quinta-feira, 20 de abril de 2023

Publicada declaração da ministra das Relações Exteriores da RPDC


A ministra das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Choe Son Hui, fez pública em 21 de abril a seguinte declaração:

Os chanceleres do G7 publicaram uma "declaração conjunta" cujos conteúdos são intervencionistas e injustos, após questionar o exercício da soberania legal pela RPDC.

Com respeito a tal fato, exponho a seguinte posição.

O G7 não tem direito nem qualidade de falar de exercício da soberania e posição estatal da RPDC.

As medidas tomadas até a data pela RPDC para fortalecer a capacidade de autodefesa, são justas para deter a ameaça, defender a soberania e integridade territorial do Estado e controlar de modo estável a situação regional da Península Coreana frente ao ambiente de segurança instável, criado pelas ações militares imprudentes e provocativas dos EUA e seus seguidores.

Para eliminar totalmente a ameaça proveniente dos EUA e das forças hostis seguidoras e o ambiente desfavorável para a existência independente e o desenvolvimento de nosso Estado, tomaremos umas após as outras as medidas de ação atendo-se a todos os direitos legais do Estado soberano.

Não logramos a posição de país possuidor de armas nucleares por obséquio de alguém ou pelo reconhecimento de outros, mas adquirimos com a existência da capacidade real do dissuasivo nuclear e foi estabelecida como uma lei estatal segundo o decreto da política das forças armadas nucleares do Estado, adotado por vontade unânime de todo o povo coreano.

Os membros do G7 insistem na "renúncia nuclear completa e irreversível", falando que a RPDC não pode ganhar a posição de país possuidor de armas nucleares em virtude do Tratado de Não Proliferação (TNP), o que é uma intervenção nos assuntos internos absurda e ilegal, destinada a nos impor violar a lei estatal da RPDC.

Evidentemente, a RPDC se viu obrigada a desenvolver as armas nucleares não para ganhar o reconhecimento de alguém mas para defender a si mesma da ameaça dos EUA. Eis aqui a razão da posse de armas nucleares por nosso país.

Permanecerá para sempre tal posição da RPDC como uma existência inegável, sem importar o reconhecimento dos EUA e do Ocidente.

Se eles pensam que somente Washington tem o direito e capacidade de golpe nuclear, é uma consideração anacrônica.

Estamos satisfeitos com nossas forças capazes de responder à ameaça dos EUA e nunca perseguiremos o consentimento ou aprovação de alguém.

Os EUA e o Ocidente não têm o direito a criticar nossa posição, que nunca mudará.

O que deve mudar agora não somos nós, mas os EUA, e este país deve refletir que se pode garantir sua segurança com o abandono total de sua política hostil à RPDC.

É definitiva e irreversível a posição da RPDC como potência nuclear mundial.

O G7, coletivo de interesse fechado da ínfima minoria de Estados, não representa a justa sociedade internacional e não passa de um instrumento político que obedece aos EUA que tenta manter sua posição hegemônica.

Não temos interesse nos assuntos do G7. Porém, se por acaso mostrem alguma ação destinada a infringir a soberania e o interesse fundamental da RPDC, não a permitiremos com a forte oposição.

Aproveito esta ocasião para recordar nova e cortesmente aos chanceleres do G7 o fato de que a RPDC é livre da obrigação de qualquer tratado, com sua retirada legal do Tratado de Não Proliferação (TNP) há 20 anos segundo as formalidades estipuladas no 10º artigo deste código internacional.

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