Rússia confirma participação do Exército Popular da Coreia na Operação Militar Especial

Neste sábado, 26 de abril de 2025, foi confirmada a participação de tropas do Exército Popular da Coreia na Operação Militar Especial da Rússia na Ucrânia.

O responsável pela informação foi Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, que estendeu agradecimento aos militares norte-coreanos durante uma conversa por videoconferência, divulgada publicamente, com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O trecho em questão foi o seguinte:

"Quero destacar separadamente a participação, na libertação das regiões fronteiriças da região de Kursk, dos militares da República Popular Democrática da Coreia, que, em conformidade com o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre nossos países, prestaram significativa ajuda na derrota do agrupamento das forças armadas da Ucrânia que havia se infiltrado.

Os soldados e oficiais do Exército Popular da Coreia, cumprindo missões de combate lado a lado com os militares russos durante a defesa contra a invasão ucraniana, demonstraram alto profissionalismo, bem como firmeza, coragem e heroísmo no combate." 

Pouco depois, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reforçou a fala de Gerasimov sobre a participação norte-coreana.

Não há informações oficiais sobre o número de efetivos norte-coreanos mobilizados no conflito ou área de atuação.

Por outro lado, a RPDC nunca confirmou nem negou a participação do EPC na operação militar russa, tendo inclusive, em uma declaração do vice-ministro das Relações Exteriores da RPDC, Kim Jong Gyu, datada de 25 de outubro de 2024, afirmado não haver necessidade de confirmar ou não a questão, acrescentando que, se fosse o caso, tal participação estaria de acordo com as normas do direito internacional e que, inevitavelmente, algumas forças tentariam caracterizá-la como ilegal.

Ademais, em um informe da Agência Central de Notícias da Coreia sobre a visita do estimado camarada Kim Jong Un à Escola Geral de Oficiais Kang Kon, em fevereiro de 2025, há uma passagem sugestiva que, ao se referir às palavras do líder coreano na ocasião, afirma: "adquirindo, ao nosso modo, experiências de combate real nos campos de batalha atuais".

Por outro lado, não há registros (vídeo ou foto) reais e credíveis da atuação de tropas norte-coreanas. Enquanto os EUA e a República da Coreia divulgaram rumores sobre o tema e, posteriormente, afirmaram ter confirmado a participação dos efetivos norte-coreanos, chegando a estimar a quantidade e as áreas de atuação dos soldados do EPC, o regime títere ucraniano — sobretudo na figura de Zelensky, marionete da guerra por procuração dos EUA — focou-se no uso de inteligência artificial e na manipulação de imagens para "provar" a participação norte-coreana, o que se tornou motivo de ridicularização até mesmo entre aliados.

Futuramente, com a conclusão da operação militar especial, é provável que dados mais concretos sobre a participação dos efetivos do EPC sejam tornados públicos, parcial ou completamente.