segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Guerra psicológica



A República Popular Democrática da Coreia (RPDC), recentemente anunciou o êxito em seu segundo teste com Bomba-H, um armamento que pode chegar a ser 50 vezes mais forte do que qualquer bomba nuclear, causando uma movimentação intensa na chamada "Comunidade Internacional" que corre atrás de formas de desmantelar o governo norte coreano enquanto a "liderança mundial" fala sobre"opção militar" mas não consegue avançar com sua ideia, dando um passo para a guerra real e mas em seguida dois atrás, perdendo a guerra psicológica para Pyongyang.

Essa guerra psicológica não é de hoje, ela começou há muito tempo atrás, mas é mais visível nos tempos atuais devido a diversos fatores tais como a propagação de rumores, falsas notícias e sensacionalismo pelas grandes mídias que estimulam e estimularam guerras ao longo do tempo, liderança pressionada nos EUA que que alçou no cenário mundial com polêmicas típicas de um maníaco, desenvolvimento elevado da Política Byungjin -"desenvolvimento das duas frentes"- onde a ciência e a tecnologia estão sendo usadas para modernização do país ao mesmo tempo que para a defesa nacional, dentre outros diversos aspectos que abordarei neste texto.

Para entender a situação atual é preciso olhar para o passado, há mais de meio século. Os Estados Unidos com sua política imperialista invadiu a Coreia do Sul após a libertação do imperialismo japonês que dominava o país desde o início do século. Os EUA tomou o lado sul da Coreia e massacrou o povo local, seguindo de acordo com os interesses da Casa Branca e elevou uma tensão na península até estourar a Guerra de 1950 à 1953, onde os EUA pela primeira vez se viram sem vitória e assinaram um armistício em 53, mantendo o sul com suas tropas e um governo fantoche enquanto a voz do povo não era ouvida.

Além de toda crueldade dos imperialistas com o povo coreano e a divisão forçada de um povo, o armistício assinado significava e até hoje significa uma trégua da "Guerra da Coreia" porque esta guerra jamais acabou, pois passado décadas após décadas, passaram-se presidentes e administrações diferentes mas a política hostil de Washington seguiu, em alguns momentos menos e em outros mais hostil, mas seguiu, e mesmo após alguns pequenos acordos e conversas, não houve uma decisão de paz pelo lado americano e por isso nenhum tratado de paz foi assinado até então (4 de setembro de 2017).

Mas Pyongyang nunca se recusou à negociar com sinceridade e assinar o tratado de paz, mas ser recusa à se desarmar e cometar um suicídio da pátria: uma invasão estadunidense - Um novo Iraque, ou Líbia ou Afeganistão. Isso não é posto em pauta quando a grande mídia usa a manchete "Pyongyang se recusou a conversar com Washington" e muitos acreditam que a RPDC está realmente interessada em uma guerra, e é aí que chegamos ao ponto fundamental desta questão.

Quem teria interesse em uma guerra?

Sem dúvidas o país que respira guerra, que tem o maior arsenal bélico do mundo, possuidor de um exército poderoso e que tem experiência em invadir países. Falamos do país cujo qual a industria bélica é um força econômica muito importante, que financia terrorista pelo mundo e destrói a paz mundial, embora ironicamente clame por ela perante à ONU e outros meios que tem para divulgar sua máscara de "defensor da paz mundial". É aquele país que entrou para a história como o único a usar armas nucleares, mesmo sem necessidade para tal, e que gosta, com sua tradicional arrogância, intitular-se de "maior potência militar". Se resta-lhe dúvidas, o nome deste país é Estados Unidos da América.

Como dito anteriormente, a política hostil dos EUA contra a RPDC passou décadas, mas durante a Guerra Fria o país tinha o apoio da URSS, o que era uma grande ajuda e seria improvável que os EUA os atacassem após a Guerra, mas o clima de hostilidade via sul sempre existiu. Mas a URSS acabou e a RPDC teve sérios problemas internos logo depois e a expectativa era que o cenário para invasão de um país à beira de um colapso, cujo qual era ameaçado de ser bombardeado a qualquer momento, era muito "favorável". Por isso a política Songun foi melhor desenvolvida pelo Dirigente Kim Jong Il.

Mas até então a força da RPDC ainda não podia fazer frente aos EUA, mas podia causar alguns danos e baixar aos yankees, porém começava a mexer com o psicológico de Washington que teve péssimas experiência na península ao sair sem vitória. Era o começo da Guerra Psicológica que culminaria no desenvolvimento de armas nucleares pela RPDC que a partir de então fez a Casa Branca estremecer.

Em 9 de outubro de 2006 em Punggye-ri a República Popular Democrática da Coreia fazia seu primeiro teste de bomba nuclear com sucesso e a partir de então ganhou uma dissuasão de guerra que poucos países não alinhados à política estadunidense possuem. A partir dali, sempre que os EUA pensou em agir militarmente contra o país do leste asiático, teve esse ponto puxando-o para trás.
Mas ao longo do tempo os EUA seguiu tramando formas de atacar o país asiático e sua liderança revolucionárias e sempre fez questão de ridiculariza-lo como um "país fraco" que "tenta fazer frente", falando que não era confiável o que o governo norte coreano dizia sobre sua força de defesa e que na verdade os EUA poderia facilmente atacar, mas não o fez, porque embora não admita, tinha um pé atrás.

Com o passar do tempo, a República Popular Democrática da Coreia fez novos testes, fabricou e testou mísseis e fez declarações fortes ao governo dos EUA, mostrando que a vitória estava e ainda está com Pyongyang, pois a dissuasão de guerra é que mantém a paz e a segurança do país e da região, embora a tensão aumente constantemente. É importante se dizer que a RPDC é defensiva e os EUA é ofensivo. Se fossemos comparar à um jogo de futebol diríamos que os EUA joga no 4-3-3 e a RPDC na retranca, mas tem um poder de contra-ataque muito forte. Porém essa comparação não pode ir muito além para que se possa explicar mais pois em um jogo o ataque ocorreria, mas na Guerra Psicológica, não.

Quando se fala que a Guerra psicológica é sempre vencida pela RPDC, é preciso observar que isso se deve graças à uma liderança inteligente que sabe muito bem como agir contra um inimigo poderoso sem dar um passo atrás. Graças à Kim Jong Il tudo isso começou e hoje em dia Kim Jong Un mostra-se como um líder nato, que não pode ser comparado a qualquer outro líder atual nesta terra, que está derrotando o maníaco Donald Trump dia à dia, causando irritação aos apoiadores dos EUA, seus aliados e a mídia que banca sua propaganda.

Vejamos o ano de 2017. Até então já ocorreram duas "Guerras Psicológicas" e podem vir a ocorrer mais, e analisemos então

No início do ano os EUA subiu a tensão com a RPDC, com Trump desde já mostrando sua verdadeira face e falando o que a RPDC "faria" ou não, com suas declarações polêmicas no twitter, convidando a China a pressionar a RPDC, dizendo que a RPDC não faria teste com ICBM e outras mais coisas. Pois bem, primeiramente a RPDC testou o ICMB, deixando o presidente dos EUA super irritado que começou a falar de "ações militares" e levou navios de guerra para a região.

Entre março e começo de abril parecia que os EUA estava ganhando essa  guerra psicológica para muitos, mas Pyongyang preparava uma surpresa. Enquanto Trump se reunia com Xi Jinping e já havia lançado míssil na base do governo sírio, a RPDC comemorou o Dia do Sol com um desfile militar mostrando equipamentos nunca antes mostrados e pouco depois Donald Trump disse que recuou porque a RPDC "é muito complicada" dizendo que Xi o convenceu disso. E os navios seguiram uma outra rota e o governo disse que "não era intenção invadir a RPDC" e que era uma ação já combinada na região.

Mais recentemente, Donald Trump voltou a falar polêmicas. Quando perguntado sobre a questão da RPDC, disse que agiria com "fogo e fúria" e disse que em uma guerra morreria quem está na península, fazendo pouco caso do povo coreano e acreditando que os EUA não sofreria nada.
Em resposta disso, a RPDC divulgou seu plano de ataque à Guam em caso de avanço dos EUA- https://goo.gl/94GMNu

Primeiramente, Trump disse primeiro, e a RPDC respondeu.

Segundo, quem fala que tem plano de ataque não é porque "vai atacar", é porque sabe como atacar e está preparado. Ninguém fala "Vou lançar um míssil na sua base, Ok?" porque assim o inimigo tem sempre uma forma de ao menos se defender.

O terceiro ato foi os EUA lançar rumores de guerra iminente na Coreia, aumentar o número de tropas no "Ulchi-Freedom Guardian", um treinamento conjunto anual com as forças sul coreanas e levar bombardeiros para a Coreia do Sul. Então a resposta da RPDC foi pesada: um míssil lançado por cima do Japão que mostrou claramente as capacidades de ataque do país e para completar, um teste de bomba H, o segundo de sua história.

Agora Donald Trump critica a China e a Coreia do Sul por "não ajudarem", as sanções mostram-se cada vez mais inúteis e ações militares resultariam no fim do mundo como conhecemos. Então, você realmente acredita que essa guerra irá acontecer de fato?

Caso positivo, tudo bem, não é impossível, mas a probabilidade é cada vez menor, claro, tendo em mente que nenhum presidente dos EUA vai cometer um erro de tal magnitude.

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