sábado, 19 de dezembro de 2020

Ri Suk Gyong denuncia caráter injusto da discriminação nacional no Japão


A investigadora do Instituto de Assuntos Japoneses, Ri Suk Gyong, publicou no dia 18 o artigo "Expressão da arraigada política hostil à RPDC" que denuncia o caráter injusto da antiética campanha de discriminação nacional que se pratica no Japão violando o direito à educação nacional dos coreanos residentes nesse país insular.

Seu texto segue:

"Chega ao extremo o chauvinismo nacional do Japão.

Recentemente, as autoridades japonesas excluíram os estudantes da Universidade Coreana da lista de aplicação do 'sistema de subsídio urgente para os estudantes' ante a crise sanitária mundial.

É uma medida realmente malvada e suja se leva-se em conta que se incluíram nessa lista as universidades estatais e privadas, colégios, escolas especializadas do Japão e até as instituições de ensino do idioma japonês e as sucursais das universidades estrangeiras no Japão.

Forma parte da arraigada política hostil à RPDC o presente caso de discriminação nacional contra a ética, antecedido pela exclusão do sistema de assistência para as escolas superiores e o "de educação e criação gratuitas".

Até a própria sociedade japonesa, para não falar da internacional, sente vergonha pela conduta mesquinha do governo japonês.

Os representantes dos professores universitários do Japão publicaram uma declaração que exige a assistência imparcial criticando a atitude de suas autoridades como "exclusão política intencional", a qual foi aplaudida por centenas de seus colegas.

A discriminação e perseguição dos reacionários japoneses contra o sistema geral de educação dos coreanos residentes no Japão, desde o jardim de infância até a universidade, constituem uma conduta fascista encaminhada a acabar a todo custo com a educação nacional de caráter democrático e impossibilitar a continuidade do movimento deles.

Tal campanha de fustigação começou imediatamente após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial e prossegue até hoje tornando-se cada vez mais suja e brutal.

As escolas coreanas no Japão se levantaram pelos compatriotas radicados lá, que não puderam estudar sob o colonialismo japonês, com os fundos conseguidos ao custo de sangue e suor e sob o lema 'Levantemos nossas escolas com o dinheiro os que tenham, com a força os que a possuam e com a inteligência os que a tenham!'.

É que a alegria e esperança deles foi ver seus filhos assistirem as aulas.

Todavia, os reacionários japoneses não reconheceram a fundação das escolas coreanas com o fim de impedir desde o princípio o desenvolvimento do ensino nacional e, em virtude da 'ordem de fechamento das escolas coreanas' publicada em 1949, eliminaram 348 planteis docentes dos coreanos.

Logo, impuseram a educação de assimilação criticando o ensino da língua e letras coreanas, a história, geografia e tradições culturais da pátria como 'extraterritoriais' e 'educação antijaponesa contrária aos interesses estatais do Japão'.

Continuam agora também a discriminação aos coreanos residentes no Japão ao classificá-los segundo as escolas cursadas, ou seja, a coreana ou a japonesa, e ao não reconhecer a ficha escolar dos graduados de escolas coreanas.

Sob o pretexto injusto, impedem o pagamento de subsídios para as escolas coreanas, embora imponham aos coreanos residentes em seu país os mesmos impostos que aos japoneses.

Para piorar, aplicam taxas até sobre a doações dos coreanos para as escolas coreanas obstaculizando assim a melhora do ambiente de ensino e o estabelecimento da base material nelas.

Dizem o disparate de que os corpos docentes coreanos não podem ser objeto de assistência porque são influenciados pela RPDC tanto no ideológico como nos assuntos de operação.

São incontáveis os danos sofridos pelos coreanos radicados no Japão devido a essas abomináveis manobras para suprimir a educação nacional que continuam de século em século.

Os coreanos no Japão são vítimas diretas da dominação colonial do imperialismo japonês e seus descendentes.

Por isso, tanto em vista do curso histórico como à luz da moral e ética, as autoridades japonesas têm a responsabilidade legal e humanitária de assegurar os direitos humanos deles, fomentar o desenvolvimento de sua educação nacional e proteger os estudantes de escolas coreanas.

Ademais, o direito à educação nacional deles convém totalmente às leis internacionais e nacionais aceitas pelo Japão, tais como a Declaração Mundial dos Direitos  Humanos e o Convênio Internacional sobre Direitos Econômico, Social e Cultural.

Todavia, o Japão foge dessa responsabilidade e, ao contrário, comete um atrás do outro os crimes antiéticos e chauvinistas hostilizando a RPDC e impedindo o desenvolvimento da educação nacional.

Preso todavia na tola intenção de utilizar o assunto de ensino como carta diplomática e política, esse país criminoso faz todo o possível para estropiar o futuro do movimento dos coreanos residentes no Japão e fazer danos à RPDC.

O Japão deve largar agora mesmo sua campanha anti-RPDC ao ter em mente que assegurar a educação nacional dos estudantes coreanos constitui a postura correta sobre a liquidação do passado."

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