terça-feira, 4 de novembro de 2025

Rússia concentra esforços contínuos no fortalecimento da defesa nacional

22 de outubro — Na Rússia foi realizado um exercício das forças nucleares estratégicas. Foi reportado como um treino envolvendo os elementos terrestres, navais e aéreos das forças nucleares estratégicas.

O presidente Vladimir Putin dirigiu o exercício por videoconferência desde o centro de situação do Kremlin.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa informou ao presidente que, através deste exercício, seriam assimiladas as normas de ação relacionadas à autorização de emprego de armas nucleares, que se realizariam lançamentos do míssil balístico intercontinental "Yars", exercícios práticos com o submarino estratégico de mísseis balísticos "Bryansk" e com o bombardeiro estratégico "Tu-95MS".

Do cosmódromo de Plesetsk foi lançado um míssil balístico intercontinental em direção ao campo de provas de Kura, na península de Kamchatka. Além disso, um submarino estratégico lançou mísseis balísticos na área do mar de Barents, e bombardeiros da aviação de longo alcance dispararam mísseis de cruzeiro em configuração de combate aéreo.

No exercício foram verificados o nível de prontidão dos órgãos de direção militar e a capacidade dos comandantes operacionais de organizar o comando de suas unidades. Segundo os informes, todas as tarefas do exercício foram plenamente alcançadas.

Alguns dias depois, o presidente Putin, na reunião que manteve com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e com os comandantes dos agrupamentos militares mobilizados para operações militares especiais, destacou que, durante o exercício, foram testados armamentos promissores e que o treino confirmou a confiabilidade do escudo nuclear da Rússia. Afirmou ainda que as forças nucleares estratégicas podem garantir plenamente a segurança da Federação Russa e dos países aliados.

18 de outubro — O vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, Medvedev, visitou o campo de provas Kapustin Yar, na região de Astracã, e estudou os trabalhos para aumentar a precisão e o alcance de aplicação de armamentos de ataque de alta precisão produzidos no país.

No campo de provas estavam expostos vários tipos de sistemas de defesa antiaérea e diversos armamentos, inclusive veículos aéreos não tripulados interceptores.

Medvedev enfatizou que é necessário continuar os trabalhos para aumentar a precisão e o alcance de aplicação dos armamentos de ataque de alta precisão produzidos internamente, e que isso garantirá novas possibilidades de destruir unidades das forças ucranianas, inclusive alvos em profundidade na Ucrânia.

Nesse dia também foram discutidos problemas relativos ao desenvolvimento das forças antiaéreas e ao enfrentamento dos drones ucranianos.

Por trás do fato de a Rússia realizar exercícios militares e investir no desenvolvimento de armas defensivas e ofensivas está o inquietante movimento militar da OTAN.

De 13 a 24 de outubro, a OTAN realizou o exercício de guerra “Steadfast Noon” sob o rótulo de “anual”, simulando o uso de armas nucleares. Participaram 71 caças de 14 países-membros da OTAN, e bases militares da Bélgica, Reino Unido, Dinamarca e Países Baixos foram utilizadas.

Os Estados Unidos forneceram para o exercício caças "F-35" capazes de transportar armamentos convencionais ou nucleares, aviões de reabastecimento aéreo e outras aeronaves de apoio, enquanto Finlândia e Polônia também enviaram caças. A imprensa estrangeira informou que, durante o exercício, bombardeiros e caças capazes de transportar ogivas nucleares decolaram das pistas.

Na “Declaração da Cúpula de Washington” publicada em julho do ano passado, a OTAN afirmou que “enquanto existirem armas nucleares, a OTAN permanecerá uma aliança nuclear”. Consequentemente, revela cada vez mais abertamente sua verdadeira face como entidade de confronto, que tenta subjugar pela força a Rússia, um país detentor de armas nucleares.

Nos esforços da Rússia para fortalecer sua defesa nacional está refletida a posição de jamais tolerar a ambição da OTAN por um confronto nuclear.

Pak Jin Hyang

Nenhum comentário:

Postar um comentário