Este é um exemplo claro do quão devastadoras são as consequências dos ataques militares indiscriminados por parte dos invasores israelenses. Sob o pretexto de erradicar "terroristas", o exército israelense tem matado impiedosamente civis inocentes, e quando as escolas, que abrigam refugiados, são atingidas, elas são rotuladas como "bases terroristas do Hamas", justificando bombardeios indiscriminados.
Em poucos dias após o início do conflito em Gaza, 88 instalações educacionais, incluindo 18 escolas, foram destruídas, e centenas de crianças perderam a vida. No dia 6 de junho do ano passado, aviões de combate israelenses atacaram escolas no centro da Faixa de Gaza, lançando mísseis e uma chuva de bombas. Israel usou até bombas de alta penetrabilidade, fabricadas nos EUA, que são notoriamente eficazes em destruir concreto, transformando as escolas em pó em questão de segundos. Em alguns casos, escolas foram alvo de múltiplos ataques aéreos com mísseis.
Incontáveis crianças caíram feridas e mortas, enquanto as que sobreviveram viveram em meio ao terror e desespero.
Na época, o escritório de informações da Faixa de Gaza emitiu um comunicado condenando veementemente os bombardeios israelenses às escolas, chamando-os de "um massacre horrível", e denunciando esses ataques contínuos como "provas claras de crimes contra civis". O comunicado também afirmou com firmeza que Israel e os EUA "devem assumir total responsabilidade pelos crimes que colocam vidas em risco e violam o direito internacional".
No entanto, os responsáveis pela expansão territorial de Israel, impulsionados por sua sede de poder, intensificaram ainda mais a destruição e o massacre. Como resultado, no início do ano letivo do ano passado, 45.000 crianças em idade escolar não puderam se matricular, e centenas de milhares ficaram impossibilitadas de frequentar a escola.
Uma menina de 14 anos, que havia perdido sua casa e toda a sua família e sobrevivido por um milagre, disse, com grande dor: "No primeiro dia de aula, minha mãe costumava pentear meu cabelo e preparar lanches para mim. Mas tudo acabou. Minha mãe, meu pai, toda a minha família morreu, e eu sou a única que sobrou."
Um menino também compartilhou sua angústia: "Na mesma época do ano passado, eu estava brincando no pátio com meus colegas e cantando o hino do país. Minha vida virou um caos. Eu me tornei um refugiado, e não sei sequer se vou sobreviver a essa guerra." Ele tinha o sonho de se tornar médico, mas esse sonho foi esmagado pelas botas ensanguentadas dos invasores.
Os maiores afetados por esses crimes de guerra não são apenas os adultos, mas principalmente as crianças, que estão sofrendo as piores consequências dessa brutalidade.
Crianças em idade escolar, que deveriam estar se dedicando ao aprendizado, estão passando seus dias em longas filas, com as pernas doloridas, esperando por escassas ajudas humanitárias que podem garantir a sobrevivência de suas famílias. Elas estão quebrando pedaços de concreto nas escolas destruídas para coletar material para a construção. Isso é uma tragédia de partir o coração.
Um representante da ONU comentou: "Crianças estão morrendo ou sendo feridas, vagando sem rumo, sem segurança, sem acesso à educação e sem poder brincar como crianças deveriam." Expressou séria preocupação, afirmando que as crianças de Gaza perderam suas infâncias e que uma geração inteira corre o risco de se tornar uma "geração abandonada".
A expressão "geração abandonada" não é apenas uma preocupação com a miséria das crianças de Gaza. É também um grito desesperado da comunidade internacional contra os criminosos israelenses, que estão tentando enterrar o futuro da Palestina nos escombros de sua própria violência. A tragédia não é apenas local, mas uma tragédia humana de dimensões globais.
Un Jong Chol
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