Sob a fachada de "fornecer dissuasão expandida", eles estão focados em expandir a presença militar na região, com base em alianças com o Japão e a República da Coreia. Ao mesmo tempo, buscam fortalecer suas relações com aliados da região da Ásia-Pacífico, como Japão, República da Coreia e Austrália, e intensificar suas alianças com países membros da OTAN, enquanto também tentam envolver mais países da região em blocos agressivos existentes, como o QUAD e o AUKUS, para expandi-los ainda mais.
Através do pretexto de "fortalecer alianças", os Estados Unidos estão forçando seus aliados a se alinharem em confrontos, o que tem levado a uma situação de segurança na região da Ásia-Pacífico, cada vez mais próxima de uma grave crise, superando os tempos da Guerra Fria. A estratégia hegemônica dos Estados Unidos na Ásia-Pacífico pode ser essencialmente vista como uma estratégia de fortalecimento de alianças, com o objetivo de garantir a supremacia militar.
O fortalecimento dos blocos militares tornou-se uma das principais táticas dos Estados Unidos para alcançar seus objetivos de dominação. Eles mantêm seu domínio global manipulando blocos militares em várias regiões do mundo, atraindo muitos países para se submeterem aos seus interesses. Após a Segunda Guerra Mundial, blocos militares como a OTAN, CENTO e SEATO foram amplamente formados, e sua fama de instrumentos de invasão, interferência e bastiões contra o socialismo resultaram diretamente da estratégia militar regional dos Estados Unidos.
Após o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos passaram a concentrar sua atenção na região da Ásia-Pacífico, cujas crescentes importância geopolítica e potencial de desenvolvimento se destacam cada vez mais. Em busca de hegemonia regional, os Estados Unidos adotaram várias estratégias, incluindo a Estratégia de Foco na Ásia-Pacífico e a Estratégia de Reequilíbrio na Ásia-Pacífico, e mais recentemente expandiram sua abordagem para uma estratégia mais abrangente para o Indo-Pacífico.
Em fevereiro de 2022, os Estados Unidos divulgaram um relatório sobre a Estratégia para o Indo-Pacífico, no qual afirmaram oficialmente seu compromisso de fortalecer alianças e parcerias na região que vai do Sul da Ásia ao Pacífico, promovendo um "Indo-Pacífico livre e aberto" e ampliando a presença militar na região.
Desde antes, os Estados Unidos já haviam estendido sua influência na região, reunindo países como Austrália e Japão, e manipulando blocos como o QUAD e o AUKUS como ferramentas de confrontação. Por meio dessas alianças, os EUA têm intensificado suas atividades militares sob diversas justificativas, o que tem gerado um aumento constante das tensões na região.
Um artigo publicado pela revista estadunidense "National Interest", intitulado "Os EUA em 2024: Ainda o número um entre as potências?", revela o que os Estados Unidos buscam com sua Estratégia Indo-Pacífico. O artigo afirma que, diante da "ressurgência da competição entre grandes potências", Washington se vê obrigado a reforçar a OTAN e criar uma rede de parcerias militares semelhantes na região do Pacífico. Aponta que, se os EUA desenvolverem a cooperação estratégica com países como Austrália e Japão, isso pode servir como o núcleo de uma nova organização de segurança regional, semelhante à OTAN, o que ajudaria a reforçar o equilíbrio de poder global em favor dos Estados Unidos.
"Como resultado, o conceito de monopólio dos Estados Unidos no sistema internacional provavelmente se transformará em um monopólio de um pequeno grupo com valores compartilhados", aponta.
O que é evidente aqui é que a Estratégia Indo-Pacífico dos Estados Unidos visa fortalecer a aliança militar com seus seguidores e, em última instância, estabelecer uma aliança militar semelhante à OTAN na região da Ásia-Pacífico."
A OTAN é um bloco militar que serve à estratégia de hegemonia dos Estados Unidos na região da Europa. Em 1949, os Estados Unidos criaram a OTAN e atrairam muitos países da Europa Ocidental, para engajá-los em confrontos militares com os países socialistas da Europa Oriental. Após o fim da Guerra Fria, apesar de perder a justificativa para sua existência, a OTAN foi expandida e fortalecida, transformando-se em um vasto bloco militar que engloba não só a Europa Ocidental, mas também a maior parte da Europa Central e Oriental. Sob a liderança dos Estados Unidos, a OTAN se envolveu em vários conflitos, exercendo violência e destruição em várias partes do mundo, e abalando a segurança dos países soberanos e a paz regional, o que gerou críticas globais.
A intenção dos Estados Unidos é criar um bloco militar semelhante à OTAN na região da Ásia-Pacífico, utilizando-o como mais uma ferramenta de guerra. Não se pode ignorar que, nos últimos tempos, os blocos militares liderados pelos Estados Unidos na Ásia-Pacífico passaram a ter uma natureza e caráter mais voltados para alianças nucleares.
Em abril de 2023, os Estados Unidos anunciaram a "Declaração de Washington", baseada na manipulação do "Grupo Consultivo Nuclear EUA-República da Coreia" e na implementação regular de ativos nucleares estratégicos dos EUA na RC, transformando assim a aliança militar com a RC em uma aliança nuclear. Em julho do mesmo ano, durante uma reunião trilateral de autoridades de defesa dos EUA, Japão e RC, foi acordada a institucionalização de um quadro de cooperação trilateral de segurança e a regularização de exercícios militares conjuntos, resultando na transformação da aliança militar trilateral EUA-Japão-RC em uma das mais perigosas alianças nucleares do mundo.
Sob a liderança dos Estados Unidos, as forças da OTAN, como uma potência externa, se uniram a países da região, colaborando em atividades que promovem a ameaça de guerra nuclear. Em agosto do ano passado, os EUA atribuiram o título de membros do Comando das Forças da ONU a países membros importantes da OTAN e os envolveu no exercício "Ulji Freedom Shield", concentrando poder militar nuclear dos EUA na região da Ásia-Pacífico. Não apenas isso, mas a aliança militar anglo-saxônica AUKUS também entrou em operação efetiva, consolidando sua postura como uma aliança nuclear. Dentro do escopo da AUKUS, a Austrália está em processo de adquirir cinco submarinos nucleares da classe "Virginia" até 2035, e há sinais de que países pró-EUA da região, como o Japão, podem se juntar à aliança. A evolução da aliança EUA-Japão-RC para uma aliança nuclear, o avanço militar da OTAN na região, e a expansão contínua do AUKUS e do QUAD, são indicativos alarmantes de que os Estados Unidos estão criando a maior aliança nuclear do mundo na região da Ásia-Pacífico.
A formação de uma versão asiática da OTAN, de acordo com o roteiro dos EUA, está criando um desequilíbrio militar na região e fomentando novas dinâmicas de confronto. A essência da Estratégia do Indo-Pacífico dos Estados Unidos, em resumo, é fortalecer blocos militares na região para suprimir potências emergentes e estabelecer sua hegemonia.
Através da mobilização não só de seus aliados subordinados na região da Ásia-Pacífico, mas também das forças de países seguidores fora da região, os Estados Unidos têm intensificado seus esforços para alcançar uma posição de domínio absoluto, visando garantir sua supremacia sobre os países que buscam a autodeterminação e a independência. As ações dos EUA estão se tornando cada vez mais agressivas.
Atualmente, a configuração de poder na região da Ásia-Pacífico está mudando de forma clara. Muitos países da região estão fortalecendo suas capacidades e rejeitando a pressão e as manipulações externas, direcionando-se para um caminho de desenvolvimento independente. Em particular, a República Popular da Coreia, com base na experiência de décadas de confronto com os Estados Unidos, tem construído por conta própria uma dissuasão nuclear invencível e poderosa, defendendo sua segurança e preservando a paz regional.
Diante das mudanças nas relações de poder na região da Ásia-Pacífico e da falência de sua estratégia hegemônica, os Estados Unidos estão intensificando sua busca por soluções através da criação de uma versão asiática da OTAN e com o aumento da presença de seus vastos ativos nucleares na Península Coreana e nas regiões circundantes, elevando ainda mais suas provocações de guerra nuclear.
Em 2023, por exemplo, os Estados Unidos implantaram um submarino nuclear estratégico de grande porte na República da Coreia pela primeira vez em 40 anos, e levaram bombardeiros nucleares para a região pela primeira vez em 30 anos. Durante duas reuniões do "Grupo Consultivo Nuclear EUA-RC", foram discutidos planos explícitos de uso de armas nucleares contra a nossa República. Além disso, sob o pretexto de "liberdade de navegação", os Estados Unidos intensificaram a presença de navios de combate e aeronaves de combate em áreas sensíveis, como o Mar do Sul da China e o Mar do Leste da China, com o objetivo de aumentar a tensão e exacerbar disputas entre os países da região.
Os EUA também realizaram uma série de exercícios militares conjuntos com nomes como "Ulchi Freedom Shield", "Pacific Dragon", "Resilient Shield" e "Noble Fusion", elevando o risco de confrontos militares a níveis sem precedentes. Em particular, o exercício "Ulji Freedom Shield" de 2023 aumentou significativamente o número de manobras no campo, de 38 para 48, e os cenários se tornaram ainda mais provocativos.
Através da imprudente escalada das tensões militares, impulsionada pelos Estados Unidos e seus seguidores, a região da Ásia-Pacífico está se aproximando cada vez mais de uma nova Guerra Fria, cujas consequências podem ser extremamente perigosas.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa revelou em uma coletiva de imprensa que está se formando uma versão asiática da OTAN, com a aliança EUA-Japão-RC desempenhando um papel central, destacando que os inimigos dessa OTAN asiática são a República Popular Democrática da Coreia, a Rússia e a China. Ele denunciou que os Estados Unidos estão tentando destruir o sistema de segurança existente na região da Ásia-Pacífico, e para isso, deslocaram cerca de 400.000 tropas para a área.
A expansão imprudente das alianças militares lideradas pelos Estados Unidos está criando uma situação extremamente perigosa na Península Coreana e no Leste da Ásia. Este é um desafio grave para a segurança de países como o nosso, bem como para os outros países da região.
A situação atual, inevitavelmente, irá intensificar a polarização na região, com os Estados Unidos e seus aliados de um lado, e os países independentes anti-EUA do outro, exacerbando a rivalidade e a corrida armamentista. Isso criará um novo cenário de confronto, baseado na possibilidade de uma guerra nuclear, empurrando a situação para um impasse ainda mais perigoso.
Un Jong Chol
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