quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Kim Ok Sun

Kim Ok Sun nasceu em 1920 e desde cedo conheceu a dureza da vida sob o jugo feudal e colonial. Aos nove anos, foi injustamente prometida em casamento a um filho de latifundiário mais velho e doente, numa transação fraudulenta que trouxe momentânea prosperidade material à sua família, mas encheu sua infância de lágrimas. Ainda menina, viveu o peso da miséria e da opressão social, tornando-se símbolo do sofrimento que milhares de crianças coreanas experimentavam naquela época.

Apesar disso, encontrou forças no movimento revolucionário. Estudou na escola do Corpo Infantil em Beidong e, ao lado de Kim Kum Sun, participou do trabalho de esclarecimento popular através do grupo artístico local. Inserida no meio das organizações juvenis de coreanos em Jiandao, integrou-se às fileiras do movimento antijaponês, demonstrando desde cedo que até mesmo os mais jovens podiam assumir responsabilidades na luta. Sua dedicação refletia o espírito da geração que, ainda na infância, se lançou contra a pobreza e a dominação estrangeira.

Com o avanço da guerrilha, Kim Ok Sun foi enviada ao norte da Manchúria, onde atuou junto às unidades revolucionárias e recebeu treinamento militar, incluindo comunicação sem fio. Após a libertação, destacou-se em diversas frentes: combateu espiões e sabotadores em defesa de Pyongyang, ajudou a formar quadros militares na capital e, como Ministra das Pescas, impulsionou colheitas abundantes. Ao longo de sua trajetória, também ocupou cargos importantes, como presidente do Comitê Central da União das Mulheres Democráticas da Coreia e membro do Comitê Central do Partido.

Reconhecida como uma das veteranas da primeira geração revolucionária, Kim Ok Sun foi homenageada em vida com a Ordem Kim Jong Il e uma medalha comemorativa concedida pelo presidente russo Vladimir Putin. Esteve presente em ocasiões de grande significado, como a celebração do 70º aniversário da libertação da pátria. Casada com Choe Kwang, destacado dirigente militar, sua vida combinou lealdade e dedicação revolucionária até seus últimos dias. Ao falecer, em 2016, recebeu do camarada Kim Jong Un uma coroa de flores em sinal de profundo respeito e reconhecimento por sua contribuição à revolução.

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