quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

O que mostra a situação atual da Europa que tem dependido de outros?


Atualmente a Europa está passando um inverno horrível por causa da pior crise energética na história e uma inflação que sofre pela primeira vez em 40 anos.

Para piorar, os habitantes europeus subsistem com dificuldade a cada dia pelo aumento dos preços e as fábricas e mercados estão fechando as portas.

Uma das saídas para superar a atual crise econômica é o desenvolvimento multilateral do comércio exterior e isso é um conhecimento econômico geral.

Porém, a Europa segue titubeando em fazê-lo enquanto observa a atitude dos EUA, seu “inspetor”.

Ultimamente, a Alemanha vem sendo pressionada pelos EUA para bloquear o investimento da China no porto de Hamburgo, um dos três maiores da Europa, e a Holanda está sendo pressionada por Washington a limitar a exportação dos equipamentos produtores de semicondutores à China.

A UE e os países europeus devem tirar lições da crise ucraniana.

A crise da Ucrânia, que estalou por causa do avanço ao leste da OTAN liderada pelos EUA e sacudiu a segurança da Europa e dos EUA, está afundando a UE e outros países europeus profundamente no pântano da crise.

Gostaria de recordar-lhes que a crise da Ucrânia provocou um pesadelo chamado crise de segurança, econômica e energética a toda Europa, enquanto os EUA tomaram esta ocasião como uma boa oportunidade e ganharam uma fortuna fazendo grandes negócios.

Como foi publicado recentemente pela agência de notícias Bloomberg, a Europa já sofreu uma perda tremenda de 1 bilhão de dólares por haver abandonado a importação do gás russo, porém os EUA venderam seu gás para a Europa quatro vezes mais caro que o de venda doméstica.

Segundo os dados publicados pela revista estadunidense “Foreign Policy”, o montante de armas dos EUA aos países membros da OTAN aumentou em 2022 quase duas vezes em comparação com 2021 e as empresas da indústria militar dos EUA lograram ganhos recordes, e os valores de muitas empresas foram elevados repentinamente ao nível mais alto na história

Se diz que o amigo que ajuda o que está em apuros é o verdadeiro amigo. Então, quê tipo de expressão seria adequada ao que saqueia seus amigos nestes tempos difíceis?

Ademais, com motivo da publicação da “lei de redução da inflação”, uma lei do estilo "America First", sem ter em conta a difícil situação de seus aliados que estão loucos para superar a crise econômica, foi demostrado mais uma vez que a cobiça dos EUA não tem limites.

O jornal estadunidense “The Wall Street Journal” apontou que os EUA, em troca do oferecimento do sistema de subsídios de carros elétricos aos seus aliados, deve exigir que participem ativamente na política dos EUA de detenção do desenvolvimento de semicondutores anti-China. E a Holanda anunciou subitamente que limitaria a exportação de equipamentos produtores de semicondutores à China. Quando observamos estes fatos não é difícil conjecturar como os EUA atuam por trás das cortinas.

A obscura intenção dos EUA é deter e debilitar o vertiginoso crescimento econômico da China sacrificando toda a Europa.

Se os países europeus como Alemanha, Holanda e França, que têm um comércio bilateral de 235 bilhões, 100 bilhões e 80 bilhões de dólares, respectivamente, com a China, excluem a China da cadeia industrial global e rechaçam o mercado chinês seguindo a exigência dos EUA, esses atos significariam um suicídio econômico.

A UE e os países europeus devem estar cientes da sinistra intenção dos EUA, que instigam seus aliados ao confronto e abusa de tal confronto como uma oportunidade para ganhar um fortuna e pescar em rios revoltos, e livrar-se o quanto antes da dependência dos EUA.

A política externa independente é a única opção para a Europa.

Son U Jin, investigador da Associação Coreia-Europa

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