quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Superemos as dificuldades mantendo a inteireza revolucionária


Conversa com um grupo de combatentes do Exército Revolucionário Popular da Coreia, em um lugar próximo a Chechanzi, distrito de Antu, em 1 de maio de 1940.

Celebramos o 1 de maio, festa internacional da classe operária, em uma circunstância em que, depois de haver feito o balanço das vitórias obtidas nas operações de manobra circular com grandes unidades, passamos às ações dispersas, segundo a nova orientação, e empreendemos diariamente renhidos combates contra o inimigo.

Desde há meio século, todo ano, com motivo deste dia, os operários do mundo inteiro vem fortalecendo a solidariedade e demonstrando o poderio de sua unidade na luta para romper as correntes do capital e conquistar a liberdade, a emancipação e o direito à existência.

Hoje comemoramos o 1 de maio em uma situação muito dura, quando a dominação colonialista do vandálico imperialismo japonês chega a seu apogeu.

Na verdade a situação atual no interior do país, assim como a internacional, é muito complexa e difícil.

Ao desencadear-se na Europa a Segunda Guerra Mundial pela Alemanha fascista, aproveitando-se desta ocasião, os imperialistas japoneses perpetram de modo mais aberto suas manobras agressivas para concluir com rapidez sua guerra contra a China, e posteriormente conquistas vários países do sudeste da Ásia, de importância estratégica, com o fim de ocupar a posição de "caudilho" da Ásia oriental e, com o tempo, realizar sua ambição de dominar o mundo. Sabendo que para ver realizada esta ambição o mais importante é estabelecer a "segurança na retaguarda", ultimamente seguem trazendo mais forças e levam a cabo grandes ofensivas contra o Exército Revolucionário Popular.

Como vocês bem sabe, desde o outono do ano passado empreenderam uma operação "punitiva" sem precedentes contra nosso exército sob o rótulo de "campanha especial para preservar a paz e estabelecer a segurança no Sudeste", e depois de seu fracasso ignominioso, em vez de tirar uma lição dele, desde os princípios da primavera deste ano concentraram seus efetivos de "castigo" de todo tipo em diversos lugares da Manchúria do Leste e estão intensificando suas obstinadas operações de perseguição com o estúpido propósito de "eliminar completamente", a qualquer preço, o Exército Revolucionário Popular da Coreia. Ao mesmo tempo, manobram de modo astuto para fortalecer o tristemente famoso sistema de "aldeias de concentração", cortar os laços entre as massas populares e as unidades de nosso Exército e bloquear este economicamente. Desta maneira tratam por todos os meios de reparar as derrotas ignominiosas que sofreram no outono e no inverno do ano passado nas zonas ao nordeste do monte Paektu e realizar a qualquer custo o plano da "campanha especial para preservar a paz e estabelecer a segurança no Sudeste", que já praticamente fracassou.

Por outra parte, mobilizando até os traidores da nação como Choe Nam Son, convertido em abominável lacaio pró-japonês, nos predicam a "claudicação", alegando que somos "um grão de milho no mar" e, por outra parte, com palavras melosas recorrem a toda classe de manobras sinistras para desintegrar ideologicamente nossas filas revolucionárias.

Devido a suas frenéticas manobras, no caminho de nossa revolução surgiram obstáculos realmente difíceis e nosso Exército Revolucionário Popular tem que passar por uma severa prova.

Esta situação nos apresenta a tarefa de esforçar-nos de modo perseverante para lograr a vitória final, vencendo com iniciativa a difícil conjuntura criada, com extraordinária determinação revolucionária e moral combativa.

Se pode afirmar que é inevitável tropeçar com provas e dificuldades no curso da luta revolucionária. A chave está em como vencê-las. Em vez de nos subjugarmos vergonhosamente ante a elas, devemos pavimentar audazmente o caminho da vitória com uma férrea vontade e confiança revolucionárias, e com inflexível espírito combativo e valentia.

Para nós, que empunhamos os fuzis com determinação de sacrificar-nos em aras da revolução, não pode haver desesperança nem pessimismo, indecisão ou vacilação.

Se desespera-se ou mostra-se pessimista e indeciso ante às dificuldades que bloqueiam o caminho da revolução, pode-se chegar a vacilar, e com o tempo pode cair no abismo da traição. Esta é uma séria lição que mostra convincentemente o processo de nossa luta revolucionária. Sem recorrer a fatos distantes, citemos como exemplo o ocorrido recente: apareceram, ainda que em número escasso, covardes que traíram e capitularam ante ao inimigo, perdendo a convicção ante às dificuldades temporárias.

Como se sabe, nos tempos normais os traidores da revolução gritam os lemas revolucionários, porém com a situação tornando-se difícil e complexa, passaram a ter uma visão pessimista a respeito do futuro da revolução e finalmente cometeram uma traição imperdoável ao renunciar à luta revolucionária e incluso render-se ante ao inimigo para lograr comodidade e desfrute pessoal.

Verdadeiramente, são miseráveis os indivíduos que rendendo-se ante às dificuldades surgidas no caminho da revolução traíram a Pátria e o povo, a revolução e os camaradas. Quanto tempo um homem pode viver? Uns sessenta anos, mais ou menos. Como não considerar miseráveis os que sem viver limpamente esta vida que não é longa, vendem sua consciência e traem a Pátria e o povo pelo bem pessoal?

Desde a antiguidade, nosso povo considera um orgulho viver, ainda que só um dia, com a consciência limpa. Podemos afirmar que a consciência de nossos revolucionários se expressa em sua ilimitada abnegação e seu espírito de sacrifício patriótico, sua valentia e audácia incomparáveis, sua tenacidade e perseverança na luta pela restauração da Pátria, pela liberdade e emancipação do povo.

Como somos combatentes conscientes, que empreendemos o caminho da revolução com a firme determinação de sacrificar-nos para alcançar este objetivo, não devemos marchar sem a consciência e a confiança revolucionárias, mas mantendo-as de modo brilhante em todas as situações adversas.

Até a data, percorremos um caminho sem precedentes por sua dificuldade. Porém, todavia nos falta percorrer um um largo e espinhoso trecho da revolução.

Para seguir este caminho com passos firmes e imperturbáveis, temos que manter de modo invariável a convicção revolucionária e lutar até o fim conservando a inteireza do revolucionário tal como diz esta estrofe da Canção da bandeira vermelha: "Que se vão os covardes, nós defenderemos a bandeira vermelha".

O que mais importa para lutar até o fim conservando a inteireza do revolucionário é ter uma segura fé na vitória da revolução.

Como sempre lhes digo, somente com fé na vitória podemos avistar com clareza o futuro da revolução e manter no alto a bandeira revolucionária sem vacilar, vencendo as dificuldades e provas.

A firme convicção na vitória da revolução se adquire com a compreensão correta da lei do desenvolvimento social de que o novo triunfa e o caduco se arruína.

É uma lei do desenvolvimento da história que o novo vence e o caduco se arruína. O processo de desenvolvimento da humanidade demonstra que, no curso da luta interminável entre as forças conservadoras que tratam de manter a velha sociedade e as forças progressistas que querem construir outra nova, estas últimas triunfam e as caducas, reacionárias e corruptas degeneram e se arruínam. Esta verdade é demonstrada claramente no curso da substituição da sociedade escravista pela feudal, esta pela capitalista e esta última pela socialista e comunista.

Embora os imperialistas tentem intimidar e atuem desesperadamente para manter o velho regime explorador, sua ruína é ineludível. Esta é uma inestimável verdade revolucionária que adquirimos no curso da luta que empreendemos até hoje.

Aqui estão presentes camaradas que lutam nas filas do exército revolucionário desde os primeiros dias da fundação da Guerrilha Antijaponesa, porém quando iniciamos a luta armada contra o imperialismo japonês, não tínhamos experiência, e enquanto às forças, éramos incomparavelmente inferiores ao inimigo. Porém, no curso dos combates contra os imperialistas japoneses chegamos a acumular experiências, criar novas táticas guerrilheiras e possuir forças armadas poderosas com as que podemos enfrentar-nos com centenas de milhares de efetivos do exército Guandong dos imperialistas japoneses, obtendo ressoantes vitórias em todas partes. Desde setembro do ano passado, com a mobilização de numerosas forças "punitivas", os inimigo perpetraram sinistras ofensivas político-militares, porém nós não nos intimidamos nem um pouco. Pelo contrário, neste processo nossas forças se fortaleceram e se desenvolveram como filas de aço.

Assim, o novo cresce e se fortalece, chegando finalmente a enterrar o caduco. Também podemos constatar patentemente mediante a experiência histórica da Revolução de Outubro da União Soviética. Quando se fundou o Partido Comunista antes do triunfo da Revolução, no período da monarquia czarista, as forças revolucionárias pareciam muito débeis. Porém o Partido Comunista, destacamento de vanguarda que representava os interesses dos trabalhadores - a absoluta maioria da população -, aglutinou amplos setores das massas a seu arredor, e assim incrementou e consolidou extraordinariamente suas forças, até que, ao fim, com a Revolução de Outubro, realizou a histórica obra de estabelecer um novo regime socialista, livre de exploração e opressão, em um território que ocupa uma sexta parte do mundo.

Assim sucedeu na União Soviética onde a revolução já triunfou, porém o mesmo podemos dizer de nossa causa de luta.

Atualmente, os imperialistas japoneses, com a mobilização de numerosos efetivos militares e policiais japoneses e manchus, perpetram sinistras ofensivas militares, bloqueios econômicos e operações de desintegração político-ideológica contra o Exército Revolucionário Popular da Coreia, porém tais ações não passam de ser os últimos esforços desesperados do inimigo condenado à ruína e demonstram que se está aproximando o dia da vitória de nossa revolução. Por isso, devemos conhecer corretamente a debilidade essencial e a vulnerabilidade deles, que se debatem freneticamente ante à sua iminente derrota, e possuir uma firme convicção de que nossas atuais dificuldades são temporárias e que finalmente nossa revolução triunfará de modo infalível.

Somente com uma firme fé na vitória poderemos lutar inflexivelmente com otimismo pelo futuro da revolução e cumprir o dever que nos corresponde como revolucionários, sem desesperar-nos nem mostrar-nos pessimistas ante às circunstâncias adversas.

Outra coisa importante para lutar até o fim conservando a inteireza revolucionária é armar-se com um ardente amor à Pátria e ao povo e odiar ilimitadamente o inimigo. Esta é a fonte da força ideológico-espiritual para conservar a inteireza revolucionária.

Nossa Coreia é por excelência um país de três mil ris tão bonito como bordado com fios de ouro. Tem belas montanhas e rios de água cristalina. Em nenhuma parte se necessita tomar água fervida. De suas terras férteis se recolhem abundantes quantidades de cereais riquíssimos e em seus Mares Leste, Oeste e Sul há peixes de diversas espécies. Os valiosos recursos do subsolo, que se encontram por toda parte, sobrarão incluso quando nosso povo os explore em grau suficiente para seu benefício.

Vocês falaram de suas terras natais, que guardam suas distantes recordações da infância. Também em Pyongyang, onde eu nasci e cresci, há muitas coisas das que nos sentimos orgulhosos: a colina Moran e Mangyongdae, de paisagens encantadoras nas quatro estações do ano, arroz branquíssimo e excelentes batatas-doces que se recolhem no outono, sopa de tainha do rio Taedong, e o famoso kuksu de Pyongyang.

Nesta terra-pátria tão bela, nossa nação, de geração em geração, vem criando uma brilhante cultura com nossos recursos naturais. Ademais, defendeu a dignidade da Pátria e da nação ao repelir os agressores estrangeiros que tentaram ocupá-la. Assim foi como nossa Pátria passou a ser conhecido como um país rico e poderoso, ideal para viver no Oriente, e nossa nação teve a honra de ser a mais laboriosa e inteligente no mundo.

Porém, nossa Pátria que se orgulhava de seus abundantes recursos naturais, de sua longa história e brilhante cultura, perdeu tudo isso para os agressores imperialistas japoneses, se converteu em um inferno, e nossos compatriotas, expulsos de suas queridas terras-natais, onde estão enterrados os restos de seus antepassados, vivem uma vida dura em terras estranhas. Com diz um ditado coreano: um povo sem pátria é pior que um cão em uma casa em luto. Nosso compatriotas, privados do país pelos imperialistas japoneses, sofrem em extrema miséria, sem ter nenhum meio de existência nem um palmo de terra onde ser enterrados quando morrem.

Amar ardorosamente a Pátria e o povo significa entregar tudo à luta para restaurar o país arrebatado pelo imperialismo japonês e para libertar o povo da humilhação e opressão.

A elevada honra do revolucionário e sua verdadeira vida, mais digna e valiosa, estão precisamente em lutar, sacrificando até sua juventude e sua vida, para libertar a Pátria que sofre muitas desgraças e para salvar o povo pisoteado pelas botas dos imperialistas japoneses.

Junto com o ardente sentimento de amar a Pátria e o povo, temos que possuir o firme espírito de odiar infinitamente o inimigo e combatê-lo de modo intransigente.

Somente possuindo esse espírito podemos manter no alto até o fim a bandeira da revolução em aras da Pátria e do povo com inflexível vontade combativa, sem vacilar em nenhuma circunstância adversa.

Como a origem de todas as desgraças e penalidades que nosso povo sofre hoje está na ocupação de nosso país pelos imperialistas japoneses, temos que lutar resolutamente até o dia da culminação da sagrada obra da restauração da Pátria com a inabalável ideia de que não podemos viver com este inimigo sob o mesmo céu.

Outra coisa importante para lutar até o fim manteiro a inteireza revolucionária é confiar plenamente nas forças das massas populares, apoiar-se de modo consequente nestas e cumprir fielmente com o dever camaradesco revolucionário. Esta é a garantia fundamental para lutar até o fim conservando a inteireza revolucionária.

A força e a inteligência das massas populares são inesgotáveis e nenhum inimigo as pode superar. Como experimentamos até agora no curso da luta, quando confiamos firmemente em suas forças e nos apoiamos nelas, não há dificuldades insuperáveis nem inimigos que não possamos vencer.

Se nosso Exército Revolucionário Popular pôde sobrepor-se a incontáveis dificuldades e alcançar vitórias consecutivas em meio à uma situação extremamente árdua, foi porque lutamos confiando na força do povo, com o credo revolucionário de que "a guerrilha não pode existir separada do povo tal como o peixe não pode viver fora d'água".

Ante à situação atual em que se tornam mais vis que nunca a repressão fascista e as ofensivas "punitivas" dos imperialistas japoneses, temos que confiar e apoiar-nos somente nas massas populares. Em qualquer lugar e tempo devemos confiar em suas forças, fortalecer-nos com elas e resolver todos os problemas apoiando-nos nelas.

Todos os membros de comando e soldados do Exército Revolucionário Popular da Coreia são camaradas que empreenderam o caminho da revolução com o nobre propósito de compartilhar os riscos, as alegrias e as dificuldades para culminar a sagrada obra da restauração da Pátria.

Como somos camaradas guiados por uma mesma ideia e um mesmo objetivo e compartilhamos a vida e o risco da morte, nosso amor é o mais nobre e sublime, incomparavelmente mais valioso que o dos pais, esposas e filhos, que não pode ser trocado nem por mil toneladas de ouro nem por nada destes mundo.

Se nosso Exército Revolucionário Popular pôde abrir espaço entre múltiplas dificuldades e provas e avançar longe, batendo os imperialistas japoneses, foi porque cumprimos com lealdade o dever revolucionário com os camaradas e implantamos uma unidade monolítica em nossas filas.

Até agora nos conduzimos assim, porém no futuro, quanto mais difíceis se tornem as condições da luta, mais profundamente devemos confiar nos camaradas e estarmos dispostos a sacrificar nossa preciosa vida por eles.

Até a culminação da obra de restauração da Pátria todavia nos falta um caminho longo e tortuoso. Não devemos vacilar nem nos render ante às dificuldades e provas no caminho da revolução nem esperar queixando-nos a chegada de uma situação favorável.

Guardando no fundo da alma a sublime missão assumida ante à Pátria e a fé na vitória, devemos empreender audazes e enérgicas ações para vencer a atual situação difícil e converter o adverso em favorável.

Em vista do novo plano de "castigo" dos imperialistas japonesas, temos que golpear seus pontos de apoio para agressão, efetuando por todas partes as operações de assalto e aniquilamento surpresas e ataques sucessivos com hábeis e ativas táticas que se improvisarão conforme a situação dada, para dispersar suas forças, dizimá-las e empurra-las à uma posição defensiva, a um beco sem saída.

Valendo-nos das experiências que já acumulamos no trabalho com as massas, devemos compenetrar-nos profundamente com elas e, com um poderoso trabalho político, conscientizá-las e agrupá-las nas organizações revolucionárias e incorporá-las à luta, de modo que possamos assediar a retaguarda do inimigo em todas partes, sem deixar nem um só lugar onde possam por seus pés.

Desta maneira, devemos dissipar a ambição agressiva dos imperialistas japoneses e culminar a obra da restauração da Pátria com as poderosas forças mancomunadas do Exército e do povo.

Como nossa causa revolucionária é justa e todos ardemos na fé inabalável na vitória, a histórica causa da restauração da Pátria se realizará de modo infalível e chegará inevitavelmente o dia em que este prato de rã será substituído pelo de tainha do rio Taedong.

Estou plenamente seguro de que vocês, guardando a invariável convicção revolucionária no fundo do coração, vencerão valentemente todas as dificuldades e provas e manterão até o fim a inteireza revolucionária.

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