Recordando a história de 80 anos do "Joson Sinbo"
O estimado camarada Kim Jong Un disse:
“No coração do capitalismo, empunhando bem alto a bandeira da República e exibindo o indomável espírito e a vigorosa dignidade da Coreia, a Chongryon, desde a sua fundação até hoje, caminhou compartilhando o destino com a pátria-mãe e deixou profundas marcas na história.”
Exemplar brilhante da imprensa dos compatriotas no exterior, porta-estandarte e trombeta do movimento dos coreanos residentes no Japão, e apoiador confiável dos funcionários da Chongryon…
Assim o povo da pátria e os compatriotas residentes no Japão, repletos de afeto, se referem ao "Joson Sinbo", órgão do Comitê Permanente Central da Chongryon.
Há pouco, os funcionários da Chongryon e os compatriotas residentes no Japão celebraram de forma significativa o 80º aniversário de fundação do "Joson Sinbo". Recordaram, com profunda emoção, o brilhante percurso em que, sob o carinho e solicitude dos grandes líderes, registrou a história vitoriosa do movimento patriótico, e a trajetória honrosa com que impulsionou o vigoroso avanço do movimento dos coreanos residentes no Japão.
E visualizaram o futuro: o promissor destino da Chongryon, que se fortalecerá juntamente com a pátria próspera e poderosa, e o auspicioso porvir do "Joson Sinbo".
* *
Com a libertação da pátria, a primeira coisa que os compatriotas residentes no Japão fizeram foi abrir escolas e publicar um jornal. Já em setembro daquele ano, surgiram várias escolas, dentre as quais a Escola Primária Coreana de Nagoya e a Escola Primária e Secundária Coreana nº 4 de Tóquio. No começo de outubro, foi fundado o "Minjung Sinmun", precursor do Choson Sinbo. Tamanha era a aspiração dos compatriotas em voltar a ensinar a língua e a escrita coreanas, que haviam sido usurpadas, a seus filhos, e possuir seu próprio jornal.
Diz-se, desde tempos antigos, que “o início é metade do caminho”, mas a publicação de um jornal não era tão fácil quanto se dizia. Naquele momento, quase não havia, entre os compatriotas, pessoas com experiência em redigir artigos jornalísticos — ou seja, capazes de atuar como jornalistas. Também havia problemas de fundos e materiais. O mais difícil era que, no Japão, era absolutamente impossível obter caracteres tipográficos coreanos. Por essa razão, durante vários meses após a fundação, não restou alternativa senão imprimir o jornal com mimeógrafo.
Além disso, as forças reacionárias dos EUA e do Japão lançaram-se em todo tipo de manobras vis e desprezíveis para eliminar, já em seu berço, o jornal recém-nascido dos coreanos residentes no Japão.
Mesmo diante de tais condições difíceis, os jornalistas nessa terra estrangeira infundiram nos compatriotas uma grande dose de orgulho e autoestima, e estimularam com vigor a luta pela defesa de seus direitos, transmitindo com rapidez e elevada dignidade a comovente notícia do retorno ao país do grande patriota e lendário herói antijaponês, o camarada Kim Il Sung, bem como o fervoroso ímpeto do povo da pátria que se lançara à construção da nova Coreia democrática. Graças à sua atuação, o sentimento de admiração pelo grande líder e o anseio de compartilhar alegrias e sofrimentos com o povo da pátria transbordaram na comunidade dos compatriotas.
Após a fundação da gloriosa pátria — a República Popular Democrática da Coreia — as forças reacionárias dos EUA e do Japão proibiram, de forma indiscriminada, o uso oficial do emblema e da bandeira nacionais, bem como sua difusão e explicação. Nesse momento, o "Joson Sinbo" colocou-se decididamente na vanguarda da luta pela publicação de artigos sobre a República. Para os coreanos residentes no Japão, o jornal era um encorajador que lhes infundia confiança na vitória e um amigo que lhes fornecia alimento espiritual.
A fase inicial do movimento dos coreanos residentes no Japão foi verdadeiramente árdua.
Às vésperas da provocação da Guerra da Coreia, os imperialistas estadunidenses cometeram o ultraje de dissolver à força a União dos Coreanos Residentes no Japão (Choryon) e a União Democrática da Juventude Coreana no Japão, proibindo a atividade política de inúmeros funcionários. O "Joson Sinbo" assumiu não apenas o papel de órgão de propaganda e educação do movimento dos coreanos residentes no Japão, como também o papel de organizador e mobilizador.
Os imperialistas estadunidenses acabaram por provocar a Guerra da Coreia. Uma severa provação abateu-se sobre a pátria. Nesse período rigoroso, o "Joson Sinbo" noticiou prontamente o conteúdo do histórico discurso radiofônico do grande Líder camarada Kim Il Sung — “Todas as forças para a vitória na guerra” — e transmitiu os brilhantes feitos do heróico Exército Popular da Coreia. Ao tomar conhecimento, através do "Joson Sinbo", das notícias da luta do povo da pátria, os coreanos residentes no Japão levantaram-se como um só para a luta de defesa da pátria.
As forças reacionárias dos EUA e do Japão, tomadas de ódio, forçaram a suspensão do jornal menos de dois meses após o início da Guerra da Coreia. Os jornalistas, indignados, deixaram de lado a caneta e empunharam o microfone da resistência, saindo às ruas para travar intensas lutas. Após dois anos, o jornal foi restabelecido.
Se já havia sido difícil na época da criação, logo após a libertação, ainda mais difícil foi a restauração. Quando os inimigos forçaram o fechamento, destruíram completamente e saquearam todos os equipamentos de impressão, tornando inevitável providenciar tudo de novo. Dentre todas as dificuldades, a mais difícil era justamente a dos caracteres tipográficos coreanos.
Virando noites esculpindo caracteres tipográficos em madeira e montando a composição tipográfica, às vezes deixando de comer, os olhos dos membros da redação do jornal ficaram vermelhos de exaustão.
“Ah, se ao menos tivéssemos caracteres tipográficos!”
Todos estavam tomados por esse pensamento.
Quem poderia imaginar que, em março de 1953 — naquele período rigoroso em que a guerra ainda decorria ferozmente — o grande Líder camarada Kim Il Sung enviaria caracteres tipográficos coreanos ao "Joson Sinbo" ?
Quando abriram a caixa enviada pela pátria, ecoou entre os jornalistas e editores um grito de admiração: “Ah!” Dentro, encontravam-se numerosos caracteres tipográficos da escrita coreana, de variadas categorias, reluzindo, meticulosamente embalados.
Tomados por tamanha alegria, todos se abraçaram sem saber o que fazer. Nos olhos daquelas pessoas fortes, que jamais haviam derramado lágrimas mesmo diante de dificuldades e desafios acumulados, brotaram gotas ardentes.
Os caracteres tipográficos coreanos enviados de tão longe, pela calorosa mão paternal do grande Líder, eram um manancial de vida e amor, mais precioso que milhares de ouro.
No coração de cada jornalista vivendo em terra estrangeira, brotou a firme determinação de esmagar a brutal repressão e as ofensivas reacionárias dos inimigos com essa poderosa arma patriótica — esses caracteres tipográficos que eram balas de destruição do inimigo.
Um compatriota que mais tarde se tornou um dos principais funcionários do "Joson Sinbo" recordou da seguinte forma seus sentimentos daquela época:
“Não escrevíamos com a caneta, e sim com a alma. Infundíamos em cada palavra o juramento de servir com lealdade, de forma imutável, ao grande General Kim Il Sung.”
Em um período difícil, de fortes convulsões no movimento dos coreanos residentes no Japão, os jornalistas e editores do "Joson Sinbo" contribuíram enormemente para a criação da Chongryon — a organização de compatriotas no exterior baseada no Juche — ao defender com firmeza e divulgar amplamente a orientação de mudança de linha apresentada pelo grande Líder.
Após a fundação da Chongryon, o "Joson Sinbo" publicou um artigo de elevado teor que dizia:
“Agora, finalmente, nós nos colocamos, de forma inabalável, sobre a grandiosa linha geral de vitória trilhada por todo o povo coreano.
Ao realizarem com êxito a Conferência Geral da Chongryon, os coreanos residentes no Japão conquistaram uma grande vitória já em seu primeiro empreendimento para retribuir à gloriosa pátria — a República Popular Democrática da Coreia — e ao Líder, por seus cuidados.
Esta é uma honra e mais uma vitória que somente nós, que servimos a pátria avançada e o sábio Líder, o Marechal Kim Il Sung, podemos alcançar. (…)
Com a fundação da Chongryon, o "Joson Sinbo" entrou em um novo caminho de desenvolvimento, como órgão do Comitê Permanente Central da Chongryon.
O "Joson Sinbo" assumiu firmemente como eixo principal explicar e difundir amplamente os feitos imortais de direção e a grandeza dos grandes homens sem igual, desempenhando um papel importante no estabelecimento do sistema de ideia e direção do Juche dentro da organização da Chongryon. Também cumpriu o dever e o papel de porta-voz dos interesses e da vontade da Chongryon e dos coreanos residentes no Japão, bem como de propagandista, educador e organizador coletivo da Chongryon. Travou energicamente a luta para defender firmemente a pátria socialista, salvaguardar os direitos dos coreanos residentes no Japão e fortalecer a solidariedade internacional com os povos progressistas do mundo.
O grande Líder e o grande General, mesmo estando tão ocupados ao dirigir a revolução e a construção, acompanharam atentamente os trabalhos do "Joson Sinbo" e concederam sua imensa benevolência e amor.
Certa vez, em um ensolarado dia de primavera, um funcionário do "Joson Sinbo", que estava na pátria como chefe da delegação de jornalistas dos coreanos residentes no Japão, recebeu uma honra inesperada: foi convidado para participar de um banquete de Estado oferecido pelo grande Líder a um chefe de Estado estrangeiro. Era um banquete com apenas alguns altos funcionários da pátria, e ele mal conseguia conter a emoção diante do fato de o grande Líder ter chamado um simples jornalista da Chongryon para tal ocasião.
Naquele dia, o grande Líder, ao brindar com os participantes, reconheceu-o e, apresentando-o ao chefe de Estado estrangeiro, disse que ele era o chefe da delegação de jornalistas da Chongryon e nosso companheiro de revolução.
Naquele instante, ele sentiu seus ombros estremecerem — tal era a comoção diante da grande confiança do Líder nos jornalistas que trabalhavam em terra estrangeira.
Os jornalistas e editores do "Joson Sinbo", ao tomarem conhecimento deste fato tão comovente, não contiveram as lágrimas que lhes umedeceram as lapelas.
Em certa ocasião, o grande General ensinou com insistência aos funcionários da Chongryon:
“Camaradas, vocês devem ter lido o romance 'A Mãe', de Górki. Embora ali não haja uma única palavra sobre ‘revolução’, ao terminar a leitura nasce em nós a determinação de realizá-la. O 'Joson Sinbo' também deve falar de modo que corresponda aos sentimentos e gostos das pessoas, de forma que, ao lerem o 'Joson Sinbo', elas mesmas encontrem a verdade. (…)”
As suas nobres orientações — como editar o jornal de forma variada e em maior volume, considerando o nível de preparo dos compatriotas, e romper com métodos de edição monótonos, tornando-o mais vivo e acessível — tornaram-se um farol luminoso que permitiu ao "Joson Sinbo" seguir fortalecendo-se e desenvolvendo-se continuamente como um jornal querido pelas massas dos compatriotas.
O estimado camarada Secretário-Geral orienta passo a passo para que o "Joson Sinbo" cumpra plenamente o papel de poderoso e abrangente meio de cobertura jornalística, propaganda e educação ideológica que impulsiona a causa patriótica da Chongryon. Por ocasião do 80º aniversário de fundação do "Joson Sinbo", ao conceder o título honorífico de Jornalista de Mérito e distinções estatais a seus funcionários, jornalistas e editores com méritos, e até providenciar a emissão de um selo comemorativo, está profundamente presente a atenção e benevolência particular do estimado camarada Secretário-Geral para com os jornalistas da Chongryon.
Sob esse ardente amor e sábia direção, o "Joson Sinbo" pôde tornar-se uma arma político-ideológica que contribui ativamente para o fortalecimento e desenvolvimento da causa patriótica da Chongryon, bem como um companheiro fiel de luta e de vida para os coreanos residentes no Japão.
Há alguns anos, um idoso compatriota residente na prefeitura de Miyagi enviou uma carta ao "Joson Sinbo". Havia trabalhado por muitos anos na Escola Primária e Secundária Coreana da Região de Tohoku da Chongryon. Ele escreveu que, ao encontrar nos artigos e fotografias publicados no "Joson Sinbo" os nomes e imagens de seus antigos alunos — que haviam se tornado destacados funcionários da Chongryon ou renomados artistas — exclamara de alegria mais de uma vez. Disse que esses eram seus momentos de maior felicidade. Confessou que, graças ao "Joson Sinbo", que transmite rápida e carinhosamente as notícias das ferventes atividades patrióticas da comunidade de compatriotas em várias regiões, os reencontros entre professor e alunos continuavam, e que “o nosso jornal é o melhor”.
“Só ao ler o 'Joson Sinbo' podemos saber como a organização da Chongryon está se movendo e que tipo de trabalho devemos realizar. Sem o 'Joson Sinbo', não podemos abrir a porta do coração dos compatriotas. É o 'Joson Sinbo' a arma que reforça a convicção de que temos uma grande pátria e faz sentir a força da organização da Chongryon.” (…)
São vozes sinceras e elogiosas que ecoam entre os compatriotas.
Ao longo dos 80 anos desde sua fundação até hoje, derrotando todos os tipos de manobras destrutivas e de repressão brutal dos elementos reacionários, e impulsionando vigorosamente o avanço vitorioso do movimento dos coreanos residentes no Japão, o "Joson Sinbo" conquistou profundo amor e confiança dos funcionários da Chongryon e dos compatriotas residentes no Japão.
Transmitindo notícias da querida pátria e, ao mesmo tempo, o pulsar das organizações da Chongryon e da sociedade dos compatriotas que se lançam para abrir uma nova era de esplendor no movimento dos coreanos residentes no Japão, cada linha e cada fotografia do "Joson Sinbo" serve como fiel companheiro espiritual dos compatriotas.
Os jornalistas do "Joson Sinbo" residentes permanentemente em Pyongyang percorrem todas as partes da pátria, fervilhando de criação e construção, e registram em textos e fotos o vigoroso quadro de luta do nosso povo. Os artigos e fotografias que transmitem apresentam a verdadeira imagem da Coreia Juche não apenas aos compatriotas no Japão, mas também ao povo japonês e aos povos de vários países do mundo.
Vários artigos publicados no "Joson Sinbo" têm exercido considerável influência também na sociedade internacional. Muitos órgãos de imprensa de diferentes países os citam extensivamente.
O "Joson Sinbo" recebeu a Ordem Kim Il Sung, a mais alta condecoração da nossa República, e o jornal recebeu a Ordem da Bandeira Nacional de 1ª Classe. Muitos de seus funcionários, jornalistas e editores cresceram e se tornaram laureados com o Prêmio Kim Il Sung, Heróis do Trabalho, Jornalistas do Povo e Jornalistas de Mérito.
Fundado sob o título de "Minjung Sinmun", passando por "Haebang Sinmun" e "Joson Minbo" até se chamar "Joson Sinbo", o jornal mudou várias vezes de nome, mas seu caráter e conteúdo patrióticos permaneceram inalterados.
Hoje, todos os funcionários, jornalistas e editores do "Joson Sinbo" reforçam sua firme determinação de, herdando o espírito e a tradição da geração fundadora, escrever com orgulho uma nova história de imprensa patriótica dos coreanos no exterior na nova era de Kim Jong Un. Estão cheios da resolução de cumprir a sagrada missão e o papel na preparação da plataforma de salto para abrir um novo período de apogeu do movimento dos coreanos residentes no Japão.
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No mundo de hoje, é incalculável o número de publicações e materiais de imprensa. Entre eles, não são poucos os que representam os direitos e interesses dos compatriotas no exterior.
No entanto, em nenhum outro lugar existe um meio de imprensa de compatriotas no exterior tão poderoso e prestigiado, que sirva à sua pátria de forma tão sincera e tão leal, como o "Joson Sinbo".
Ho Yong Min

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