Nascido em Pyongyang em 27 de agosto de 1868, filho de uma família de camponeses pobres na então Dinastia de Joson, Hong Pom Do foi um patriota coreano que lutou em terras estrangeiras pela libertação da Coreia do domínio colonial do imperialismo japonês.
Trabalhou como caçador desde sua juventude nas montanhas de Hamgyong Norte.
Até que o Japão iniciou sua trama para tomar por completo o poder estatal da Coreia através da força e de tratados fraudulentos.
Em 1907, o Japão, como parte de sua política colonial, aprovou uma lei que exigia que os caçadores coreanos entregassem suas armas. Essa lei que visava enfraquecer a resistência coreana, arruinou a vida dos caçadores que tinham este ofício como único meio de subsistência. Isso causou a fúria de muitos deles, inclusive de Hong que organizou o Exército Justo de Jongmi que empreendeu uma série de batalhas contra as guarnições japonesas em torno da área de Pukchong, valendo-se da tática de atacar e fugir.
Desde então Hong passou a ser caçado pelos imperialistas japoneses e suas forças fantoches, iniciando assim seu caminho de luta pela libertação da Coreia.
Em 1910 se mudou para Kanto (Jiandao) na China onde organizou o Exército Independentista que usava o território chinês, mais especificamente da Manchúria, como base para promover as batalhas contra as forças imperialistas no território coreano e nas zonas fronteiriças.
Como Comandante, liderou exitosamente as batalhas de Kaksan, Chongsan, Samsu e Pukchong, onde suas tropas aplicaram duros golpes às forças do imperialismo japonês. Porém, com a ofensiva punitiva do exército Kwantung do imperialismo japonês, se viu obrigado a deixar Kanto e se abrigou na União Soviética junto com outros companheiros de armas. Lá participou da guerra civil russa ao lado dos bolcheviques.
Antes e durante a guerra civil russa, se encontrou com Lenin, o grande líder da revolução russa, e junto com outros companheiros como An Jung Gun, Yi Tong Wi, Yu In Sik e Ri Sang Sul participou de batalhas em diversas partes da região do Extremo Oriente contra os invasores japoneses e outras forças hostis, sendo parte do Exército Vermelho.
Com a política de deportação do governo soviético, foi deportado ao Cazaquistão onde trabalhou em relações públicas até seu falecimento em 1943, dois anos antes da libertação da Coreia.
Em suas reminiscências "No Transcurso do Século" o grande Líder camarada Kim Il Sung, que liderou o Exército Revolucionário Popular da Coreia na luta contra o imperialismo japonês aponta que as unidades do exército independentista venceram as batalhas em Chongsan-ri e no vale de Pongo graças ao excelente comando e estratégia de Hong.
Seus restos mortais foram enterrados em Qyzylorda, mas, em agosto de 2021 foram reenterrados no cemitério de Taejon, na Coreia do Sul, indo contra o costume tradicional da nação coreana de enterrar os restos mortais na terra-natal que, no caso de Hong, é a capital da RPDC, Pyongyang.
A Coreia do Sul, que transmite a história ocultando os personagens "hostis" à sua formação como Estado, sobretudo comunistas e patriotas que cooperaram com os norte-coreanos, usa indevidamente a figura de Hong tendo em vista que, se ele tivesse vivo até a libertação da Coreia e decidisse por residir na Coreia do Sul, provavelmente enfrentaria sérios problemas com os colonizadores estadunidenses e com a Lei de Segurança Nacional proclamada pelo ditador Syngman Rhee.
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