domingo, 7 de maio de 2023

A política enganosa dos EUA em relação à África está fadada ao fracasso


O comentarista de assuntos internacionais, Jong Il Hyon, publicou em 7 de maio um artigo intitulado "A política enganosa dos EUA em relação à África está fadada ao fracasso".

O texto completo assinala como segue:

Atraem a atenção da sociedade internacional as visitas frequentes dos politiqueiros estadunidenses de alto escalão pelos países africanos.

O vice-presidente, os secretários de Estado e do Tesouro e outros altos funcionários da administração estadunidense visitaram o continente africano em cerca de 20 ocasiões neste ano, fato que evidencia que a administração Biden reavalia globalmente o valor geopolítico da África e põe em prática a nova estratégia sobre a África.

Todo o mundo observa com surpresa e suspeita a conduta da administração Biden, oposta à de Trump que insultava a África com palavras indecentes.

 

Essência da nova estratégia sobre a África.

 

Destacando a importância geopolítica da África como o crescimento rápido de sua população, seus abundantes recursos naturais e sua influência no cenário da ONU, os EUA publicaram em agosto do ano passado a nova estratégia sobre a África, segundo a qual será fomentada no próximo lustro a colaboração com os países africanos em democracia, segurança, economia e outras esferas.

Como uma mostra da sinceridade da nova estratégia, os politiqueiros de alto escalão da Casa Branca soltaram palavras bonitas e prometeram a colaboração de diferentes formas durante suas recentes visitas, como se quisessem fazer grande aporte à eliminação da crise econômica, à segurança e ao desenvolvimento social dos países africanos.

Porém, suas palavras e ações no terreno fazem compreender facilmente o objetivo da nova estratégia sobre a África.

O secretário do Tesouro, que foi o primeiro a fazer visita ao continente africano neste ano, insistiu na necessidade de limitar o preço do gás e do petróleo da Rússia, qualificando este de culpado pela crise alimentar dos países africanos.

E na Zâmbia à China a culpa pela crise de dívidas criada na região, dizendo que é preciso "colaboração ativa" da China para a solução do problema de dívida externa desse país africano.

O secretário de Estado infundiu no Níger o ambiente anti-Rússia criticando suas atividades militares na região da África Ocidental, enquanto o vice-presidente falou de "ajuda transparente" dos EUA e da "periculosidade" dos investimentos da China em Gana e Zâmbia que se encontram na mais grave crise de dívidas na África.

No fim das contas, o comportamento dos altos funcionários da administração estadunidense faz recordar novamente a cláusula da nova estratégia sobre a África, publicada no ano passado pelos EUA, segundo a qual Rússia e China criam a instabilidade na África e desafiam a internacional para satisfazer seus interesses.

O fato demonstra que a nova estratégia sobre a África dos EUA não é agradável para os países africanos mas persegue o objetivo de preparar as condições favoráveis ao cumprimento de sua estratégia mundial contendo China e Rússia e tomando a supremacia.

 

A independência é a irrefreável tendência da época

 

Quanto mais abertos se tornam o despotismo e as arbitrariedades dos EUA que tentam tomar a hegemonia na África, mais fortes se tornam o repúdio e rechaço dos países regionais.

Enquanto à preocupação dos EUA pelos exercícios militares conjuntos navais da África do Sul com China e Rússia na zona marítima do país africano, este país que preside o BRICS neste ano expressou oficialmente ao secretário do Tesouro que realizava visita ao seu país em janeiro passado, a posição de que os presentes exercícios militares constituem as atividades naturais e independentes para o desenvolvimento das relações com China e Rússia, e os desenvolveu segundo o plano estabelecido no período de 17 a 27 de fevereiro.

A apesar da ordem de prisão da Corte Penal Internacional ao presidente russo Putin, faz ingentes esforços pela realização exitosa da Cúpula do BRICS que será realizada em agosto que vem.

Com respeito a que o vice-presidente estadunidense exigiu ao governo de Gana o asseguramento dos direitos dos homossexuais, um parlamentar ganês criticou que "é muito lamentável o recorde de direitos humanos do vice-presidente estadunidense e seu governo" e que "os ganeses não têm nada para aprender com eles".

O dirigente do Partido Social da Zâmbia revelou que os EUA não perseguem democracia nem direitos humanos na África mas seus interesses geopolíticos e proveitos econômicos.

A posição independente dos países africanos que rechaçam o despotismo e as arbitrariedades de algumas determinadas potências e aspiram a estabelecer uma ordem internacional imparcial se manifesta em seus esforços para resolver todos os problemas de acordo com suas condições e interesses.

Na 36ª Cúpula da União Africana, realizada em fevereiro em Addis Abeba, Etiópia, o presidente do Comitê da UA estimou que no ano passado obtiveram os êxitos convenientes ao princípio da "solução dos problemas africanos pelos africanos" no empenho para acabar com a guerra civil e a intranquilidade política em Etiópia, Sudão e Líbia. E exortou a corrigir a ordem internacional, que inclui a África, do Conselho de Segurança da ONU.

A realidade prova que as práticas autoritárias e arbitrárias dos EUA baseadas na hegemonia não funcionam no continente africano.

Recentemente, um artigo divulgado pelo jornal francês Le Monde analisou a situação atual da África e opinou que se aproxima uma nova época no continente africano graças à luta vigorosa que empreendem os países regionais com o lema de "África pelos africanos".

Os esforços desesperados dos EUA para manter a velha ordem internacional colocarão em relevo sua situação miserável.

Será inevitável o fracasso da tentativa dos EUA de tomar o controle dos países africanos pela crescente aspiração independência e consciência elevada dos países regionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário