Zhang Shou-jian

Zhang Shou-jian, também conhecido como Li Zhaolin, nasceu no condado de Liaoyang, província de Liaoning. Após o Incidente de Mukden, ingressou no Movimento de Salvação Nacional Antijaponês em Pequim e depois voltou à sua região natal para organizar voluntários contra a ocupação. Em 1932, entrou para a União da Juventude e, ainda no mesmo ano, para o Partido Comunista da China, engajando-se no movimento operário da mina de carvão de Benxi. No final de 1932, após a derrota das forças voluntárias, transferiu-se para Harbin, onde dirigiu as ações militares da organização local do partido. Em 1933, passou a comandar forças guerrilheiras em Zhuhe ao lado de Zhao Shangzhi, assumindo em seguida cargos políticos de destaque na luta armada do Exército Unido Antijaponês do Nordeste. Junto de Zhao Shangzhi e Li Yanlu, realizou incursões bem-sucedidas, chegando a ocupar temporariamente Linkou e a estabelecer a base guerrilheira de Tangyuan no baixo rio Songhua. Em maio de 1939, assumiu o comando do 3º Exército de Rota, conduzindo a guerra de guerrilhas no planalto de Songnen, com operações em Nehe, Keshan e Zhaoyuan.

Com a intensificação da repressão japonesa, em novembro de 1941 Zhang retirou-se para a União Soviética, onde continuou a luta em cooperação estreita com o Exército Vermelho, atuando também como importante quadro político na 88ª Brigada Independente. Recordado como camarada modesto e devotado, era conhecido por destacar os méritos de seus companheiros e assumir de imediato as tarefas mais difíceis. Avaliado pelo Comintern como excelente organizador e líder criativo, também deixou sua marca cultural ao compor o “Canto do Bivaque”, cantado pelos guerrilheiros da Manchúria. Após a derrota do Japão em 1945, regressou ao nordeste da China com o Exército Vermelho soviético e assumiu funções centrais na reconstrução: vice-comandante do quartel-general de Harbin, secretário do partido da região do Songhua, vice-presidente da província de Binjiang e presidente da Associação de Amizade Sino-Soviética. Em 9 de março de 1946, foi assassinado por agentes do Kuomintang em Harbin, encerrando de forma trágica a trajetória de um dos principais comandantes do Exército Unido Antijaponês do Nordeste.