O aquecimento global, que se agrava a cada dia, está provocando mudanças climáticas extremas. Chuvas torrenciais, calor intenso e tufões ocorrem repentinamente, causando enormes prejuízos.
Em Daca, capital de Bangladesh, somente entre os dias 29 e 30 de maio, foi registrado um volume de chuva de 196 mm em 24 horas. Esse foi o maior volume diário de chuva em maio nos últimos 54 anos. As chuvas torrenciais que caíram durante vários dias alagaram inúmeras ruas e vielas da cidade.
No mesmo período, no Sri Lanka, as chuvas intensas deixaram 19 feridos, mais de 10 mil pessoas foram afetadas e milhares de residências foram danificadas. Na Índia, as chuvas de dois dias provocaram a morte de 18 pessoas em diversos estados e afetaram dezenas de milhares de moradores. Casas foram soterradas por deslizamentos de terra, estradas foram destruídas e escolas ficaram submersas.
Na província de Uíge, no norte de Angola, apesar da estação seca, chuvas fora de época acompanhadas de ventos fortes e granizo caíram por três dias. Houve mortos, o fornecimento de energia elétrica às residências foi interrompido, e hospitais e escolas foram destruídos.
Na província de Badakhshan, no Afeganistão, várias pessoas morreram por causa das enchentes provocadas pelas chuvas, e terras agrícolas, estradas e casas ficaram submersas.
Na província do Cabo Oriental, na África do Sul, dezenas de pessoas morreram por causa das grandes enchentes causadas por chuvas intensas. Muitas pessoas foram deslocadas, 127 escolas e cerca de 20 unidades de saúde foram danificadas.
A partir de 18 de junho, durante vários dias, as chuvas que caíram no norte e noroeste da província de Hunan, na China, foram registradas como extremamente fortes. Em uma localidade do condado de Shangzhi, o volume de chuva chegou a 664,5 mm. O sistema de emergência foi ativado e alertas foram emitidos nas áreas prioritárias. No condado de Longgang, província de Guizhou, a partir de 24 de junho, o nível dos rios subiu rapidamente, provocando danos causados por inundações. Estradas foram alagadas, a infraestrutura de algumas aldeias e vilarejos foi severamente danificada e as comunicações foram interrompidas.
No estado de Himachal Pradesh, na Índia, no dia 25 de junho, enchentes e deslizamentos de terra causados pelas chuvas torrenciais deixaram cinco mortos e muitas pessoas desaparecidas. No mesmo dia, no oeste da ilha de Java, na Indonésia, deslizamentos de terra provocados por chuvas intensas causaram a morte de quatro pessoas.
Na província de Khyber Pakhtunkhwa, no Paquistão, fortes chuvas e tempestades ocorreram no final de junho, causando grandes danos.
Enquanto isso, no Japão, uma onda de calor persistente está provocando vítimas. A agência meteorológica do país informou que a temperatura continua subindo em praticamente todas as regiões.
Nos Estados Unidos, o calor recorde recente tem feito com que o asfalto se dilate repentinamente, provocando o salto de carros em movimento. Esse fenômeno foi observado em cerca de 50 localidades nas regiões Centro-Oeste e Leste do país. A onda de calor antecipada, com temperaturas próximas dos 40 °C por vários dias consecutivos, fez com que pessoas desmaiassem durante eventos ao ar livre em grandes cidades como Nova York e Filadélfia, necessitando de atendimento médico de emergência. Para piorar, ocorreram apagões em algumas áreas, deixando passageiros presos em trens superaquecidos, enfrentando grande sofrimento. A agência meteorológica dos EUA afirmou que o verão no país está 1,3 °C mais quente do que há 50 anos.
Mais da metade da população dos Estados Unidos está sendo afetada pela intensa onda de calor.
Na ilha italiana da Sicília, foi proibido o trabalho ao ar livre durante o dia, quando a temperatura máxima prevista era de 39 °C.
Em Atenas, na Grécia, onde os termômetros chegaram a 40 °C, grandes incêndios florestais eclodiram. As autoridades emitiram ordens de evacuação e fecharam partes das estradas costeiras.
Em uma região do sul da Espanha, a temperatura chegou a atingir 46 °C em determinado momento. A agência meteorológica espanhola emitiu um alerta de emergência. Em Portugal, onde as temperaturas continuam subindo, alertas de risco foram emitidos para cerca de dois terços do território nacional.
Na Sibéria e no Extremo Oriente da Rússia, uma onda de calor tropical, com temperaturas entre 8 °C e 9 °C acima da média, está se prolongando. No sudeste da Sibéria, as temperaturas atingiram 38 °C.
Por outro lado, na França, uma onda de calor fora de época foi seguida por chuvas torrenciais repentinas. Diversas áreas de Paris ficaram alagadas em instantes.
Como se vê, a situação é extremamente grave.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, em 2024 a temperatura média global superou pela primeira vez a marca de 1,5 °C acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial, atingindo 1,55 °C — o limite estipulado pelo Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas há 10 anos.
O ano passado foi registrado como o mais quente da história das observações climáticas, causando prejuízos de 300 bilhões de dólares em todo o mundo.
As previsões indicam que este ano não será menos grave.
Especialistas afirmam que os desastres causados por calor extremo, chuvas intensas, grandes enchentes e elevação do nível do mar estão diretamente ligados ao aquecimento global. Se isso não for contido, a temperatura continuará batendo recordes e os desastres se sucederão.
Foi divulgado que Tuvalu, um país insular do Pacífico, está se tornando o primeiro lugar do mundo onde não será possível viver devido à elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas. Com uma altitude média de apenas 2 metros acima do nível do mar, estima-se que, até 2050, a maior parte do território e das infraestruturas essenciais ficará abaixo da maré média.
No futuro, fenômenos climáticos extremos e desastres imprevisíveis poderão surgir a qualquer momento, em qualquer região e de diversas formas.
A realidade exige urgentemente que a comunidade internacional estabeleça medidas eficazes para superar as graves consequências causadas pelo aquecimento global.
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