quarta-feira, 2 de março de 2022

O representante permanente da República Popular Democrática da Coreia na ONU proferiu um discurso na sessão do comitê especial sobre a Carta da ONU e o fortalecimento do papel da organização


Kim Song, representante permanente da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) ante a ONU proferiu um discurso na sessão do comitê especial sobre a Carta da ONU e o fortalecimento do papel da organização.

O representante permanente assinalou como segue em relação com os problemas que se apresentam em transformar a ONU em uma organização internacional imparcial e prática que cumpre sua missão inerente de acordo com o objetivo e os princípios da Carta.

Em primer lugar, se deve pôr fim o quanto antes a conduta injusta e de padrão duplo do Conselho de Segurança da ONU. Embora a Carta da ONU estipule que o Conselho de Segurança deve atuar de acordo com os princípios da ONU, como a objetividade, imparcialidade, a igualdade, etc., o preconceito anacrônico do Conselho de Segurança ainda continua.

Em relação a isso, nossa delegação chama a atenção sobre o fato de que o Conselho de Segurança está condenando nosso legítimo exercício do direito à autodefesa como uma “ameaça à paz e segurança internacional”. Nossas medidas de fortalecimento do poder de defesa nacional autodefensivo constituem uma parte das atividades regulares para cumprir o plano de mediano e longo prazo do desenvolvimento das ciências de defesa nacional, e não provocou nenhuma ameaça ou dano à segurança dos países vizinhos e da região.

Para garantir a paz e a segurança da Península Coreana, os Estados Unidos deverá abandonar a política hostil anti-RPDC e de padrão duplo, e deverá suspender eternamente os exercícios militares de caráter ofensivo e a introdução de todo tipo de bens estratégicos nucleares na Península Coreana e seu contorno.

Apesar disso, o fato de que o Conselho de Segurança dá as costas obstinadamente aos atos hostis dos EUA contra a RPDC e questiona somente cada uma de nossas medidas de fortalecimento do poder de defesa nacional autodefensivo, constitui o cúmulo do padrão duplo, e ao mesmo tempo, é um ato que se une abertamente à política hostil dos EUA contra nossa República.

O fortalecimento do poder de defesa nacional é o direito legítimo do Estado soberano e nós jamais toleraremos tentativas de violar nossos direitos e interesses nacionais.

Em segundo lugar, a reforma da ONU deve ser realizada com rumo à elevação da autoridade da Assembleia Geral de acordo com o propósito e o princípio da Carta da ONU.

A Assembleia Geral é o órgão principal de elaboração da política da ONU onde todos os países exercem igual direito de representação e portanto a Assembleia Geral deve desempenhar devidamente o papel central na solução do problema internacional.

Com respeito a isso, quando o Conselho de Segurança maneja os assuntos que pertencem à competência da Assembleia Geral deve prestar uma devida atenção à eliminação dos fenômenos que infringem os direitos e a função da Assembleia Geral.

Ademais, consideramos necessário tomar medidas para outorgar à Assembleia Geral a autoridade de examinar uma por uma as resoluções do Conselho de Segurança sobre o asseguramento da paz e segurança internacional e apresentar as recomendações correspondentes.

Por outra parte, os órgãos da ONU como a Assembleia Geral terão que examinar seriamente todos os assuntos com base nos princípios da igualdade da soberania e adotar as correspondentes resoluções e decisões.

Em terceiro lugar, o Comitê Especial terá que prestar a devida atenção ao desmantelamento do aparato ilegal chamado “comando das tropas da ONU” na Coreia do Sul que vai contra a Carta da ONU.

Como todo mundo sabe “o comando das tropas da ONU” é algo que os EUA, após desencadear a guerra da Coreia em 1950, fabricou arbitrariamente abusando do nome da ONU para encobrir sua identidade de agressor e, hoje em dia, servindo à realização da política hostil dos EUA contra a RPDC e sua estratégia sobre a Ásia, ameaça gravemente a paz e segurança da Península Coreana e da região.

Os EUA violou de maneira flagrante o artigo 32 do capítulo 5 da Carta da ONU sobre a participação da parte interessada com respeito ao conflito que o Conselho de Segurança examina e também a cláusula 3 do artigo 27 do capítulo 5 da Carta da ONU relacionada com a adoção da decisão do Conselho de Segurança, e fabricou uma “resolução” com respeito ao "comando das tropas da ONU”.

Por último, o representante permanente enfatizou que o “comando das tropas da ONU” na Coreia do Sul é perfeitamente um comando do exército estadunidense que abusa do nome e da bandeira da ONU e não está sob nenhum comando da ONU nem é objeto do desembolso do orçamento da ONU e, portanto, devem ser tomadas as medidas ativas para seu desmantelamento imediato segundo a resolução do trigésimo período de sessões da Assembleia Geral da ONU de 1975.

Nenhum comentário:

Postar um comentário