sexta-feira, 10 de julho de 2020

Publicada a declaração da primeira sub-diretora de departamento do CC do PTC



A primeira sub-diretora de departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Yo Jong, fez pública nesta sexta-feira (10) a seguinte declaração:

Ultimamente, tenho escutado através dos informes os sinais extravagantes relacionados com nosso país emitidos rotineiramente pelos estadunidenses.

Tornou-se para mim um bom passatempo na hora do café da manhã escutar com interesse pelo noticiário de TV a mudança psicológica dos estadunidenses que chegaram a insinuar até a possibilidade da Cúpula RPDC-EUA.

Em minha opinião, me parece, embora não esteja segura, que não ocorrerá neste ano algo como a Cúpula RPDC-EUA.

Porém, quem sabe?

Ninguém sabe o que pode ocorrer de repente segundo o  juízo e a decisão dos dignatários.

O que ficou claro é que a Cúpula faz falta, para falar de alguém, à parte estadunidense, porém não nos é proveitosa nem útil em nada, fato que se deveria levar em conta para projetar tal evento.

Suponhamos que se abra a Cúpula. Ocorrendo isso, os EUA terá a tranquilidade pelo diálogo contínuo com nosso Máximo Dirigente e poderá ganhar tempo seguro com base na amizade entre ambos dignatários. Em nosso caso, não obteríamos nenhum êxito nas negociações com os EUA e nem sequer o esperamos.

Já que existem o sério antagonismo e a divergência não solucionada entre ambas partes, creio que a cúpula seria desnecessária e inútil, pelo menos, para nossa parte neste ano e no futuro também se não houver a mudança decisiva da posição dos EUA.

Penso ademais que, à parte de sua possibilidade, não devemos aceitar a cúpula dentro deste ano mesmo que os EUA a deseje muito.

Explico brevemente a razão em três pontos: primeiro,a cúpula é necessária à parte estadunidense, porém não é proveitosa para nossa parte; segundo, perderemos outra vez nosso tempo se nos sentamos para conversar com os estadunidenses que não tem coragem de expor-se a um novo desafio e há o perigo de deteriorar-se até as relações especiais de ambos mandatários que vem sendo mantida até agora; terceiro, não é preciso realizar a cúpula em nenhum caso porque a escória humana chamada Bolton vaticinou sua reabertura.

O que os EUA realmente necessita agora não é cúpula nem resultado. Seu objetivo estará em ganhar o tempo seguro ao apaziguar a nossa parte e atar-nos de pé para que não ocorra algo que se converta em um desastre político para os estadunidenses, dando destaque nas relações bilaterais à relação de intimidade entre ambos dignatários.

Se abre-se agora a cúpula, será evidentemente matéria de jactância de alguém.

Os EUA está preocupado com a possibilidade de receber em vésperas das eleições presidenciais o presente de Natal que ainda não recebeu.

Creio que dependerá de seu comportamento se os EUA vai passar ou não com dor de cabeça esta ocasião.

Haveria que ver como se porta, se diz aqui e ali de maneira inoportuna e frequente as palavras de má-fê e anda concentrando-se em coisas inúteis como a pressão econômica e ameaça militar contra nosso país.

Não tenho nenhuma informação sobre a existência ou não de tais casos, porém creio que seguramente nosso Máximo Dirigente ignorará todo o tempo os perigosos discursos de caráter opressivo que nos emite os EUA.

Se tomo em conta que como agora não sucede a coisa que os EUA teme ao extremo, me parece que funciona muito bem a especial amizade entre nosso camarada Presidente e o mandatário estadunidense.

Se os EUA empreende levianamente em tal momento alguma ação perigosa, que possa provocar nossa reação importante, sem poder controlar sua inquietude e impaciência, será evidente que isso será como pisar no rabo do leão e o resultado não será nada agradável.

Há que apontar corretamente o objetivo principal com que os EUA vem propondo ultimamente as negociações de trabalho ou a cúpula entre ambos países.

Os EUA deseja ganhar tempo seguro ao apaziguar a RPDC deixando aberta a porta de diálogo.

Me parece que talvez os EUA queira voltar em seu interior às condições de negociações como as de Hanói.

Recordando agora, justamente a princípios de 2019, os EUA já tinha em Hanói a possibilidade de neutralizar primeiro nosso eixo nuclear e perturbar nosso programa nuclear perspectivo fingindo aliviar parcialmente as sanções.

Se pode dizer que naquele tempo, estávamos fazendo uma grande aventura para facilitar o quanto antes o melhoramento das condições de vida de nosso povo ao romper as travas de sanção, embora não nos conviessem as condições de negócio.

Durante a Cúpula RPDC-EUA realizada em 30 de junho de 2019 em Panmunjom, o Presidente dos EUA nos demandou como premissa as adicionais medidas de desnuclearização predicando a boa perspectiva da economia da RPDC e a ajuda econômica. Então, nosso camarada Presidente lhe disse com clareza que jamais trocaria o levantamento de sanções sem garantia de segurança e do futuro de nosso regime e povo pela metamorfose elegante e a rápida prosperidade econômica e que o sofrimento que os EUA nos impôs se converteu no ódio contra este e com esse ressentimento superaremos as persistentes sanções e bloqueio liderados pelos EUA e viveremos ao nosso estilo e com as próprias forças.

Logo, riscamos completamente da agenda de negociações com os EUA o tema de levantamento de sanções.

Penso que o tema principal das negociações anteriores "medidas de desnuclearização vs. levantamento de sanções" deve ser mudado agora para "cancelamento da hostilidade vs. retomada das negociações RPDC-EUA".

Posto que nos sustentamos mesmo em meio a sanções, não há motivos para deixar-nos levar pelos EUA.

Espero que os EUA não abrigue a essa altura o absurdo sonho de regatear o levantamento parcial de sanções que apresentou na mesa de diálogo de Hanói em troca do cancelamento perpétuo da grande instalações nuclear da zona de Nyongbyon, nervo medular de nosso desenvolvimento nuclear.

Sem dúvida alguma, é firme e excelente o sentimento individual de nosso camarada Presidente sobre o atual Presidente estadunidense,Trump, porém nosso governo não deve ajustar a táctica sobre os EUA nem nosso programa nuclear de acordo com o estado de relações com ele.

Devemos tratar-nos com o Presidente Trump e também com o próximo governo e, a longo prazo, com todo os EUA.

As palavras de altas autoridades estadunidenses, proferidas nos últimos dias, mostram o que devemos fazer daqui pra frente, independentemente dos laços com o Presidente estadunidense.

Enquanto o Departamento de Estado expõe a vontade de diálogo e até o Presidente insinua a possibilidade da cúpula ressaltando reiteradamente as boas relações com nosso Máximo Dirigente, o secretário de Defesa utilizou sem escrúpulos a expressão hostil "Estado pária" ao se referir ao nosso Estado ademais de falar novamente da "CVID" (desnuclearização completa, verificável e irreversível).

Não pretendo avaliar se tal discordância entre o mandatário e seu subalterno é uma artimanha intencional ou produto do controle inseguro do governo pelo primeiro.

De todas maneiras, embora sejam boas as relações entre ambos dignatários, é natural que os EUA siga sendo hostil conosco.

Agora é o momento em que é preciso tomar precaução, entendendo que não devemos cometer nunca os erros indevidos pensando somente nos laços com o Presidente Trump.

Ultimamente, os EUA vem nos ofendendo caso por caso, além de postergar por mais um ano as ordens administrativas do presidente relativas com a sanção anticoreana, questionar o "estado de direitos humanos" de nosso país advogando a toda voz por "resolver" primeiro o "problema de direitos humanos" antes do melhoramento das relações com a RPDC e redefini-la como "pior Estado traficante de pessoas" e "país patrocinador do terrorismo". Somente isso basta para compreender que será impossível a retirada da hostilidade anticoreana dos EUA.

Mesmo que os EUA, que padece da "endemia" chamada veto crônico ao nosso país, supere a atual "crise" de eleições presidenciais, temos que prever as muitas ações hostis que tomará esse país contra nós depois disso. Considero que agora é o momento de preocupar-nos mais em melhorar nossa capacidade de reação à hostilidade anticoreana dos EUA, propensa a perdurar no futuro, e não com as relações de amizade com o atual governante desse país.

Devemos estabelecer o plano perspectivo para controlar as ameaças prologadas provenientes dos EUA e dissuadi-las e defender nossos interesses estatais e soberania, assim como consolidar e desenvolver constantemente a capacidade real.

Agora, a tentativa de retomar as negociações de desnuclearização RPDC-EUA é um tema proposto com apuro pelo segundo e resulta no revés ao primeiro.

Creio que não vale a pena sentar-nos agora mesmo com os EUA que pensa unicamente em como e o que poderá tirar da mesa de diálogo e esse é um assunto que podemos decidir depois de ver primeiro a mudança decisiva de atitude desse país.

Em vez de pensar na maneira de triar nossa arma nuclear, seria mais fácil e conveniente para os EUA analisar o modo de evitar que o mesmo artefacto constitua-lhe uma ameaça.

Não temos nenhuma intenção de ameaçar os EUA e, a respeito disso, o camarada Presidente expôs sua posição clara ao Presidente Trump.

Tudo ficará tranquilo se eles não se meterem conosco.

Deixamos claro que não rejeitamos a desnuclearização mas que não a podemos fazer agora. Voltamos a recordar que a desnuclearização da Península Coreana será possível quando haja grande mudança da  contraparte em paralelo com nossas ações, ou seja, as importantes medidas irreversíveis.

Quero assinalar claramente que "grande mudança" da contraparte não alude ao levantamento de sanções.

Desde o principio, não queria escrever uma nota como esta aos estadunidenses, ainda que possa ser diferente no caso da Coreia do Sul

Por último, gostaria de falar de minha impressão dos festejos do Dia da Independência dos EUA que vi há alguns dias no noticiário da TV.

Recebi a permissão do camarada Presidente para que conseguisse a título pessoal o DVD sobre esses festejos se fosse possível.

O camarada Presidente me encomendou que transmita seus votos de que o Presidente Trump obtenha bons êxitos em seu trabalho.

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