sábado, 14 de dezembro de 2019
Liquidação do passado do Japão é uma exigência da humanidade: comentário da ACNC
Recentemente, foram descobertos no Japão novos dados que testemunham a vinculação do círculo militar e do Ministério das Relações Exteriores do Japão no crime de escravidão sexual para o antigo exército japonês.
Entre 23 documentos oficiais recolhidos novamente pelo secretariado do gabinete há um informe elaborado pelo consulado japonês na China.
Esse documento contém um parágrafo que diz que as "forças terrestres tem a intenção de demandar uma camareira para cada 70 soldados" e "mulher especial trasladada ao sul a bordo do caminhão militar". O outro informe interpreta o que chamou de "camareira e mulher especial" como "prostituta" e "a submetida a coisas obscenas".
A respeito, os especialistas opinam que esses dados confirma a "intervenção do círculo militar", reconhecida na Declaração de Kono de 1993, precisando que "mostram claramente que o círculo militar e o MINREX forneciam as consoladoras como medida do Estado".
É um fato da história, que não se pode apagar nem encobrir, esse horrível crime antiético.
Agora, são dados em escala mundial os passos para reparar os erros do passado e abrir a nova época de reconciliação e cooperação.
Recentemente, a chanceler alemã recordou as vítimas do massacre no Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau na Polônia e pediu desculpas pelos crimes de guerra cometidos pela Alemanha nazista.
Ela disse que se sente envergonhada ante a tais crimes e que serão repetidas barbáries como o Holocausto se os antecedentes são esquecidos.
Confirmou que recordar os assassinados é eterna responsabilidade do Estado alemão e que continuarão os esforços sinceros para pedir desculpas e indenizar.
Em contraste, o Japão intenta tergiversar a história de violação múltipla e matança massiva de 200 mil coreanas e muitas outras, crime perpetrado mobilizando o poder estatal.
A camarilha de Abe impede que sejam mencionados os dados relacionados com a escravidão sexual nos manuais de história aduzindo que "não há dados que comprovem o recrutamento forçado de consoladoras por parte dos efetivos japoneses" e que "foi um serviço voluntário que elas prestaram para ganhar dinheiro".
No mesmo contexto, recorre a todos os recursos para frear o levantamento da estátua da menina escrava sexual em distintas partes do mundo.
Ademais, anotou na "carta azul de diplomacia" de 2019 que "não se deve usar a expressão escrava sexual para o exército japonês porque não concordamos com o fato".
Esta realidade expõe a verdadeira face de Estado selvagem e a baixeza moral do clã de samurais que tratam de repetir o expediente criminal recusando a correta posição de viver como digno membro da sociedade internacional após dizer adeus ao passado ignominioso.
Não se pode mudar nem justificar a história criminal.
Embora o Japão use expressões hipócritas como era de "Reiwa" e "pacifismo ativo", é criticado pela sociedade internacional como país criminal e insincero na reflexão do passado.
A liquidação do passado é uma ineludível obrigação legal e moral do Japão e a séria exigência da sociedade internacional e da humanidade.
O futuro do Japão é sombrio, pois ainda está no banco dos réus, sendo incapaz de se livrar da vergonha de ser um Estado criminoso de guerra.
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