sexta-feira, 9 de maio de 2025

A crescente tendência à multipolarização

Está se intensificando o movimento internacional que rejeita as ações unilaterais das forças hegemonistas e busca realizar a multipolarização.

Recentemente, foi realizada no Brasil a Reunião dos Ministros das Relações Exteriores dos países membros e parceiros do BRICS. Ministros das Relações Exteriores e representantes de alto nível de 19 países discutiram o fortalecimento da cooperação mútua e a necessidade de manter o multilateralismo.

Os chanceleres afirmaram que, diante da ascensão do protecionismo promovido pelas forças hegemonistas, é uma tarefa urgente defender o multilateralismo. Ademais, expressaram preocupação com a instabilidade da conjuntura econômica global e da situação internacional, exigindo a retirada das medidas coercitivas unilaterais.

Durante a reunião, foi enfatizado que o BRICS deve contribuir para a construção de uma ordem mundial justa e racional.

A declaração final refletiu a preocupação unânime dos países membros com as injustas e unilaterais medidas protecionistas.

Nos últimos anos, os países do BRICS vêm rejeitando o sistema econômico liderado pelo Ocidente e avançando rumo ao estabelecimento de uma nova ordem econômica internacional. À medida que aumenta a participação desses países no crescimento econômico mundial, também cresce o papel e a importância do bloco.

O Relatório de Segurança de Munique 2025, divulgado durante a Conferência de Segurança de Munique, apontou que os países membros do BRICS respondem por cerca de 40% do comércio global, bem como da produção e exportação mundial de petróleo.

A imprensa internacional destaca que isso não diz respeito apenas ao desenvolvimento econômico, mas reflete uma mudança na ordem mundial. Ressalta ainda que organizações cooperativas multilaterais como o BRICS estão dando novo fôlego ao processo de multipolarização global.

Neste ano, o BRICS admitiu a Indonésia como membro pleno. Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Uganda, Uzbequistão e outros nove países obtiveram o status de parceiros do bloco. Além disso, muitos países da Ásia, África e América Latina têm demonstrado interesse em manter um diálogo estruturado com o BRICS.

A amplitude da cooperação entre os países membros está se expandindo, e a influência do BRICS cresce a cada dia.

As forças ocidentais não veem isso com bons olhos. Presas à ansiedade, estão lançando mão de todos os meios possíveis para tentar conter a corrente da multipolarização, o que tem provocado desordem e instabilidade em várias partes do mundo.

Na cúpula do BRICS realizada no ano passado, o presidente da Rússia destacou que, embora os países do BRICS estejam formando um modelo exemplar de multipolarização e promovendo novas mudanças no crescimento econômico, a estabilidade global está sendo comprometida pelas chamadas “práticas desleais” adotadas pelo Ocidente, as quais provocam discórdias entre países e conflitos entre povos.

Durante a reunião dos altos representantes dos países membros do BRICS responsáveis por questões de segurança — realizada em paralelo ao encontro de chanceleres — foram amplamente discutidos temas como a preservação da segurança internacional, a prevenção de conflitos, o combate ao terrorismo e a segurança cibernética, ressaltando o papel que os países do BRICS devem desempenhar nessas áreas.

Na reunião, enfatizou-se que criar condições para coerção e intimidação no palco internacional representa uma ameaça à segurança global. Também foi destacada a necessidade de defender firmemente o multilateralismo e construir, de mãos dadas, um mundo multipolar orientado pelos princípios da equidade e justiça.

Tanto o encontro de ministros das Relações Exteriores dos países membros e parceiros do BRICS quanto a reunião dos representantes de segurança reafirmaram com clareza a determinação de rejeitar o unilateralismo das forças hegemonistas e de avançar na concretização da multipolarização global.

Jang Chol

Rodong Sinmun

Nenhum comentário:

Postar um comentário