quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Cada coisa tem seu tempo e lugar


Foi divulgado que são finalizados os preparativos para a cúpula especial da ASEAN que será aberta no dia 25 em Pusan, na Coreia do Sul.

No passado dia 5, o Presidente sul-coreano Moon Jae In remeteu com cortesia ao Presidente da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia uma carta pessoal que convidava-o solicitamente à cúpula.

Se essa mensagem significa um convite cheio de confiança e esperança sinceras no Presidente da CAE, não temos motivo para não agradecê-la com prazer.

Sabemos também que a parte Sul está esperando com ânsia a visita à Pusan do Presidente da CAE depois de concluir no máximo nível todos os preparativos de recebimento, sobretudo, a escolta e o protocolo.

E compreendemos bastante as tribulações do Presidente Moon Jae In que tenta aproveitar essa oportunidade para preparar um marco e condições para a solução atual onde encontra-se em estancamento as relações Norte-Sul.

O constata o fato de que depois de enviar sua carta pessoal, ele pediu várias vezes ao Presidente da CAE que mandasse um enviado especial se ele não pudesse viajar à Coreia do Sul

Todavia, hoje em dia, o ambiente do solo sul-coreano, turvo ao extremo, mantém-se todavia muito reticente sobre as relações intercoreanas e as autoridades sul-coreanas não abandonam sua errônea posição de resolver todos os problemas surgidos entre o Norte e o Sul não com a cooperação nacional, mas com a postura de dependência das forças externas.

Neste momento também, o ministro da "Unificação" sul-coreano realizou a viagem de mendigação aos EUA com o tema de relações N-S. Então, o que podemos discutir e resolver com tal contraparte que confia totalmente nas forças estrangeiras sem ter nem a menor posição independente?

Segundo um ditado, as linhas escritas com todo a alma convencem até o cego.

Qualquer coisa tem seu tempo e lugar propícios e o procedimento conveniente.

Nos vemos obrigados a pensar se agora é o momento oportuno para a cúpula Norte-Sul.

Através das notícias confusas que nos chegam em ondas hertzianas de nosso planeta, conhecemos de sobra que está muito ruim o clima do território sul-coreano.

As forças conservadoras sul-coreanas caluniam em uníssono o "governo" atual com "pró-norte" e "esquerdista" e, no mesmo contexto contexto, recrudescem mais do que nunca a demagogia à RPDC reclamando a "quebra de acordos N-S".

Para piorar, se ouvem os disparates como "mudança do governo do Norte" e "indução da derrubada do Norte" que não se pôde escutar nem no "governo" anterior.

Ainda que o Norte e o Sul se reúnam circunstâncias, resultaria inútil e insignificante tal encontro.

As autoridades sul-coreanas não podem tomar nenhuma medida embora vá escurecendo o dificilmente preparado ambiente de reconciliação e cooperação.

Então, opinamos que elas estão muito equivocadas se acreditam que podem mudar facilmente a situação crítica com uma mensagem de convite.

Na conjuntura atual, seria necessário que elas refletissem repetidamente sobre seus erros. Mas ao contrário, convidaram muitos estrangeiros que não tem nenhum interesse no destino e no futuro da nação coreana, fato que sugere esta pergunta: qual imagem do Norte e do Sul elas irão querer mostrar aos convidados?

Não nos deixaremos levar pela sinistra tentativa delas de fingir a continuação da cúpula N-S e insertar as relações intercoreanas na "nova política sobre o Sul", protagonizada por si mesmas, ainda que não possam resolver nenhum dos problemas fundamentais entre o Norte e o Sul e os assuntos nacionais.

Cumprimentar-se e tirar uma foto no complicado evento internacional que não nos importa muito, isso não merece ser comparado com aquele momento histórico em que os Máximos Líderes de ambas partes apertaram suas mãos no monte Paektu, o sagrado da nação.

Posto que não foram cumpridas nenhuma das promessas feitas em Panmunjom, Pyongyang e no monte Paektu, seria melhor não realizar uma cúpula formal Norte-Sul; esta é nossa posição.

Nos causa espanto que a parte sul-coreana, insatisfeita com o fracasso que sofreu por apoiar-se tanto nos EUA, propõe discutir o tema de relações Norte-Sul no cenário de cooperação multilateral, em vez de arrepender-se e compreender claramente, ainda que tarde, a causa da atual crise dos vínculos Norte-Sul.

Como melhorarão as relações N-S e quando renascerá a corrente de reconciliação e cooperação se os timoneiros da sociedade sul-coreana sonham todavia em fazer castelo de areia, em vez pensar seriamente em suas faltas e erros?

Para dizer outra vez bem claro, há que escolher bem o tempo e o lugar para que as coisas saiam bem.

Será impossível obter bom resultado ainda que se reúna mil vezes com o interlocutor que não saiba esse princípio.

Parece que não nos resta outra coisa além de esperar com paciência o momento em que se forme a decisão independente nessa terra mentalmente estéril.

Agradecemos à parte sul-coreana por sua esperança e boa fé, porém rogamos-lhes que compreenda o motivo razoável do Presidente da CAE não visitar Pusan.

Agência Central de Notícias da Coreia

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