domingo, 20 de novembro de 2022

Há que questionar a origem do agravamento da situação


Ultimamente, o Alto Representante de Assuntos Exteriores e Política de Segurança da União Europeia vem classificando de “ameaça à segurança e à paz internacional e regional” as operações militares realizadas por nossas forças armadas em resposta ao “Vigilant Storm”, exercícios de guerra agressiva anti-RPDC perpetrados pelos EUA e a Coreia do Sul, e publicou uma declaração em que demandou uma “resposta contundente e unida da comunidade internacional”.

De fato, não posso conter a indignação pela publicação desta “declaração” absurda.

Se um sujeito ocupa o cargo de político de alto escalão que representa a Europa, deve avaliar com objetividade mais do que qualquer um a essência do problema internacional e falar com prudência.

Me parece que o Alto Representante não ouve a avaliação da sociedade internacional de que os exercícios de guerra de caráter provocativo dos EUA são a principal causa que acarreta o agravamento da situação da Península Coreana.

A declaração que ele publicou nesta ocasião é uma cópia da vociferação estadunidense de “ameaça à paz e segurança” e está penetrada pela incompreensão, preconceito e modo de pensar de padrão duplo sobre a essência do problema da Península Coreana.

Este Alto Representante é o mesmo que provocou a forte crítica e rechaço da sociedade internacional com suas palavras discriminatórias e neocolonialistas de que “A selva pode invadir o jardim” descrevendo a Europa como “jardim” e outras regiões como "selva".

Naquela época, ao escusar dizendo que somente repetiu como tal as palavras dos políticos neoconservadores dos EUA, ele revelou por si mesmo que ele é uma figura que recita como papagaio as palavras dos EUA sem critério próprio.

Nunca são irracionais as avaliações dos especialistas que dizem que enquanto exista tal figura sem critério próprio e princípios, em nenhum momento poderá ser lograda a “independência estratégica” que preconiza a União Europeia.

Gostaria de perguntar-lhe uma coisa.

Como poderia ser definido o alvoroço de confrontação militar dos EUA que criou grave perigo à segurança de um Estado soberano introduzindo o grupo de ataque de porta-aviões de propulsão nuclear “Ronald Reagan” e o bombardeiro estratégico “B-1B” na Península Coreana, maior foco candente no mundo?

De fato tem direito a comentar sobre “paz e segurança da região” enquanto guarda silêncio sobre os atos dos países-membros da UE que incitam a piora da situação da Península Coreana vendendo todo tipo de armas de guerra à Coreia do Sul em violação da resolução conjunta de 2008 do Conselho da União Europeia sobre a proibição de exportação de armas às regiões de conflitos?

Se o Alto Representante está sinceramente interessado em preservar a paz e a estabilidade mundo, deve questionar com valentia os imprudentes atos de provocação militar dos EUA, origem do agravamento da situação na Península Coreana.

Pak Myong Chol, investigador da Associação Coreia-Europa

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