domingo, 17 de fevereiro de 2019

No fragor da guerra


Em 25 de junho foi desencadeada a guerra na Coreia e Kim Jong Il teve que se separar de seu pai e cuidar de sua irmã mais nova.

Nesses dias de guerra, contemplando as ruas e aldeias em chamas, cultivou ainda mais seu implacável ódio contra os invasores, e olhando para os habitantes e soldados do Exército Popular da Coreia que combatiam valentemente, entoando a "Canção do General Kim Il Sung", se convenceu de que a vitória viria.

Em junho de 1952 se reencontrou com seu pai e o acompanhou observando batalhas dos pilotos, visitando a unidade aérea do Exército Popular da Coreia e diversos lugares da província de Pyongan Norte. Neste tempo conheceu a história dos 10 militantes do Partido de Rakwon e pôde ver com seus próprios olhos as heroicas imagens dos habitantes da retaguarda que trabalhavam dia e noite para garantir a produção no tempo de guerra.

Se preocupava a toda hora com a saúde e segurança de seu pai. Eis aqui um exemplo: quando o carro que viajava chegou em uma bifurcação, Kim Il Sung pediu para o motorista parar o carro e sugeriu com expressão séria que deveriam seguir por uma vereda e não pela estrada, porém o caminho era escabroso; por alguns momentos seus acompanhantes ficaram aflitos e não sabiam o que fazer, pois o planejado era seguir pela estrada.

Ao os observar, Kim Jong Il pergunta-os porque estão indecisos e lhes diz:

"Devemos viajar incondicionalmente pelo caminho indicado pelo pai General. O caminho escolhido por ele é absolutamente correto e portanto o carro deve ser conduzido o quanto antes por este caminho."

Seus acompanhantes receberam um forte impacto com suas palavras e arrependendo-se de sua vacilação, mas que momentânea, seguiram no caminho indicado pelo Líder.

Depois de transitar por um tempo pelo caminho ouviram de repente um agudo som metálico e aparecem inesperadamente aviões inimigos que lançam bombas sobre a estrada onde haviam planejado viajar. Segundo se soube mais tarde, esse ataque se deveu às sinistras intrigas de espiões mercenários ao serviço do imperialismo estadunidense.

No final do mesmo mês passou a conviver com seu pai na sede do Comando Supremo. Este trabalhava dia e noite.

Era informado várias vezes ao dia da situação da frente e dava novas ordens, assim como tomava medidas para fortalecer o Partido e estabilizar a vida do povo; também consultava cientistas e técnicos para levar a cabo o projeto de reabilitação e construção pós-guerra quando alcançassem a vitória; conversava com escritores e artistas para orientar a criação das obras e as atividades culturais que contribuiriam para a vitória na guerra. Todas essas atividades demonstram que era ali onde se concentrava e programava o conjunto de planos a serem executados pelo Partido e Estado na frente e na retaguarda.

Kim Jong Il acompanhava seu pai todas as noites, sentado perto da mesa de operações, interessando pela situação da frente e conjeturando para si o que seu pai poderia fazer para frustrar as intrigas do inimigo; assim aprendeu ao seu lado, um atrás do outro, distintos métodos de como atacar, assediar e aniquilar os inimigos, enfrentar os tanques e aviões inimigos e outros aspectos da complexa arte de comando militar, seu otimismo revolucionário, sua indomável vontade, seu extraordinário valor e experiências militares. Na companhia de seu pai, visitava posições de combate das unidades do Exército Popular, caminhava entre a fumaça das bombas e passava por túneis cujos tetos gotejavam. As vezes caminhava pelas ruas de Pyongyang e nos caminhos das aldeias rurais terrivelmente destruídas pelos selvagens bombardeios da aviação inimiga.

Através de suas próprias vivencias na renhida guerra onde não se distinguiam a frente da retaguarda, constatou claramente que graças à sábia direção de seu pai se aproximava o triunfo e a prosperidade do amanhã. Como reflexo dessa convicção e vontade, compôs a canção "Abraço da Pátria".

Em meados de agosto de 1952, abandonou a sede do Comando Supremo, separando-se novamente de seu pai. Se entregou por completo aos estudos; porém nunca deixou de se preocupar com a segurança de seu pai que viajava pelos caminhos perigosos da frente. Cada vez que lia as notícias sobre os bombardeios de aviões estadunidenses, se sentia muito inquieto, porque seu pai viajava dia e noite pela frente e na retaguarda, onde havia muito perigo.

Um dia desses ele escreveu:

"Ao meu querido pai.
Querido pai, como você está?
Sei que faz ingentes esforços para derrotar os imperialistas ianques na Guerra de Libertação da Pátria.

...

Peço-lhe encarecidamente, querido pai, que tenha sempre em mente que você não pertence somente a sim mesmo mas a todo o povo coreano porque é seu Líder.
... Que desfrute de boa saúde, esteja fora do alcance dos bombardeios inimigos e que sempre se encontre seguro; isto é uma grande alegria para todo o povo coreano.
Mesmo distante lhe peço que cuide muito bem de sua saúde.

1 de junho de 1953. 

Seu filho Kim Jong Il"

Seu pai não tardou a receber e ler esta carta e ao saber que seu filho desejava de todo coração sua boa saúde e segurança, ficou muito alegre. Por isso a guardou com muita honra na sede do Comando Supremo e até a levava durante viagens para a frente.

Passado um tempo, Kim Jong Il compôs com o conteúdo da carta a "Canção de Votos". Depois de haver transcorrido 20 anos, recordando com emoção os anos de guerra, expressou: "A Guerra de Libertação da Pátria foi um período histórico inesquecível em minha vida."


Resenha Biográfica de Kim Jong Il

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