domingo, 10 de novembro de 2019

Alcancemos com antecipação a grande obra da restauração da Pátria mediante a união do exército e o povo


Discurso proferido na reunião conjunta do exército e povo, efetuada em Diyangxi, distrito de Changbai, em 13 de junho de 1937.

Camaradas comandantes e soldados do Exército Revolucionário Popular da Coreia;

Representantes das organizações revolucionárias:

Derrotar o imperialismo japonês e lograr a restauração da Pátria é o supremo desejo de nossa nação na etapa atual. Para materializá-lo empreendemos duras batalhas com armas nas mãos, sem deixar de pensar na Pátria, que nos dá força e ânimo.

Depois de empreender a marcha à Pátria que tanto esperávamos, em todos os lugares onde chegamos, golpeamos os adversários e cantamos vitória, e hoje, cheios de infinita alegria, nos reunimos aqui. Por isso, nesta reunião compartilharemos o prazer do triunfo e nos comprometeremos a alcançar maiores vitórias no futuro.

Permita-me felicitar calorosamente os comandantes e os soldados do ERPC que se reuniram aqui com a dignidade e orgulho de que, demonstrando sem reservas o espírito de sacrifício e heroísmo sem igual nas operações de avanço ao interior do país, desferiram golpes demolidores nos vandálicos militares e policiais do imperialismo japonês e infundiram em nosso povo a convicção na vitória.

Também enviou minhas calorosas saudações à Associação para a Restauração da Pátria e outras diversas organizações revolucionárias e seus representantes aqui presentes, que se esforçam com abnegação para ajudar em todos os aspectos as unidades do ERPC para que alcancem vitórias nessas operações.

Igualmente, envio minhas efusivas felicitações à população de Diyangxi e outros povoados patrióticos, que atenderam sempre com amor fraterno e apoiaram no material e espiritual ao ERPC, e que nos prestaram uma ativa ajuda para que pudéssemos concluir com êxito as operações de avanço ao interior do país.

Na Conferência de Quadros Militares e Políticos do ERPC, efetuada em Xigang, distrito de Fusong, em março passado, apresentamos a orientação de avançar com grandes unidades ao interior do país frente à cruel repressão fascista dirigida a sufocar o ímpeto revolucionário do povo coreano, assim desferir-lhes fortes golpes político-militares e iluminar o povo à aurora da restauração da Pátria.

Depois dessa Conferência, as unidades do ERPC, divididas em vários destacamentos, empreenderam com dinamismo as atividades político-militares no interior do país e nas extensas regiões da Manchúria, plasmando assim com honra a orientação dada nessa Conferência.

Uma unidade, que avançou ao noroeste do monte Paektu com a missão de criar condições favoráveis para as operações de irrupção do destacamento principal no interior do país, aplicou duros golpes ao inimigo em vastas regiões de Antu e Helong. Em particular, na batalha efetuada nas cercanias de Jinchang, distrito de Antu, aniquilou completamente as tropas de Ri To Son, organizadas com empedernidos lacaios do imperialismo japonês e, seguidamente, atacou, no interior do país, o inimigo nas zonas de Hongam e Sanghunggyongsuri, e assim causou uma grande confusão em sua guarnição fronteiriça e infundiu no povo a convicção na vitória.

Por outra parte, as unidades que marcharam ao sudoeste do monte Paektu, divididas em várias subunidades, acertaram sucessivos golpes no inimigo nas regiões de Fusong, Linjiang e Changbai, e criaram assim condições favoráveis para as operações de avanço do grosso das forças ao interior do país.

A unidade principal aplicou um golpe à posição da guarda fronteiriça que o inimigo chamava com orgulho de "fortaleza inexpugnável" e entrou na terra-pátria que tanto sentiam saudade.

Na noite de 4 de junho avançamos sobre Pochonbo, um dos importantes pontos militares, onde aniquilamos os imperialistas japoneses, assaltamos a estação de polícia, e incendiamos o edifício da administração cantotal, a sede do corpo de bombeiros, a fazenda agrícola experimental e outros organismos inimigos.

Em todas partes de Pochonbo distribuímos panfletos e na ocasião do encontro com irmãos e irmãos compatriotas que saíram às ruas gritando em voz alta "Viva a independência da Coreia!", iluminamos a aurora da restauração da Pátria.

Não somente alcançamos uma grande vitória em Pochonbo, mas também a consolidamos mais ao aniquilar no monte Kouyushui os agressores imperialistas japoneses que nos perseguiam como loucos para recuperar-se de sua derrota ignominiosa mobilizando até a "guarnição fronteiriça especial".

Se pudemos obter tão relevantes vitórias nas recentes operações de avanço no interior do país foi graças a que as unidades do ERPC materializaram cabalmente nossa orientação operativa e aplicaram de maneira correta as táticas guerrilheiras, e também combateram com valentia, dando prova de seu indomável espírito revolucionário, e a que a população apoiou e estimulou ativamente nosso Exército Revolucionário Popular.

Graças a que o ERPC e o povo se ajudaram e uniram suas forças, sua alma e vontade no caminho da sagrada luta para salvar a nação que sofre na miséria e para libertar o país, puderam romper um golpe à posição da guarda fronteiriça que o imperialismo japonês chamava de "fortaleza inexpugnável", incendiar um baluarte inimigo e iluminar a aurora da restauração da Pátria.

A brilhante vitória nas operações de avanço ao interior do país tem um significado verdadeiramente enorme.

Infundiu uma firme convicção no triunfo aos compatriotas que sofrem sob a tirania do imperialismo japonês e mostrou ante ao mundo que o povo coreano não está morte, mas muito vivo e ganhando aluta contra os invasores imperialistas japoneses.

Nos últimos anos, os imperialistas japoneses, enquanto aceleravam os preparativos de agressão contra o continente, com o propósito de frear o avanço revolucionário de nosso povo, inventaram inúmeras leis infames e multiplicaram seus aparatos repressivos, ao tempo que detiveram, encarceraram e assassinaram sem piedade os cidadãos inocentes e intensificaram a política de pilhagem para assegurar os materiais estratégicos.

Além disso, para suprimir a nacionalidade do povo coreano vociferam ruidosamente que "Japão e Coreia são do mesmo tronco e raiz" e edificam por toda parte os panteões e templos xintoístas tratando desesperadamente de injetar o "espírito japonês" em nosso povo, e incluso tentam eliminar nossa língua e alfabeto. Desta maneira, a Coreia se converteu em um tenebroso inferno e o destino da nação se encontra ante ao dilema de sobreviver ou perecer.

Quando a realidade da Pátria era tão tenebrosa, o ERPC avançou com grandes forças ao interior do país e incendiou o baluarte do inimigo, o que infundiu em nosso povo a esperança do renascimento nacional e a convicção de que se somam-se à luta, podem vencer.

Na atualidade, a população do interior do país resiste estoicamente toda classe de dificuldades e provas, estimulada pela nova esperança de que enquanto exista o ERPC a Coreia será independentizada sem falta e que no futuro próximo haverá um mundo onde os operários e camponeses vivam felizes.

O triunfo do ERPC nas operações de avanço ao interior do país acertou resolutos golpes político-militares nos invasores imperialistas japoneses. Logo que o ERPC irrompeu nas zonas fronteiriças, estes convocaram até a "conversação de Tumen" para reforçar a linha da guarda fronteiriça e situaram ali grande número de efetivos, alardeando de que já tinham aperfeiçoado o sistema de guarda. Ao ver como o avanço do ERPC desmoronava em instante a linha da guarda fronteiriça que chamavam ostentosamente de "fortaleza de aço", e que os importantes pontos militares da bacia superior do rio Amnok se convertiam em um mar de fogo, os agressores imperialistas japoneses estão dominados pelo pânico e pela inquietude.

Hoje nos sentimos muito alegres por estarmos reunidos neste lugar com o orgulho e a dignidade de vencedores para fazer o balanço da grande vitória nas operações de avanço ao interior do país.

Camaradas:

Embora tenhamos alcançado uma relevante vitória nestas operações, temos pela frente tarefas mais difíceis e importantes. Devemos expulsar definitivamente os agressores imperialistas japoneses e lograr a completa libertação da Pátria.

Devemos prever uma luta mais dura para alcançar a sublime causa de expulsar os invasores de nossa terra-pátria  e restaurar o país, assim como preparar-nos melhor para fazer frente ao "castigo" do inimigo.

Os agressores imperialistas japoneses, que sofreram derrotas ignominiosas pelas operações de avanço do ERPC ao interior do país, realizam desesperados esforços para reparar e fortalecer o transtornado sistema de guarda fronteiriça, concentrando grandes efetivos nessas zonas, ao mesmo tempo que impulsionam freneticamente os preparativos para "castigar" o ERPC. Ademais, com o objetivo de realizar sua ambição agressiva contra a União Soviética, China e Mongólia, introduzem grandes efetivos e material bélico ao longo das fronteiras com a União Soviética e Mongólia.

A situação criada nos exige repelir as grandes operações de "castigo" dos imperialistas japoneses contra o ERPC e frustrar sua tentativa de agredir o continente.

Frente a essas operações "punitivas", as unidades do EPRC empreenderão com maior dinamismo as atividades político-militares. Realizando-as sem descanso pelas zonas fronteiriças das bacias dos rios Amnok e Tuman, e combinando bem as operações de grandes unidades com as das pequenas, golpearão sucessivamente por toda parte os quarteis do imperialismo japonês e os postos de policia, destruirão e queimarão seus trens militares e depósitos de materiais bélicos, causando-lhe uma grande confusão e temor, e assim frustrarão sua tentativa de "castigo" e levarão ao fracasso sua política de agressão ao continente.

As unidades do ERPC, enviando suas pequenas unidades e agentes políticos às zonas fronteiriças dos rios Amnok e Tuman e ao interior do país, com a missão de mostrar com clareza para a população a tentativa de agressão do imperialismo japonês contra o continente e, ao mesmo tempo, explicar e divulgar os lineamentos e as orientações da revolução coreana, incluindo o Programa de Dez Pontos da Associação para a Restauração da Pátria, assim como os êxitos alcançados nas operações de avanço ao interior do país, para que ela, com fé no triunfo da revolução,, se levante em greves e todas demais formas de luta antijaponesa. Desta maneira, aplicarão grandes golpes políticos e militares ao imperialismo japonês e causarão uma grande confusão à produção e acumulação de materiais estratégicos por parte do inimigo.

Devemos engrossar e fortalecer nossas filas revolucionárias ao admitir no ERPC um maior número de jovens patrióticos forjados e preparados na Associação para a Restauração da Pátria e outras organizações revolucionárias.

Atualmente, inumeráveis jovens solicitam que os aceitemos no ERPC. As unidades do ERPC alistarão com audácia os jovens de distintos setores e estratos que solicitam o ingresso,  os forjarão através da luta e os prepararão por meio do estudo do terreno político-militar.

Agrupar as amplas massas em torno da Associação para a Restauração da Pátria e estimulá-las à guerra de resistência antijaponesa constitui uma tarefa muito urgente para antecipar o triunfo da causa histórica da restauração da Pátria.

A revolução não pode ser efetuada somente com a força de uns tantos comunistas; triunfará somente quanto as amplas massas sejam mobilizadas.

Aplicando hábeis e ativos métodos de trabalho com as massas, devemos incorporar nas organizações da Associação para a Restauração da Pátria todas as pessoas que possuam consciência nacional e se oponham ao imperialismo japonês, sem distinção de sexo e idade, e sem importar-se se são operários, camponeses, artesãos, pequenos comerciantes, capitalistas nacionais, religiosos, intelectuais ou jovens estudantes.

Em vista de que as amplas massas se incorporam às organizações da Associação para a Restauração da Pátria, há que denominá-las com diversos nomes de acordo com as peculiaridades dos lugares correspondentes e tendo em conta o nível de preparação das massas, e fazer que na luta antijaponesa elas combinem adequadamente as atividades legais e ilegais e outras formas de ação.

A intensificação das intrigas do imperialismo japonês para destruir nossas filas revolucionárias nos exige implantar uma férrea disciplina e uma ordem revolucionária nas organizações da Associação para a Restauração da Pátria e realizar maiores esforços para guardar o segredo.

Para destruir as desesperadas manobras dos agressores imperialistas japoneses e alcançar a sublime causa da restauração da Pátria, é imprescindível que todo o povo se una como um só para apoiar e estimular de maneira ativa o ERPC.

Tal como o peixe não pode viver fora d'água, tampouco o ERPC pode viver ou triunfar na luta contra os agressores imperialistas japoneses se não tem o apoio e estímulo do povo.

Desde os primeiros dias em que empreendemos a sagrada luta antijaponesa, nosso povo enviou à guerrilha tanto seus queridos filhas e filhos como também cereais, tecidos e muitos outros materiais de ajuda. Se o ERPC pôde triunfar na luta de 6 a 7 anos contra os vandálicos invasores imperialistas japoneses armados até os dentes, desafiando a furiosa tormenta do deserto da Manchúria, e obter ressoantes vitórias nas recentes operações de avanço ao interior do país, foi graças a que o povo ajudou-o ativamente fazendo alarde de seu patriotismo e de seu espírito de sacrifício.

No futuro também, ao igual que no passado, a população da base do monte Paektu e de seus contornos, assim como todos os demais cidadãos patrióticos do interior do país, devem seguir apoiando e estimulando o ERPC no material, de modo que este emerja vitorioso na batalha contra  o inimigo.

Conhecer bem o movimento do inimigo constitui uma condição importante para ganhar o combate. Por isso, a população deve avisar a tempo sobre os movimentos das tropas agressoras do imperialismo japonês.

Nos últimos dias, o inimigo enviou um grande número de agentes a todas partes para descobrir o Comando-Geral do ERPC, destruir as organizações revolucionárias e perturbar a opinião pública. O povo deve elevar a vigilância ante às conjuras dos espiões inimigos.

Camaradas:

Hoje em dia, a ofensiva de "castigo" dos agressores imperialistas japoneses contra o ERPC é ainda mais intensificada.

Todavia, nenhuma maquinação desesperada lhes permitirá bloquear nosso caminho na sagrada luta antijaponesa, nem destruir nossas forças unidas.

Faremos tudo o que esteja a nosso alcance para frustrar essas manobras e manter a revolução em ascenso.

Levantemo-nos, todos, firmemente unidos, na sagrada luta antijaponesa para antecipar o triunfo da causa da restauração da Pátria.

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