quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O véu de "fortalecimento da aliança" que foi removido


Em meio a que os EUA estão obrigando a Europa a que se junte à campanha de pressão contra a China, recentemente a União Europeia e seus principais países membros estão mostrando movimentos dirigidos a manter e ampliar as relações econômicas e comerciais com a China.

A princípios de novembro passado, o chanceler da Alemanha realizou uma visita à China com uma delegação econômica de grande escala e, em 1 de dezembro, o presidente do Conselho Europeu visitou a China, e o presidente francês, Macron, também expressou sua vontade de visitar a China no começo de 2023.

Por outro lado, durante a Cúpula do G20 realizada na Indonésia, França, Espanha, Itália e Países Baixos realizaram a cúpula com a China respectivamente a expressaram a vontade de promover o intercâmbio e a cooperação em vários setores como comércio, aeronáutica, investimento, resposta à mudança climática, etc.

Em 22 de novembro, o Alto Representante de Assuntos Exteriores e Política de Segurança da União Europeia proferiu um discurso no Parlamento Europeu no qual expressou como segue.

EUA é o aliado mais importante, porém a UE não seguirá as medidas de intransigência extrema dos EUA contra a China.

E o Ministro de Comércio Exterior dos Países Baixos expressou que seu país não imitaria as medidas de controle de exportação para a China que os EUA aplicam.

Tal tendência está relacionada com o fato de que a UE e seus países membros tiraram algumas lições das descaradas ações traidoras dos EUA que só perseguem seus próprios interesses sem considerar os interesses da Europa.

Embora o governo de Biden tenha vociferado ruidosamente sobre o fortalecimento da aliança Europa-EUA desde o princípio de seu mandato, na realidade, traiu sem nenhuma hesitação seus aliados com a retirada unilateral de suas forças armadas do Afeganistão, a criação da “AUKUS”, etc.

Sem limitar-se a isso, os EUA enchem seu bolso de dinheiro vendendo o gás liquefeito por um preço 4 vezes maior que o preço doméstico aos seus aliados europeus que sofrem com a crise econômica, com falta de energia e a subida dos preços por causa do prolongamento da crise da Ucrânia e, com a ambição de tomar a hegemonia na competição de tecnologia de ponta no mundo, realiza forçadamente a execução da “lei de Chips e ciência” e a “lei de redução da inflação” que lança as indústrias de ponta da Europa à ruína.

A realidade demonstra que o “fortalecimento da aliança” e a “restauração de relações transatlânticas” que os EUA falam com frequência não passam de um doce artificio para alcançar seus interesses.

Com respeito a isso, a União Europeia, dizendo que as relações Europa-EUA estão praticamente em um estado perigoso, advertiu que os EUA devem dar-se conta de que a opinião pública de muitos países membros da União Europeia está mudando e que devem respeitar as preocupações da Europa.

A revista estadunidense “Politico” também assinalou que, entre as figuras de alto escalão da União Europeia e dirigentes dos países membros da UE, estão aumentando subitamente as críticas e iras pelo fato de que os EUA colocam a Europa em um beco sem saída com a aplicação da “lei de redução da inflação” embora obtenha enormes lucros mediante a exportação de energia e armamentos aos países europeus que sofrem com o estancamento econômico por causa da crise da Ucrânia.

Por outra parte, “Politico EU”, página da web especializada em assuntos europeus, ressaltou que Biden é um "amigo” que diz palavras boas, mas que vira as costas em momentos importantes em que seu colega se encontra em apuros e que a “apatia cordial” de Biden é ainda mais fatal para a Europa.

Enquanto não seja completamente removido o véu dos EUA que fala de “fortalecimento da aliança”, a repulsa da Europa se fará mais forte.

Ju Hak Rim, investigador da Associação Coreia-Europa

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