A nação coreana viveu por muito e muito tempo junta como um só país, dividindo a mesma história, cultura, tradições, linguagem, e muitas outras características comum aos habitantes da Península Coreana.
Por conta de interferência estrangeira, em um momento de mudanças e de luta pela independência em todo o mundo, a Coreia não pôde ficar sequer um mês completo como única nação após sua libertação do domínio colonial japonês. Todo o esforço feito pelos coreanos do norte e do sul para libertar o país ficaram em cheque quando o imperialismo estadunidense adentrou no país para usufruir de uma base avançada para dominação e agressão de todo o mundo, trazendo além de toda a repressão e atrocidades para com o povo local, a divisão, algo que seria uma marca, ou melhor, uma sequela, da invasão imperialistas e que traz muita dor para todos, mesmo passadas muitas décadas.
Por cerca de 3 anos, irmãos tiveram que apontar armas um contra o outro, causando uma tristeza imensurável para toda a nação que estava refém da potência mundial que escolheu a Península Coreana para colocar suas garras. Foram anos de incontáveis sofrimentos, muito difíceis de serem superados, onde coreanos morreram sem razão alguma.
O imperialismo estadunidense sofreu uma grande derrota em sua guerra de agressão ao não conseguir alcançar seu objetivo de dominar toda a Península Coreana, todavia, manteve suas bases militares e sua influência direta nas decisões de regimes fantoches, escolhidos a dedo por eles e não pelo povo do sul.
Foram sofríveis os anos de ditadura sob a liderança de Syngman Rhee, mas o povo sul coreano não se abaixou e lutou por sua liberdade, mesmo que isso custasse sua vida. Assim, conseguiram derrubar o tirano e tiveram a oportunidade de colocar um governante que representaria de fato o povo coreano, mas um golpe de Estado, orquestrado pelos EUA, fez Park Chung Hee ascender ao poder, instaurar uma ditadura sanguinária e por lá ficar até ser assassinado à tiros por um ex-companheiro.
A luta por democracia manteve-se forte por muito mais tempo na Coreia do Sul, depois da derrubada de Park, até que se alcançasse finalmente a democracia, agora aos moldes dos EUA, e ainda sob forte influência dos EUA. Em contraste, no Norte, o povo pôde levar uma vida digna com seus direitos genuínos garantidos em uma democracia genuinamente do povo, onde as massas populares tornam-se donas do Estado e forjam o futuro por suas próprias escolhas e esforços.
A diferença que surgiu após tanto tempo de separação, não é nada menos que um crime contra a nação coreana, um crime contra a humanidade, um crime contra a história.
Apesar das diferenças, o sentimento de lutar pela reunificação manteve-se invariável década após década, e graças à atitude positiva e a magnanimidade dos grandes líderes de Paektusan, abriu-se caminhos para um diálogo sincero sobre a questão da reunificação, que é um processo que demanda tempo e que para ocorrer necessita antes ter sido quitado todos os entraves que existem como herança dos tempos da Guerra da Coreia.
Os patriotas sempre lutaram pela reunificação, independentemente de ideologia, religião, ou qualquer outra questão questão que se apresente como uma diferença. Enquanto aqueles que se colocaram contra a pátria no passado, defendendo os interesses dos japoneses e estadunidenses, deixaram herdeiros de má índole que formam o grupo conservador sul coreano, que defende um claro nacional-entreguismo.
O Presidente Kim Il Sung disse: " É possível que dentro de um país convivam homens de diferentes ideologias e que dentro de um Estado unificado coexistam diferentes regimes sociais. Nunca imporemos o nosso regime e ideologia à Coreia do Sul, subordinando tudo à unidade da nação e à reunificação da Pátria."
Sua posição não veio por mera teoria, mas por uma comprovação prática no passado. Enquanto dedicava-se à luta pela libertação da Coreia do domínio colonial japonês, Kim Il Sung trabalhou duro para juntar camaradas de armas que não compartilhavam a mesma ideologia, e fez esforços incansáveis para evitar e acabar com rixas faccionistas no movimento anti-japonês. Pôde unir religiosos, ateus, comunistas, anarquistas, nacionalistas pró-feudalismo e até alguns pró-capitalismo para lutar pelo grande objetivo.
Depois da libertação, após a separação do país por forças externas, Kim Il Sung propôs diálogos entre os coreanos, mesmo com aqueles que não simpatizavam nem um pouco com sua ideologia. A Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia realizada em abril de 1948, reunindo praticamente todos os partidos políticos e organizações sociais - excluindo apenas com exceção de três organizações dirigidas por Syngman Rhee (ditador sul coreano, líder da Associação para a Restauração da Pátria) e Kim Song Su (senhorio, comprador capitalista, advogado de "estudantes voluntários" e líder do Partido Democrata Hankook,) respectivamente - demonstrou claramente que o povo coreano poderia seguir unido e pela via democrática, com os pensamentos de todos sendo respeitado e com o povo escolhendo seus representantes.
As obras como o "Programa de 10 Pontos da Grande Unidade de Toda a Nação para a Reunificação do País" e "Três Princípios da Reunificação Nacional" foram como uma luz que se abria no fim de um túnel onde ao final, poderia se alcançar a reunificação.
O Dirigente Kim Jong Il prosseguiu o ideal do Presidente Kim Il Sung, pavimentando o caminho da reunificação e conseguindo grandes resultados com a realização de duas cúpulas inter-coreanas.
A primeira Cúpula Norte-Sul, realizada em 2000 entre o Dirigente Kim Jong Il e o Presidente Kim Dae Jung encheu de esperança todo o povo coreano, com seus resultados positivos em direção à paz e prosperidade sendo altamente elogiados do Monte Paektu ao Monte Halla.
A segunda Cúpula Norte-Sul, que ocorreu 7 anos depois, reforçou o caminho que havia se iniciado e que mostrou-se muito extenso. O Dirigente Kim Jong Il e o Presidente Roh Mo Hyun tiveram conversas cordiais e sinceras onde abordaram questões relevantes para o momento em relação à cooperação econômica e a questão nuclear que apresentava-se de forma diferente da primeira cúpula.
Foram assinados respectivamente Declaração Conjunta de 15 de junho e a Declaração Conjunta de 4 de outubro - históricas declarações pela causa da reunificação, paz e prosperidade da Coreia.
Porém, sob a influência dos tempos, o povo do sul elegeu por duas vezes, traidores da nação, que carregam o legado maldito do passado. Os conservadores Lee Myung Bak e Park Geun hye, que hoje encontram-se julgados por seus crimes durante seus respectivos governos, estragaram a relação inter-coreana promovendo confrontação como única via.
Mas após passados os dois governos, o povo sul coreano pôde escolher um representante progressista, que está lutando para melhorar as relações com os compatriotas do norte apesar de toda a influência que os EUA ainda têm sobre seu país. Então, uma perspectiva positiva abriu-se quando Moon Jae In chegou ao poder. Todavia, seu primeiro ano foi marcado por ameaças constantes dos EUA contra a RPDC por seus testes de mísseis para a defesa, o que o impediu de avançar.
Todavia, graças à sábia liderança do Máximo Dirigente Kim Jong Un, a RPDC conseguiu mesmo sob fortes sanções completar suas forças nucleares e alcançar progressos no desenvolvimento da economia, fazendo notáveis melhorias na qualidade de vida do povo. Tendo alcançado o grande objetivo do Dirigente Kim Jong Il, Kim Jong Un pôde tomar a corajosa decisão de abdicar de prosseguir o desenvolvimento nuclear e fechar a base de testes, e assim, abriu o caminho para diálogos de alto nível com a Coreia do Sul e até mesmo com os EUA.
Em seu discurso de ano novo, o respeitado Líder Supremo Kim Jong Un destacou a importância do presente ano que marca o 70º aniversário de fundação da República Popular Democrática da Coreia, dizendo que para acrescentar brilho à esta importante ocasião deveria-se fazer grandes esforços para melhorar as relações inter-coreanas, ou melhor, em suas próprias palavras, "derreter as congeladas relações norte-sul". Propôs então a participação da RPDC nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang como forma de reaproximar as Coreias e recebeu resposta positiva do sul.
Passado o evento esportivo, colocou-se em pauta como seguiria a situação da Península Coreana com os anuais treinamentos conjuntos entre a Coreia do Sul e EUA que aumentam a tensão na Península, mas graças à medida surpreendente do Líder Supremo Kim Jong Un na Reunião Plenária da Abril, quando já estava marcada a cúpula Norte-Sul, a questão que foi um grande entrave na relações entre Norte-Sul nos últimos tempos foi praticamente resolvida.
Kim Jong Un e Moon Jae In em 27 de abril de 2018 protagonizaram um momento histórico para ser lembrado para sempre na história da Coreia.
Kim Jong Un encontrou-se com seu compatriota frente a frente na linha de demarcação militar que separa o norte e o sul na Zona Desmilitarizada, e passaram de um lado para o outro, marcando o início de uma nova era onde a reunificação se aproxima. Kim Jong Un fez história a ser o primeiro líder do Norte a entrar em território do Sul.
Como dois compatriotas que amam a pátria e o povo, eles conversaram com sinceridade e trocaram pontos de vista sobre a situação da Península Coreana e sobre o futuro da mesma e se comprometeram a trabalharem juntos pela paz e prosperidade da Coreia. Eles solenemente afirmaram que não haverá mais guerra na Península Coreana e que atos provocativos serão eliminados por completo, com não mais lançamentos de mísseis pelo Norte e a saída das tropas estadunidenses do Sul, para que ambos cooperem ativamente e discutam o futuro que segundo a demanda dos tempos pede, será o de reunificação pacífica sob dois sistemas.
Ver Kim Jong Un e Moon Jae In cumprimentando-se e abraçando-se e sendo cordiais um com o outro, trás para a nação coreana uma felicidade imensurável e um sentimento de alívio após tanto tempo de tensão de guerra e separação.
O camarada Kim Jong Un disse na ocasião: "Enquanto eu caminhava até aqui, pensei 'por que foi tão difícil chegar aqui?' A linha de separação não era tão alta para atravessar. Era muito fácil andar sobre essa linha e levamos 11 anos para chegar aqui ".
Suas palavras revelam claramente a necessidade de pôr-se fim à linha simbólica que divide as Coreias, e que Panmunjom torne-se um local de paz e não mais de tensão.
Além disso, com ambas parte coreanas acertando questão para o futuro da Coreia, lançando a "Declaração de Panmunjom para a Paz, a Prosperidade e a Unificação da Península Coreana", a Guerra da Coreia está próxima de oficialmente terminar, com um diálogo em um futuro não tão distante com os EUA que deverá, se tudo ocorrer como se esperar, terminar em um tratado de paz RPDC-EUA que dará lugar ao Armistício de Panmunjom. Assim a reunificação terá caminho livre.
O ano de Juche 107 (2018) vai entrar para a história da Coreia como um dos, se não o mais, importante de sua história. E Kim Jong Un e Moon Jae In terão seus nomes lembrados de geração em geração como grandes líderes.
Por: 레난 쿠냐
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