domingo, 3 de junho de 2018

Uma tradição familiar de traidores


Quando Park Geun Hye foi eleita em 2012 com uma pequena margem de vantagem sobre o atual presidente Moon Jae In, foi inevitável os comentários de que o povo sul coreano tinha eleito a filha do ditador Park Chung Hee, uma das figuras mais execráveis da história da Coreia.

Todavia, suas propostas políticas não tinham semelhança aparente com a de seu pai e embora conhecida como conservadora, conseguiu agradar parte dos progressistas do país com suas ideias. Mas, quando chegou ao poder a prática começou a se assemelhar à ditadura fascista que seu pai liderou.

O que poucos sabem é que em 2002, quando era Presidenta da Fundação Europa-Coreia, ela visitou a República Popular Democrática da Coreia onde conversou com o Dirigente Kim Jong Il sobre questões relacionada a cooperação econômica e outros termos políticos importantes em um período onde as relações Norte-Sul da Coreia estavam fluindo em um ambiente favorável.

Para quem não sabe, a Fundação Europa-Coreia é o braço filantrópico da Câmara de Comércio da União Européia na Coreia do Sul estabelecido em 9 de maio de 2001 sob a aprovação nº 384 pelo Ministro de Relações Exteriores e Comércio da Coreia do Sul.

Depois de sua visita onde pelo que sabe foram acertados acordos importantes e resolvidas questões de interesse mútuo, ela escreveu cartas direcionadas ao Dirigente do Norte, o que só é permitido em casos especiais por conta das restrições da retrógrada "Lei de Segurança Nacional".

“Querido Presidente (Kim Jong Il)… Já se passaram três anos desde que te conheci”, escreveu Park Geun Hye em julho de 2005, quando era diretora da Fundação Europa-Coreia.



“Durante este período, enfrentei várias mudanças em minha vida, mas com a ajuda de suas preocupações, estou me saindo muito bem”, escreveu Park em uma carta adquirida e divulgada por Kyunghyang Shinmun.

No momento da divulgação de tais cartas, o que foi ocorrer em 2016 quando começaria o processo para oficializar seu impeachment, os mais conservadores que defendiam Park e outras figuras disseram que tratava-se de uma mentira e que tais cartas seriam na verdade de Moon Jae In, candidato da oposição que sempre havia mantido "boas palavras" para com o Norte. Mas poucos dias depois o Ministério da Unificação da Coreia do Sul confirmou que uma das cartas divulgadas, onde continha-se tom elogioso ao líder norte coreano e que foi divulgada foi escrito por ela mas não foi enviado, mas que outras cartas foram enviadas até 2007 por Park com autorização por ser presidenta da Fundação Europa-Coreia.

"Madame (Park Geun Hye), recebemos sua carta enviada em 15 de outubro, que recebemos em 2 de novembro de Kang Hyang Jin coreano-chinês que vive em Pequim" disse uma carta do Comitê da Ásia-Pacífico da RPDC.

Toda sua cordialidade era uma grande farsa e uma política de hostilidade e confrontação foi vista enquanto esteve no poder. Mas como foi com seu pai, que chegou a ser expulso do exército japonês por ser acusado de ser comunista, Geun Hye também teve um final triste, para o bem do povo coreano.

https://bit.ly/2LkdJ0v

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