terça-feira, 26 de novembro de 2019

Para empreender operações de manobra circular com grandes destacamentos nas vastas regiões ao nordeste do monte Paektu


Discurso proferido na Conferência de Quadros Militares e Políticos do Exército Revolucionário Popular da Coreia efetuada em Liangjiangkou, distrito de Antu, em 6 de outubro de 1939.

Camaradas:

Em acato à orientação traçada na histórica Conferência de Nanhutou de levar a uma etapa superior a revolução coreana em seu conjunto com a luta armada como eixo, nos últimos três ou quatro anos empreendemos atividades militares e políticas com ressoantes êxitos.

Antes de tudo, nas vastas zonas da Manchúria e no interior do país, com o monte Paektu como centro, efetuamos muitos combates e desferimos golpes contundentes ao inimigo.

De acordo com a Conferência de Nanhutou, as unidades do Exército Revolucionário Popular da Coreia, após ter avançado às zonas fronteiriças, criaram bases em vastas regiões, com o monte Paektu como centro, com o fim de intensificar ainda mais as ações militares e políticas.

A criação da base do monte Paektu constituiu um acontecimento transcendental com vistas a estender e desenvolver a luta armada e imprimir um grande ascenso à luta antijaponesa de libertação nacional em nosso país.

Assim, apoiando-nos firmemente nessa base, pudemos cumprir de modo mais dinâmico as atividades político-militares e infligir golpes mais demolidores ao inimigo.

Alarmados pelo avanço das unidades do ERPC às zonas fronteiriças e com a criação da base do Paektu, os agressores imperialistas japoneses estabeleceram em Tonghua o "comando de punição" e realizaram desesperados esforços para "aniquilar" o ERPC, para o que mobilizaram um grande número de efetivos.

Frente a estas tentativas, realizamos muitos combates, grandes e pequenos, nos movendo constantemente pelas zonas de Changbai, Linjiang, Fusong e Mengjiang, onde obtivemos ressoantes vitórias.

Estes triunfos consecutivos em Jiandao Oeste demonstraram ante ao mundo o poderio do ERPC e colocaram o inimigo em uma situação difícil.

As dinâmicas ações militares e políticas das unidades do ERPC constituíram severos golpes para as manobras dos imperialistas japoneses dirigidas a agredir o continente. A fim de realizar sua ambição de agredir o continente, os imperialistas japoneses provocaram o "Incidente de 7 de julho" de 1937 e depois perpetraram sucessivamente atos aventureiros e vandálicos de provocação como o "Incidente do lago Jassan" e o "Incidente de Jaljingol".

Enquanto apoiamos ativamente a luta de libertação nacional do povo chinês, realizamos sucessivamente operações para golpear o inimigo pela retaguarda com o objetivo de defender com as armas a União Soviética, Estado das classes despossuídas, e apoiar a justa guerra do povo mongol, o que constituiu uma importante contribuição à frustração das tentativas do imperialismo japonês de agredir o continente.

Com sua grande operação de avanço ao interior do país, as unidades do ERPC estremeceram as raízes da dominação colonialista do imperialismo japonês na Coreia.

Com vista a impedir o avanço do ERPC ao interior do país, os agressores imperialistas japoneses, por uma parte, realizaram as "conversações de Tumen" para tomar medidas emergentes e, pela outra, fizeram frenéticos esforços para reforçar as posições de sua guarda fronteiriça. Deslocaram enormes quantidades de forças nas bacias dos rios Amnok e Tuman, aumentaram em grande escala as estações e postos de polícia e incluso construíram torreões para "reforçar ao máximo" sua guarda fronteiriça.

Após cruzar de uma vez a linha de vigilância fronteiriça, da que o inimigo gabava-se que era inexpugnável, as unidades do ERPC irromperam em Pochonbo e na zona de Musan, onde alcançaram ressoantes êxitos.

Com a grande operação de avanço ao interior do país, demonstramos ante ao mundo que o ERPC se mantém sã e salvo e que está batendo de modo vitorioso os agressores imperialistas japoneses e desferimos duros golpes à sua dominação colonialista na Coreia.

Hoje, nosso povo, com nova fé e ânimo redobrado ante ao avanço do ERPC ao interior do país, se mantém firme esperando a chegada do dia da restauração da Pátria enquanto luta com valentia contra a dominação colonialista do imperialismo japonês.

Após sofrer ignominiosas derrotas em Pochonbo e na zona de Musan, os agressores imperialistas japoneses compreenderam seriamente que sua linha de guarda fronteiriça é frágil e que, com os atuais métodos de combate "punitivo", é impossível conter as atividades do ERPC.

Os esforços para materializar a orientação da histórica Conferência de Nanhutou, nos permitiu ampliar e afiançar as forças revolucionárias extraordinariamente.

Com vista a estender e desenvolver a luta armada e manter o contínuo avanço da revolução coreana, preparamos de modo mais consequente os combatentes do ERPC no plano político-ideológico e no militar-técnico, ao mesmo tempo que engrossamos e reforçamos suas filas com jovens entusiastas, forjados e formados nas organizações revolucionárias clandestinas e outras muitas pessoas de espírito patriótico que se uniram a nós com o grande propósito de lutar contra o imperialismo japonês.

Na medida que se engrossavam vertiginosamente as filas de nosso exército, também reorganizamos as unidades, constituímos uma nova divisão, e tomamos medidas para reforçar as companhias e elevar o papel das organizações partidistas e as da União da Juventude Antijaponesa dentro das unidades.

Desta maneira, hoje o ERPC cresceu e se fortaleceu como exército revolucionário invencível e como uma potente força política, capaz de impulsionar a revolução coreana até alcançar seu triunfo.

A fundação da Associação para a Restauração da Pátria em maio de 1936 permitiu fortalecer nossas forças revolucionárias extraordinariamente.

Nos baseando nos êxitos alcançados no movimento da frente unida nacional antijaponesa, na Conferência de Donggang constituímos a Associação para a Restauração da Pátria, organização da frente unida nacional antijaponesa, que agrupa as amplas forças patrióticas antijaponesas de todos os setores, principalmente os operários e camponeses. Assim reforçamos ainda mais o terreno de massas para nossa revolução, agrupando ferreamente todas as forças patrióticas, exceto uma ínfima minoria de lacaios pró-japonesas.

O Programa de Dez Pontos da Associação para a Restauração da Pátria e sua Declaração Inaugural infundiram em nossos compatriotas, que sofriam no obscurantismo e na ignorância total, a convicção de que o dono da revolução coreana é o próprio povo coreano e que quando este se lavante em uníssono, poderá realizar a obra histórica da restauração da Pátria. Deste modo, hoje, centenas de milhares de cidadãos de todos os setores e classes, sobretudo os operários e camponeses, aglutinados compactamente em torno da Associação para a Restauração da Pátria, se alçam como um só na sagrada luta para resgatar o país.

Hoje, inúmeros jovens fervorosos, residentes no país e na China, se incorporam a nosso Exército Revolucionário Popular com a firme decisão de participar na guerra de resistência antijaponesa, enquanto o resto da população, pletórica do sentimento patriótico, apoia ativamente, no material e espiritual, nossa Luta Armada Antijaponesa.

No curso da ampliação e desenvolvimento da Luta Armada Antijaponesa se elevou o papel do Comitê do Partido no Exército Revolucionário Popular, se ampliaram e consolidaram suas organizações a todos os níveis, e foram admitidos ativamente nelas os elementos medulares forjados e provados em meio à luta, graças ao qual se cimentou mais solidamente a base para fundar um partido marxista-leninista em nosso país e foram preparadas poderosas forças, com as quais nosso povo já pode realizar sua revolução sob sua própria responsabilidade.

Ademais, estendemos a base do Paektu a vastas regiões.

Baseando-nos em uma profunda análise das demandas do desenvolvimento da Luta Armada Antijaponesa, da composição e tendência  da população na zona do monte Paektu e suas condições naturais-geográficas, decidimos incluir nessa base extensas regiões, entre outras, os distritos de Changbai, Fusong, Mengjiang e Antu, com o monte Paektu como seu centro, assim como criar em diferentes lugares diversas formas de acampamentos secretos e, tomando-os como ponto de apoio, expandir as organizações partidistas, as da Associação para a Restauração da Pátria e outras agrupações revolucionárias, e aglutinar nelas um grande número de pessoas com sentimentos patrióticos. Depois da operação de avanço à Pátria, efetuada na primavera deste ano, estabelecemos muitos acampamentos secretos em vários lugares das bacias do Wukoujiang, graças ao qual se assentou uma sólida base revolucionária também nas amplas zonas da parte nordeste do monte Paektu, sobretudo, em Antu e Helong.

Todos estes êxitos demonstram fidedignamente que nenhuma força pode conter a luta do povo alçado em aras de sua independência e dignidade nacional.

Os agressores imperialistas japoneses, postos em apuros e confundidos pelas ações político-militares do ERPC, não puderam menos que revisar sua operação de "castigo" contra nosso Exército Revolucionário Popular.

Ante às reiteradas e irremediáveis derrotas frente ao ERPC, o inimigo se deu conta de que a menos que converta a Manchúria em uma segura retaguarda estratégica, é impossível realizar sua ambição agressivas, motivo pelo qual ultimamente está tramando contra nosso exército as operações de "castigo", que por sua envergadura e atrocidade não tem precedentes. Em particular, fazem desesperados esforços para deter e debilitar as ações combativas do grosso de nossas unidades armadas e concentram suas forças de "castigo" contra o Comando Geral do ERPC.

Para levar a cabo as sinistras ofensivas de "castigo" sob o rótulo de "campanha especial para preservar a paz e estabelecer a segurança no Sudeste", instalaram um novo "comando punitivo" em Jilin, diretamente submetido ao comandante do exército Guandong, e sob sua jurisdição, agrupam mais de 200 mil efetivos policiais, de guarnição ferroviária e de outras tropas de toda índole, para não falar do exército Guandong e do exército títere manchu. Ademais, estabeleceram "zonas punitivas" e formaram "corpos punitivos" com diversas denominações e concedendo-os todos os poderes nas zonas respectivas, os põe a perpetrar sem escrúpulo todo tipo de atrocidades para reprimir e liquidar as forças revolucionárias.

Com o propósito de assegurar mobilidade à "grande operação punitiva", estão reparando, ampliando e construindo estadas com fins castrenses e instalações de comunicações que unem os importantes pontos militares nos contornos do monte Paektu ao mesmo tempo que intensificam sua proteção. Ademais, aceleram os preparativos para mobilizar até os efetivos estacionados na Coreia.

A fim de "aniquilar" o ERPC, não só introduzem enormes forças armadas, mas também mudaram os métodos de "castigo".

Ao dar-se conta de que dirigimos a revolução coreana em seu conjunto apoiando-nos na base do Paektu e atuamos com a tática de aparecer e desaparecer como por arte de mágica, movendo-nos constantemente de um acampamento a outro, segundo as circunstâncias, definiram esta base, constituída principalmente por acampamentos secretos, como um importante objetivo a "castigar".

Assim, perambulando por todas partes, perpetram atrocidades como incendiar ou destruir os acampamentos secretos estabelecidos pelas unidades do Exército Revolucionário Popular. Enquanto atuam freneticamente para acabar com a base do Paektu, levam a cabo em grande escala uma operação de registro nas vastas regiões do nordeste do monte Paektu com a sinistra tentativa e cercar e aniquilar as unidades do ERPC, para o qual mobilizam até seus aviões.

Por outra partes, ademais de que tentam realizar operações militares de grande envergadura, recorrem a toda classe de estratagemas para desintegrar por dentro o Exército Revolucionário Popular. Distribuem panfletos e toda classe de textos propagandísticos que caluniam o ERPC, qualificando-o de "um grão de milho no mar", e infiltram agentes em toda parte. Também, para lograr a "claudicação submissa" dos soldados do ERPC, realizam incluso atos tão avessos como mobilizar de modo coercitivo seus familiares e parantes.

Ao mesmo tempo, atuam com fúria para impedir os vínculos entre o ERPC e a população. Entre esta realizam freneticamente uma falsa propaganda dirigida a difamar e caluniar nosso exército, e ao implantar uma severa ordem de saída e entrada nas aldeias de concentração, proíbem o livre movimento de seus residentes e intensificam como nunca o controle sobre produtos de primeira necessidade como arroz, sal, tela, fósforos e outros.

Camaradas:

A operação de "castigo" dos agressores imperialistas japoneses, que não tem precedentes por sua envergadura e crueldade, não passa de ser a última reação daqueles que estão a ponto de serem derrotados.

Frente a estas manobras, devemos passar a outras ações combativas mais audazes para defender até o fim a bandeira da revolução e aproximar o dia da restauração da Pátria.

Para derrotar a nova operação de "castigo" dos agressores imperialistas japoneses, devemos empreender as operações de manobra circular com grandes destacamentos nas vastas regiões ao nordeste do monte Paektu.

Estas, diferente das anteriores atividades político-militares que realizamos principalmente com os acampamentos secretos como base, pretendem golpear o inimigo circulando continuamente com grandes unidades por extensas zonas. Em outras palavras, são operações nas que, deslocando-nos sem cessar pelas amplas regiões, golpeamos e debilitamos o inimigo, atacando-o por surpresa e desaparecendo como por arte de magia, com diversas táticas como a de marchar mil ris de uma só vez e a de atrair e enganar o inimigo.

Mediante estas operações temos que desferir golpes mais resolutos ao inimigo para destruir por completo seu plano de "castigo" de grande envergadura e reforçar ainda mais o ERPC. Paralelamente a isso, nas extensas zonas da Manchúria do Leste, devemos ampliar as organizações partidistas, da Associação para a Restauração da Pátria e outras agrupações revolucionárias e brindar à população a aurora da restauração da Pátria.

Traçamos o itinerários das operações de manobra circular com grandes unidades pelas vastas zonas ao nordeste do monte Paektu, entre elas, Helong, Antu e Dunhua.

Estes são lugares com um bom terreno de massas e condições topográficas favoráveis, onde já na primeira metade da década de 30 fundamos bases guerrilheiras e empreendemos a luta armada. Ademais, como colidam com nosso território-pátrio, nos oferecem favoráveis condições para lograr uma forte influência revolucionária sobre a população do país e assegurar uma direção satisfatória sobre as organizações revolucionárias. Por outra parte, por ali passam importantes vias de abastecimento dos imperialistas japoneses para a agressão ao continente, razão pela qual uma intensificação das atividades militares e políticas constituiria um duro golpe para seu plano de expandir a guerra.

Passar às operações de manobra circular com grandes destacamentos é uma orientação ativa, pois permitirá seguir desenvolvendo vigorosamente a Luta Armada Antijaponesa.

Somente levando a cabo estas operações poderemos frustrar com iniciativa as ofensivas "punitivas" do inimigo, de envergadura sem precedentes, consolidar os êxitos alcançados no curso da Luta Armada Antijaponesa e estendê-los às vastas regiões ao nordeste do monte Paektu.

Se seguimos atuando com os métodos anteriores, sem passar a estas operações, corremos o risco de sermos apanhados pela tática "punitiva" do inimigo. Suas forças se repartem nas amplas regiões nos contornos do monte Paektu para encarregar-se de cada zona determinada no registro dos lugares onde o Exército Revolucionário Popular da Coreia poderia atuar, o que trata de cercar e "exterminar" com grandes unidades.

Se em vista da nova tática do inimigo traçamos um longo itinerário e nos deslocamos continuamente por novas zonas completamente fora de sua atenção e aplicamos a tática de ações surpresas e rápidas retiradas, o inimigo cairá em um estado de confusão total e se apressará em reunir as suas forças "punitivas" dispersas em muitos lugares e vagará desorientado em busca do paradero de nossas unidades.

Se assim criamos um estado de confusão entre as filas do inimigo, lograremos criar condições favoráveis para as atividades dos agentes políticos e das organizações da Associação para a Restauração da Pátria e outras agrupações revolucionárias e a chama da revolução arderá com mais força nas amplas zonas adjacentes ao monte Paektu.

Ao fim de empreender as operações de manobra circular com grandes destacamentos em extensas regiões, temos que manter firmemente a iniciativa, aproveitando-nos dos pontos débeis do inimigo. Como os "corpos punitivos" são unidades mistas recém-integradas pelos invasores imperialistas japoneses, composto pelos destacamentos do exército manchu, os da polícia e outros, estes todavia não estão tão bem organizados para operar segundo um sistema único e, sobretudo, tampouco estão familiarizados com o combate em zonas montanhosas.

Aproveitando-nos com acerto destas debilidades do inimigo, devemos manter de modo firme a iniciativa nas ações combativas. Quando o inimigo se lance para cercar o Exército Revolucionário Popular, devemos atacar-lhe com audácia por seu lado débil, retirar-nos como relâmpago e deslocarmos a outro lugar totalmente inesperado para ele e assediá-lo desde ali.

Além de realizar estas ações combativas, devemos encontrar tempo para realizar exercícios e estudos a fim de recuperar forças e voltar a atacar o inimigo por trás. Assim o obrigaremos a passar à passividade e à defensiva.

Pra manter firmemente a iniciativa nos combates, é preciso que os comandantes dominem diversos métodos de combate. Sua tarefa é estudar com profundidade os métodos de combate criados até agora para poder dirigir habilmente suas unidades em qualquer circunstância.

Por outra parte, nas ações combativas não devem arriscar-se nem tomar uma atitude passiva. Não devemos tratar de realizar combates cegamente, menosprezando o inimigo, nem tampouco subestimá-lo e evitar o enfrentamento que seguramente poderia-se vencer. Arriscar-se ou mostrar-se passivos nos combates são atos que não somente não correspondem com as exigências da guerra de guerrilhas, mas também são muito nocivos porque impedem de tomar a iniciativa na luta contra o inimigo.

Para tomar de modo seguro a iniciativa nas ações combativas, é importante, ademais, aplicar o método de combate relâmpago. Teremos que circular por vastas zonas enquanto empreendemos combates contra o inimigo que lancemos de qualquer direção. Se, caindo na armadilha do inimigo, permanecemos muito tempo em um lugar, não poderemos romper o cerco e sofreremos uma derrota irremediável. Em qualquer circunstância devemos concluir rapidamente o combate iniciado, sem dar tempo para que o inimigo reaja.

Teremos que realizar as operações de manobra circular com grandes destacamentos, sob o apoio das organizações revolucionárias e amplos setores da população.

Conscientes de que quanto mais tensa se torne a situação e mais difícil se faça a situação combativa, mais firmemente devemos ater-nos ao apoio das massas populares para alcançar a vitória, temos que unir-nos estreitamente com elas, como fizemos até agora, e realizar as operações mencionadas, com seu apoio e estímulo. Para isso é necessário realizar as atividades políticas entre elas com muito vigor.

Desenvolvendo de modo intenso estas atividades conjuntamente com as militares, devemos demonstrar o poderio inquebrável do Exército Revolucionário Popular da Coreia e fazer os amplos setores da população compreender claramente que este é um poderoso exército deles, da Coreia, capaz de restaurar a Pátria. Junto com isso devemos enviar a todas partes os competentes agentes políticos para despertar a consciência classista no maior número possível de habitantes e agrupá=los firmemente nas organizações revolucionárias.

Devemos orientar todos os combatentes para que sempre apreciem e amem o povo, tanto como seus próprios familiares, e realizem suas ações combativas e sua vida cotidiana de modo que não danifiquem nem no mínimo a vida e os bens materiais da população.

A fim de efetuar com êxito as operações de manobra circular com grandes unidades, é necessário elevar o papel dos comandantes.

Como vocês sabem bem, para vencer no combate é preciso que os chefes desempenhem com habilidade. Sobretudo, no cumprimento de uma missão tão importante como as operações que vamos empreender com grandes destacamentos e ao longo de um itinerário circular, os comandantes ocupam um lugar muito importante. Somente quando eles cumpram plenamente sua missão, é possível materializar pontualmente a intenção do Comando Geral e também resolver as complexas situações com que podemos tropeçar no curso destas operações.

Todos os comandantes, profundamente conscientes de sua importante posição nestas operações, farão ingentes esforços para cumprir com com as tarefas que lhes correspondem.

Sempre deverão estudar e compreender profundamente as ordens e instruções do Comando Geral. Umas e outras constituem a guia de ação para as unidades do Exército Revolucionário Popular. Por isso, todos os chefes devem estudá-las com profundidade para compreender corretamente a intenção do Comando Geral e encontrar as vias e medidas propícias para materializá-las.

Ademais, devem estar cientes da situação revolucionária. Hoje, esta muda constantemente tornando-se tensa, devido às manobras frenéticas do imperialismo japonês. Se não conhecem bem a situação, não podem educar corretamente os soldados nem cumprir de modo satisfatório as tarefas revolucionárias assumidas. Sempre atentos à mudança da situação, deverão estudar profundamente as publicações internas e também ler cotidianamente, como livros de referência, jornais e revistas tomados do inimigo. Deste modo, sempre estarão profundamente inteirados do desenvolvimento da situação e organizarão os combates e a vida de acordo com isso.

No momento, devemos fazer todos os preparativos necessários para levar a feliz término as operações de manobra circular com grandes unidades.

Antes de tudo, há que preparar de modo mais firme os soldados do Exército Revolucionário Popular da Coreia no político-ideológico e no militar-técnico.

Devemos fazer-lhes compreender que estas operações tem uma significância muito importante para destruir a operação "punitiva" de grande envergadura do inimigo, que se lança loucamente com a intenção de acabar definitivamente com nosso Exército Revolucionário Popular da Coreia, manifestar de novo ante a todo o mundo o poderio invencível deste e iluminar a aurora da restauração da Pátria ao povo coreano, que está perdendo a fé ante às ações frenéticas do imperialismo japonês. Também devemos armá-los solidamente com o espírito revolucionário de vencer qualquer dificuldade. As operações de manobra circular com grandes destacamentos é uma batalha árdua encaminhada a frustar a operação "punitiva" do inimigo, mais astuta e sinistra que as anteriores, e se levará a cabo em meio das intensas ações dos espiões e elementos subversivos e sabotadores. Além disso, como se trata de umas operações que realizaremos com grandes unidades deslocando-nos sem cessar por extensas zonas, é possível que tropecemos com muitos obstáculos e dificuldades inconcebíveis.

As organizações do partido e da União da Juventude Antijaponesa em todas unidades devem organizar o estudo político, tendo como tarefa central armar os soldados com o espírito revolucionário de vencer toda classe de dificuldades e salvaguardar até o fim a bandeira da revolução, de acordo com as exigências da situação criada e com a missão designada. Também, os educarão para que manifestem no grau mais alto a camaradagem e o inquebrável espírito revolucionários quando as dificuldades se apresentem. Em particular, em vista de que se recrudesce a ofensiva político-ideológica do inimigo, há que preparar os soldados de tal modo que não vacilem ante a nenhuma situação adversa e mantenham invariável sua inteireza revolucionária.

Frente às árduas ações combativas, devemos preparar firmemente os soldados no militar e técnico. De modo especial, devemos ensinar a arte de tiro aos recém-alistados e com escassa participação em combates e transmitir-lhes muitas experiências militares.

Dentro de pouco tempo devemos organizar um curso intensivo para preparar firmemente todos os soldados no político-ideológico e no militar-técnico.

A fim de realizar com êxito as operações de manobra circular com grandes unidades, é preciso, junto com a preparação político-militar, uma sólida preparação material.

Já conseguimos uma certa quantidade de provisões, roupas e outros abastecimentos. Todavia, para frustar a sinistra ofensiva "punitiva" de grande envergadura do inimigo e empreender combates rápidos enquanto circulamos com grandes destacamentos por extensos territórios, devemos preparar-nos melhor no material. Os chefes encarregados do trabalho de intendência, conscientes da importância que tem a preparação material nas próximas operações, devem acumular suficientes quantidades de víveres, roupas e outros materiais e enterrá-los de antemão no itinerário secreto. Deste modo assegurarão que nossas grandes unidades realizem as operações de manobra circular em vastas regiões sem dificuldades neste aspecto.

Estou seguro de que vocês materializarão cabalmente a orientação sobre as próximas operações dirigidas a frustar a "grande operação punitiva" dos agressores do imperialismo japonês e antecipar o dia da restauração da Pátria.

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