quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Declaração do vice-chanceler Ri Thae Song


O vice-ministro das Relações Exteriores, Ri Thae Song, publicou no dia 23 a seguinte declaração:

Na 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU, voltou a ser citado o assunto de declarar o fim da guerra na Península Coreia.

A declaração do fim da guerra tem um sentido simbólico como manifesto político que anuncia pôr ponto final ao estado de armistício da Península Coreana que persiste por longo período até agora.

Ademais, é evidentemente um problema que deve ser abordado sem falta para avançar no futuro o estabelecimento do sistema de preservação da paz.

Seria desejável que a paz chegasse à Península Coreana quando as partes interessadas celebram uma cerimônia tirando fotos tendo na mão o texto da declaração do fim da guerra sem nenhuma força de restrição legal.

Porém, no cenário atual é prematuro aprovar esse documento.

Todo o mundo sabe bem que tomaram como alvo nosso país todos estes acontecimentos: os lançamentos de prova do ICBM "Minuteman-3", efetuados em fevereiro e agosto deste ano na base aérea Vandenberg do estado da Califórnia no território principal estadunidense, a declaração do término da guia de míssil EUA-Coreia do Sul, publicada de repente em maio, e a autorização da venda de armamentos avaliados em centenas de milhares de dólares ao Japão e Coreia do Sul.

Também estamos tratando com precaução a recente decisão dos EUA de transferir à Austrália a tecnologia de construção de submarino de propulsão nuclear.

Não há nenhuma garantia que uma declaração do fim da guerra, que não passa de um papel, dará passo ao cancelamento da hostilidade à RPDC quando a situação da Península Coreana se aproxima da conjuntura a ponto de explosão.

Não é casual que já tenha saído em uma parte a avaliação, segundo a qual é difícil começar agora mesmo o debate sobre esse tema porque são diferentes os interesses e contas de cada parte.

No fundo de todos os problemas surgidos na Península Coreana há, sem exceção alguma, a política hostil dos EUA à RPDC.

As tropas estadunidenses e suas colossais propriedades sofisticadas de guerra, mobilizadas na terra, mar, ar e águas submarinas da Península Coreana e seu contorno ou no curso de mobilização, e os exercícios de guerra de diferentes títulos, que são realizados todos os anos, demonstram que se torna cada dia mais brutal a referida política.

É também produto da política hostil anticoreana o padrão duplo dos EUA que estigmatiza de "ato provocador" a justa medida da RPDC para incrementar as forças de defesa nacional frente à ameaça militar do primeiro desejoso de ocupar a segunda por via militar e descreve como "ampliação do dissuasivo" o aumento de seus próprios gastos militares e de seus satélites que ameaçam a RPDC.

Enquanto não mudem o ambiente político em torno ao nosso país e a política hostil dos EUA, tampouco haverá alguma mudança ainda que se declare cem vezes o fim da guerra.

Pelo contrário, tal declaração em meio ao fortalecimento contínuo da aliança EUA-Coreia do Sul dará o resultado trágico de destruir o equilíbrio estratégico da região e levar o Norte e o Sul da Coreia à corrida armamentista interminável.

O evidente é que ainda que fosse declarado o fim da guerra, isso não passaria de um anúncio virtual enquanto prossiga a política hostil anticoreana dos EUA, maior obstáculo para esse fim.

Todos os fatos comprovam que não estamos todavia no tempo de declarar a conclusão da guerra.

Há que ver corretamente que esta declaração não ajudará em nada atualmente em estabilizar a situação da Península Coreana e pode ser mal usada como cortina de fumaça que encobre a política hostil dos EUA.

Já expusemos oficialmente nossa posição de que o anúncio do término da guerra não é um "presente" para alguém e pode se converter em um instante em papel molhado segundo a mudança da situação.

O cancelamento da pauta de padrão duplo dos EUA e sua política hostil é a maior prioridade para estabilizar a situação e assegurar a paz na Península Coreana. 

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