é o recorde estabelecido depois que foi criada a plataforma respectiva no referido site.

Ademais, muitos advogados e defensores dos direitos humanos criticaram a prisão "preventiva" e a “sério violação dos direitos humanos básicos” da polícia que estão se propagando desde que começaram os protestos contra a reforma da previdência.

Neste momento também, foram mobilizados cerca de 50.000 policiais para reprimir as manifestações de protesto que são realizadas todos os dias e o número de pessoas detidas chega a milhares.

Os veículos de imprensa europeus apontaram que a polícia francesa considera os jovens como “insetos malignos” e que isso não serve de ajuda para solucionar a atual situação e que os atos desumanos da polícia causarão mais violência.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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