terça-feira, 14 de setembro de 2021

A abominável glutonaria do diabo (1)


Geralmente se diz que o vizinho é melhor que um primo que mora longe.

Porém, ao contrário disso, há um país vizinho que gosta de instigar feridas de rancor gravadas com sangue.

É justamente o Japão, país criminoso de guerra que a princípios do século XX arrebatou nosso território pacífico e fértil e submeteu o continente às calamidades da guerra percorrendo todas partes com a abominável glutonaria de diabo.

Como se fazem mais abertos os cínicos comportamentos das autoridades japonesas de justificar e encobrir o crime de escravidão sexual do exército japonês mesmo hoje em dia quando estamos no período da civilização moderna, também este assunto como sempre permanece como assunto pendente e não algo do passado.


O sistema de escravidão sexual estabelecido desde a década de 1920.


Embora tenham seguido incessantemente as guerras de agressão das classes dominantes junto com o curso da história da humanidade, em nenhuma história de guerra houve antecedentes de haver sequestrado centenas de milhares de mulheres como escravas sexuais levando-as aos lugares de guerra.

Tais atos malignos de converter mediante o método da detenção forçada muitas mulheres do mundo, incluso 200.000 coreanas, em escravas sexuais sob o pretexto do “corpo de consolação” são crimes que puderam ser cometidos somente pelos militaristas japoneses que enlouquecidos pela invasão ao continente e pela ambição de dominar o mundo usavam todos os meios e métodos sem distinção.

Segundo os dados, através das consequências do “envio de tropas à Sibéria” em 1918, pelo qual se propagaram enfermidades sexuais devido às desordenadas relações sexuais, o imperialismo japonês se deu conta de que necessitava estabelecer o sistema das “consoladoras do exército” para prevenir a perda da combatividade pelas enfermidades sexuais no cumprimento da guerra prolongada de agressão e começou a colocá-lo em prática.

O imperialismo japonês, que começou a instalar e pôr em funcionamento a “estação de consolo” dentro do “exército imperial” desde a década de 1920, provocou a guerra de agressão ao continente na década de 1930 e institucionalizou o uso das “consoladoras do exército” como indispensáveis “equipamentos de guerra” e as autoridades militares a controlaram, administraram e manejaram diretamente.

Com isso, as “estações de consolo” foram instaladas e operadas em todos os lugares onde se estacionava o “exército imperial” incluindo China, Singapura, Tailândia, Filipinas, Indonésia e ilhas do Mar do Sul, para não falar da Coreia e do próprio território japonês.

Com respeito a isso, se comprovou completamente pelos testemunhos das vítimas de escravidão sexual das décadas de 1920 y 1930 e dos executores da detenção forçada, ademais dos documentos secretos elaborados naqueles tempos e os escritos e testemunhos dos japoneses.

O conteúdo da ordem e notas de precaução das autoridades militares japonesas datadas de 4 de março de 1938 que foram descobertas por um professor da Universidade Chuo em 10 de janeiro de 1992, o telegrama do tempo de guerra datado de 12 de março de 1942, que foi enviado pelo ex-comandante das tropas japonesas estacionadas em Taiwan que demonstra a participação direta do então Primeiro-Ministro japonês Tojo Hideki no estabelecimento das "estações de consolo”, que foi descoberto na Agência de Defesa do Japão (daquele tempo) por um membro do parlamento japonês, os documentos e diários descobertos por um professor da Universidade Showa do Japão, o testemunho de um oficial de abastecimento do Estado-Maior do Exército Kwantung que estão em um livro intitulado “Consoladoras do exército” escrito por um japonês e um artigo que foi escrito por uma japonesa no número de setembro de 1992 da revista “Sekai”.

No que implicam estes exemplos típicos?

Estes exemplos demonstram que o recrutamento das “consoladoras” não foi um ato “voluntário” de civis, mas um recrutamento forçado e sequestro segundo as ordens do governo japonês e da autoridades militares, e que a política japonesa foi tomar as mulheres coreanas como principais alvos para completar os números requeridos.

Os imperialistas japoneses recrutaram as mulheres coreanas por algumas razões. Já que a Coreia era uma colônia japonesa, o Japão não teria que gastar dinheiro e poderia levar muitas mulheres que estavam em condição de escravas. Ademais, eles poderiam prevenir enfermidades venéreas e proteger segredos militares. E, por fim, combinariam tudo isso com a política de extermínio da nação coreana surtindo efeito de cumprir dois objetivos ao mesmo tempo.

Cha Hye Kyong, investigadora do Instituto de Estudo sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia.

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