domingo, 25 de junho de 2023

A ampliação do BRICS é produto inevitável da parcial ordem econômica internacional


O comentarista de assuntos internacionais, Jong Il Hyon, publicou em 25 de junho um artigo intitulado "A ampliação do BRICS é produto inevitável da parcial ordem econômica internacional".

O texto íntegro assinala como segue:

Foi realizada recentemente uma reunião de chanceleres do BRICS em Cape Town, África do Sul, onde participaram os representantes dos países membros desta organização econômica e outros em via de desenvolvimento.

Foi deliberado na ocasião o problema de ampliar o BRICS como assunto principal.

A África do Sul, país anfitrião da reunião, publicou que até a data, 19 países solicitaram o ingresso na organização.

Se pode dizer que o fator principal que leva muitos países grandes e pequenos do mundo a querer ingressar no BRICS é, em poucas palavras, a atual ordem econômica internacional parcial e irracional, cujo núcleo é o existente regime monetário internacional baseado nos dólares dos EUA.

Os EUA, que tiraram grande proveito da Segunda Guerra Mundial, estabeleceram em junho de 1944 o sistema de Bretton Woods que toma o dólar como a moeda padrão internacional. Desde então, veio espoliando em escala mundial, mediante a cunhagem do dólar, a base da posição dominante do dólar e veio tomando sua moeda como uma ferramenta para realizar seu objetivo político.

É consabido que este sistema monetário internacional e os meios militares constituem 2 pilares que apoiam a hegemonia mundial dos EUA.

Durante quase um século, os EUA vieram se valendo de todos os meios e métodos para manter a hegemonia do dólar, que era o do ouro na década de 1940 e o do petróleo na de 1970 e é o da dívida hoje em dia, e veio abusando da posição dominante do dólar para impor a vil sanção financeira aos países que não lhe agradam.

O exemplifica a sanção financeira imposta à Rússia após o caso da Ucrânia.

Os EUA excluíram os principais bancos deste país euroasiático da Associação Internacional de Comunicação Financeira entre os Bancos, sob o propósito astuto de paralisar o comércio exterior da Rússia e destruir sua economia nacional. Porém, provocou o resultado contrário.

A Rússia reduziu notavelmente o grau de dependência do dólar ao fazer liquidação com moeda nacional no comércio com China, Índia e outros países e os integrantes do BRICS impulsionam o desenvolvimento de uma nova moeda internacional que substituirá o dólar no comércio mútuo.

O presidente da Rússia, Putin, disse que os EUA cometem um ato suicida ao limitar o uso do dólar segundo a situação política em outros países e continuou que devido à política errônea dos EUA e do Ocidente, suas moedas perderam a posição governante.

Um analista político do Brasil destacou que o uso do dólar é limitado nas relações comerciais entre China e Rússia, nas negociações de petróleo entre Rússia e Índia, das de gás natural entre as empresas de petróleo da China e França, entre usinas nucleares de Rússia e Bangladesh e outros e opinou que este movimento mundial pela exclusão do dólar é uma justa contramedida ao império estadunidense que depende de sanção, ameaça e chantagem.

A realidade demonstra claramente que a coação e tirania dos EUA, que fazem esforços desesperados para manter a hegemonia mundial, aceleram a rejeição do dólar no mundo e o estabelecimento do novo sistema financeiro e instigam muitos países do mundo a ingressar no BRICS.

Nesta reunião, os países membros do BRICS acordaram o fomento da liquidação com moedas nacionais no comércio entre os países membros e com as nações amistosas, e o impulso da circulação da moeda comum.

A respeito disso, os especialistas avaliam unanimemente que esta organização, que aumenta constantemente sua influência política no cenário internacional com base no rápido incremento econômico e na poderosa capacidade militar, constitui um desafio à ordem internacional existente e ao sistema financeiro, liderados pelos EUA e pelo Ocidente.

O movimento internacional sem precedentes para limitar o uso do dólar e a tendência de ingresso de muitos países do mundo nesta organização econômica adiantam a ruína do dólar e, ao mesmo tempo, da hegemonia dos EUA.

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