quinta-feira, 16 de março de 2023

Elucidação da origem da situação da Península Coreana que chega à beira da guerra

 

O diário Rodong Sinmun publicou em 17 de março o artigo de um comentarista intitulado "Elucidação da origem da situação da Península Coreana que chega à beira da guerra".

Seu texto íntegro segue:

A situação da Península Coreana se torna cada vez mais perigosa, de modo que não se pode controlar.

O mundo observa com séria preocupação o enfrentamento intenso entre as potências nucleares que chegou ao ponto do estalar da guerra.

Esta situação grave é produto da imprudente e cruel obsessão dos EUA e seus satélites por atropelar a República Popular Democrática da Coreia.

Como é consabido, desde o princípio deste ano, a RPDC vem se concentrando em relaxar a tensão militar e manter a paz e estabilidade da Península Coreana e da região, partindo de seu desejo de lograr novo desenvolvimento e avanço na construção econômica e na melhora da vida da população.

Contudo, as forças hostis lideradas pelos EUA recorrem este ano, como no ano passado, aos preocupantes atos hostis, que violam flagrantemente a soberania e interesses de segurança de nosso Estado, e a gravidade e periculosidade dos mesmos chegam à fase intolerável.

O secretário da Defesa estadunidense, que viajou em janeiro passado à Coreia do Sul, expôs sem escrúpulos a intenção de usar arma nuclear contra nosso Estado, advogando por mobilizar maior número de propriedades estratégicas como os caças Stealth de quinta geração e o porta-aviões. Entretanto, o traidor títere Yoon Suk Yeol, enlouquecido pelo enfrentamento fratricida, falou também, escondido em um refúgio antiaéreo subterrâneo, da "disposição de fazer frente" e de "castigo merecido".

Tomados pela fanfarrice e imprudência, os belicistas realizaram os demenciais exercícios de guerra de agressão ao Norte, tais como o de infiltração e ataque conjunto às instalações estratégicas e alvos principais, após anunciar a realização de mais de 20 treinamentos militares conjuntos de maior intensidade que o Foal Eagle, na primeira metade deste ano.

Como já havia falado do estacionamento permanente do dissuasivo ampliado, os EUA levaram a cabo em fevereiro com os títeres sul-coreanos sobre o Mar Oeste da Coreia vários exercícios aéreos conjuntos contra a RPDC introduzindo na Coreia do Sul os principais armamentos estratégicos aéreos como B-1B, F-22 e F-35B.

Em particular, na segunda quinzena de fevereiro passado, os imperialistas estadunidenses realizaram com os títeres sul-coreanos nos EUA o chamado "treinamento de operação do dissuasivo ampliado" tomando como fato consumado o ataque preventivo nuclear contra a RPDC e anunciaram que mobilizariam permanentemente no futuro também as propriedades estratégicas nucleares na Península Coreana.

Tal fúria de treinamento militar e ações hostis levaram em março a situação regional da Península Coreana à fase ao ponto de explosão.

Com a sinistra intenção de recrudescer a pressão militar sobre a RPDC, os EUA despacharam com urgência um após o outro à Coreia do Sul os submarinos nucleares e os contratorpedeiros Aegis que constituem a principal propriedade estratégica das forças navais estadunidenses.

Os EUA e os belicistas títeres sul-coreanos cometeram em 1 de março um ato de espionagem com suas propriedades de reconhecimento como RC-135S depois de levar ao Mar Leste da Coreia o ultramoderno navio de perseguição de mísseis Howard Lorenzen.

Em 3 de março, realizaram pela quarta vez neste ano a manobra aérea conjunta no espaço aéreo do Mar Oeste da Coreia mobilizando distintos equipamentos estratégicos como B-1B e MQ-9 Reaper, drone de ataque conhecido como "assassino do céu".

Por outra parte, o presidente da Junta de Chefes do Estado-Maior do exército títere sul-coreano expôs sua extremada febre conflitiva dizendo que "já começou a provocação do inimigo" e "castigará devidamente", durante sua visita ao campo de exercício da operação especial para "decapitação", que se realiza com o amo estrangeiro supondo o assalto às bases estratégicas da RPDC, e às unidades do exército títere sul-coreano nas zonas próximas da frente.

Embora fique mais perigosa a situação política e militar da Península Coreana e da região, os EUA realizaram em 6 de março pela quinta vez o exercício aéreo conjunto mobilizando o B-52 e iniciou em 13 de março o treinamento militar EUA-Coreia do Sul de grande dimensão, Freedom Shield.

A realidade mostra evidentemente que passa da etapa virtual à prática o perigo do estalar da guerra nuclear na Península Coreana.

A gravidade de todos os exercícios militares, que os EUA realizam com os títeres sul-coreanos, reside em que estes são os de mobilização real e ensaios de guerra nuclear que supõem a guerra total contra a RPDC.

Para citar um exemplo, o exercício conjunto de desembarque Sangryong que persegue a "tomada de Pyongyang", foi reiniciado após 5 anos de suspensão e eles dizem em público que o realizariam na maior dimensão e esfera da história.

Para converter o branco em negro, os imperialistas estadunidenses usam a cínica retórica de que suas manobras de guerra são "defensivas".

Nem os EUA poderiam negar que B-52H, B-1B, F-35 e os porta-aviões e submarino nucleares não servem para a defesa, mas são meios ofensivos que cumprem meramente a missão de golpe estratégico.

Não há neste mundo quem acredite que são "defensivos" a mobilização permanente das propriedades estratégicas nucleares dos EUA na Península Coreana e os exercícios de descenso e infiltração, desembarque surpresa e avanço das tropas especiais que são realizados segundo os roteiros de guerra para o "fim do regime", a "operação de decapitação" e a "tomada de Pyongyang".

Agora as forças hostis recorrem às graves aventuras militares por uma parte e, por outra, questionam o suposto "problema de direitos humanos" da RPDC com o maligno objetivo de isolá-la e esmagá-la mediante as sanções ilegais e antiéticas.

Os EUA e seus satélites difundem na ONU e outros cenários internacionais o rumor de "ameaça" de toda índole para "satanizar" a RPDC e atuam vilmente para impedir a entrada das mercadorias indispensáveis para a vida cotidiana da população da RPDC no território desta, descrevendo-as de "artigos de luxo".

Ao ver que é difícil isolar a RPDC com o problema nuclear, os EUA recorrem agora ao complô contra ela na arena internacional envolvendo seus seguidores.

Não se limitam à Península Coreana as influências negativas das tentativas dos EUA e outras forças hostis de esmagar a RPDC.

Sob o pretexto de cumprir a "estratégia do Indo-Pacífico", cujo objetivo é manter a supremacia estratégica militar nesta região, os EUA instigam o aumento armamentista muito preocupante dos títeres sul-coreanos e do Japão e fazem todo o possível para mudar o equilíbrio militar da Península Coreana e da região do Nordeste Asiático a favor da aliança sob seu comando.

Pretende fundar um novo bloco militar como a OTAN de versão asiática na região da Ásia-Pacífico e ter o "dissuasivo integrado" que abarque as forças armadas dos países seguidores, como a "AUKUS".

Sua verdadeira intenção é formar um cerco sobre as potências regionais e isolá-las e debilitá-las constantemente para alcançar finalmente seu objetivo hegemônico.

O desenvolvimento do míssil balístico de alto poder dos títeres sul-coreanos e sua tentativa de lançar o satélite de reconhecimento militar e possuir o submarino nuclear, e as manobras do Japão, encaminhadas a introduzir o míssil de cruzeiro Tomahawk e desenvolver o outro hipersônico, armamentos necessários à preparação da "capacidade de ataque à base inimiga", demonstram que passa a linha vermelha o aumento armamentista dos EUA e seus satélites.

Hoje em dia, a Península Coreana se converte no maior arsenal do mundo e campo de ensaio de guerra, devido às fanáticas manobras de expansão militar deles.

A intenção dos EUA de tomar a hegemonia, que fomenta a divisão e o enfrentamento e impede a estabilidade e o desenvolvimento, põe em perigo o ambiente de segurança da região e debilita o fundamento da paz e segurança internacionais.

Há causas e motivos em todas as coisas.

Como comenta corretamente a sociedade internacional, a atual situação da Península Coreana se deve aos EUA que recrudescem continuamente a pressão e ameaça militar contra a RPDC negando-se a responder às medidas positivas tomadas por esta.

Somente neste ano, expusemos claramente em várias ocasiões que os exercícios bélicos, que os EUA e os títeres sul-coreanos empreendem com frequência piorando a situação regional com a meta perigosa e irrealista como o "fim do regime" de um Estado soberano e com as retóricas ameaçadoras de toda índole, são a causa do permanente círculo vicioso da piora da situação na Península Coreana. E exigimos fortemente o cessar imediato das ações militares hostis que vulneram a paz e estabilidade da Península Coreana e do resto da região.

Contudo, os EUA levam ao extremo a situação da Península Coreana e da região ignorando repetidamente a justa demanda da RPDC e da sociedade internacional.

Frente a tal evolução da situação em que a soberania e segurança do Estado são ameaçadas no nível imperdoável, o Partido e o governo da RPDC se viram obrigados a tomar as medidas resolutas e decisivas para defender a paz e segurança da Península Coreana e da região acabando com a ameaça militar das forças hostis.

As forças armadas nucleares da RPDC não existem para o anúncio, mas poderão ser usadas quando queira e nos casos necessários para o cumprimento de sua sagrada missão de defender o Estado. Também é possível usá-las de modo preventivo em qualquer momento, segundo a intenção estratégica, se ocorre um choque armado que se amplie de maneira perigosa.

O insinua claramente o exercício de lançamento de míssil balístico intercontinental Hwasongpho-17 que foi realizado desta vez.

Seguiremos frustrando com a força esmagadora as imprudentes provocações militares dos EUA e seus seguidores.

A lei da política das forças armadas nucleares da RPDC estipula claramente os princípios e condições de uso de armas nucleares em diferentes circunstâncias para fazer frente à ameaça e ataque militares do exterior contra nosso  Estado.

Nossas forças armadas nucleares procederão a cumprir sua importante missão no caso de que alguém trate de atentar contra a soberania e segurança da RPDC.

Se são deixados intactos como agora os perigosos movimentos de provocação militar dos EUA e da Coreia do Sul, não há garantia de que não ocorrerá um violento choque físico na Península Coreana onde se enfrentam de maneira concentrada e aguda as enormes forças armadas de ambas partes.

Se torna-se realidade esse conflito, chegará à conjuntura irreparavelmente catastrófica a crise de segurança dos EUA, para não falar da estabilidade regional.

Os EUA devem parar agora mesmo suas imprudentes provocações militares e exercícios bélicos contra a RPDC. 

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