quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O que é a "paz" e a "segurança" que o Ocidente busca?

Em 4 de setembro, foi realizada em Paris, França, uma reunião dos líderes da chamada “Coalizão dos Dispostos".

O presidente francês, anfitrião do encontro, declarou que cerca de 20 países europeus incluídos na “Coalizão” haviam prometido enviar forças armadas à Ucrânia sob o pretexto de “garantias de segurança”.

Isso leva mais uma vez a refletir sobre o que realmente significam a “paz” e a “segurança” que o Ocidente persegue.

Os países europeus costumam afirmar que, caso o conflito militar entre a Ucrânia e a Rússia chegue ao fim e um acordo de paz seja assinado, será necessário enviar tropas à Ucrânia.

A reafirmação dessa posição equivale, na prática, a uma declaração pública de que pretendem transformar a região em uma base militar anti-Rússia.

A origem do surto da situação ucraniana está precisamente na tentativa de transformar o país em uma base de ataque da OTAN voltada contra a Rússia.

Fazer da Ucrânia uma base militar da OTAN foi, de fato, a etapa final da política de expansão ao leste da aliança, que visava, por meio da constante ampliação em direção ao leste, comprimir ao máximo o espaço estratégico da Rússia e cercá-la para sufocá-la.

Antes do início da crise ucraniana, em 12 de janeiro de 2022, durante a reunião do Conselho Rússia–OTAN realizada em Bruxelas, Bélgica, a parte russa exigiu energicamente que a OTAN interrompesse a continuação de sua política de expansão para o leste mediante a incorporação de ex-Repúblicas soviéticas à aliança.

Ao mesmo tempo, a Rússia solicitou garantias legais de que a OTAN não prosseguiria com a ampliação para o leste, nem com suas atividades militares e o reforço das “forças avançadas” na Europa.

No entanto, a OTAN ignorou essas exigências e seguiu adiante com sua política expansionista.

As ações descaradas e imprudentes da OTAN, que tenta transformar toda a Europa Oriental em um campo de confronto e em uma base avançada para impor uma derrota estratégica à Rússia, provocaram a forte resposta militar russa — que se manifesta na atual operação militar especial na Ucrânia.

A realidade demonstra claramente que, quanto mais a OTAN tenta transformar as regiões fronteiriças e adjacentes à Rússia em zonas sob seu controle e nelas implantar forças armadas, mais cresce o risco de guerra na região.

Apesar disso, o Ocidente ainda anuncia, sob o rótulo de “força de manutenção da paz”, sua intenção de enviar tropas próprias à Ucrânia.

O Ocidente, enquanto difama a operação militar especial da Rússia — destinada a salvaguardar os interesses de segurança nacional — como uma provocação à paz na Europa, continua fornecendo à Ucrânia diversos tipos de armas e fundos, empurrando-a para a linha de frente do confronto.

Além disso, permite atos terroristas vis e campanhas de destruição indiscriminada contra a Rússia.

Chega até mesmo a fabricar e disseminar boatos de que, se a situação na Ucrânia terminar com a vitória da Rússia, o próximo alvo seriam os países da União Europeia.

Em última análise, a “paz” e a “segurança” que a Europa persegue têm em vista apenas um estado de calmaria obtido à custa da violação da dignidade e da segurança de países que considera hostis, servindo aos seus próprios interesses de hegemonia e dominação.

Essa concepção antiquada e egocêntrica de “paz” e “segurança” não pode provocar outra coisa senão um ciclo vicioso de desconfiança e confronto, resultando inevitavelmente em guerra.

A chamada “Coalizão dos Dispostos”, fabricada pelo Ocidente, é uma entidade de confronto anti-Rússia que nada tem a ver com a paz.

Em março deste ano, o Reino Unido e a França organizaram a criação da “Coalizão dos Dispostos”, composta por países membros da União Europeia e da OTAN.

Todos os integrantes desse grupo são países que consideram a Rússia como inimiga.

O simples fato de o Ocidente ter inventado mais uma ferramenta de confronto demonstra que seu objetivo não é a “paz” e a “segurança”, mas sim o conflito.

Além disso, trata-se de uma tentativa de reunir elementos diversos e colocá-los sob um mesmo rótulo, de modo a dar a impressão de que muitos países apoiam suas injustas ambições de confronto.

Atualmente, essa “aliança” inclui um total de 30 países, abrangendo inclusive alguns da região da Ásia-Pacífico.

Não é por acaso que a mídia justa e imparcial do mundo condena como insensatas essas ações do Ocidente, que, iludido por suas ambições de confronto, perdeu a capacidade de analisar a realidade com sobriedade.

O fato de essa “Coalizão dos Dispostos”, forjada com base em uma mentalidade de confronto herdada da Guerra Fria, falar em “paz” e “segurança” constitui, em si mesmo, uma zombaria da verdadeira paz e segurança.

Jang Chol

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