terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Com o que se protege a verdadeira democracia?


Como já foi reportado, os Estados Unidos planeja convocar a “Cúpula Mundial para a Democracia” de 9 a 10 de dezembro, e incluiu figuras taiwanesas na "lista de participantes”.

Em relação a isso, recentemente o Ministro das Relações Exteriores da China, em um videoconferência com seu homólogo húngaro, apontou que o fato de que os Estados Unidos assegurou abertamente um cenário internacional às forças “independentistas de Taiwan” mesmo depois de haver dito que não apoia a “independência de Taiwan”, só demonstra que suas palavras não têm credibilidade, e expressou que Taiwan não é uma peça de xadrez nas mãos dos Estados Unidos, mas uma parte do sagrado território da China.

Ele continuou que a democracia não é um instrumento político que os Estados Unidos possa manejar ao seu modo, mas um valor comum pelo qual todos países procuram, e enfatizou que o mundo não deveria dividir-se ou confrontar-se, mas se unir e cooperar.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China e o embaixador chinês nos Estados Unidos criticaram como segue.

O próprio fato de que os Estados Unidos tenta tomar a “democracia” um instrumento geopolítico para promover sua estratégia global constitui a maior destruição ao valor da democracia. A “Cúpula Mundial para a Democracia” patrocinada pelos Estados Unidos é uma expressão do típico modo de pensar da Guerra Fria que fabrica uma nova divisão.

É totalmente absurdo que os Estados Unidos, um país que se dedica às agressões, intervenções e atrocidades de massacre em todos lugares do mundo, tenha definido “oposição à ditadura, combate à corrupção e respeito aos direitos humanos.” como os temas principais da “Cúpula Mundial para a Democracia” como se fosse o representante da justiça.

O fato de que atualmente os choques e conflitos entre tribos e nações não param de ocorrer em vários países é uma consequência acarretada pelas intervenções dos Estados Unidos que tem estendidas suas garras de agressão nestes países sob o rótulo falso de “democracia”.

Como demonstra a situação do Iraque em 2003, os Estados Unidos ocupou aquele país com as forças armadas sob o pretexto de que asseguraria "liberdade" e “democracia” ao povo iraquiano quando seu outro pretexto de “eliminar as armas de destruição massiva” para invadir o Iraque perdeu a validez.

E após ocupar o Iraque disse que permaneceria até que se estabelecesse a “ordem democrática” e que o povo desse país gozaria de “liberdade” e se autodenominou como “guardião da paz” e “representante do mundo livre”.

Todavia, a única coisa que os EUA fez no Iraque em nome da “preservação da estabilidade” e “estabelecimento da ordem democrática” foi esmagar a justa luta do povo daquele país pela independência anti-EUA intitulando-a de  “ação violenta” e “ato terrorista” e torturou e assassinou selvagemente os habitantes pacíficos.

Como se isso não bastasse, os EUA provocou a "revolução colorida" no Oriente Médio e mudou os governos de vários países como Tunísia, Egito e Iémen e, em 2011, devastou a Líbia mobilizando as forças da OTAN.

Em consequência, a paz na região do Oriente Médio foi destruída por completo e o povo caiu profundamente na cruel calamidade da guerra civil.

Disso tiramos a lição de que a ilusão sobre “a democracia ao estilo estadunidense” é o caminho à autodestruição e que com uma força débil não se pode defender a soberania do país e a dignidade da nação no mundo de hoje onde ocorrem de modo violento as coações e arbitrariedades dos imperialistas.

Por isso o jornal chinês “Global Times” enfatizou em seu comentário que o fato de que as autoridades de Taiwan foram convidadas à “Cúpula Mundial para a Democracia” constitui uma provocação contra a China, que se Pequim envia os aviões ou navios de guerra e os faz atravessar o céu de Taiwan ou chocar contra o navio de guerra estadunidense estas medidas receberão apoio absoluto do povo chinês e assim demonstrou claramente a vontade de defender a soberania do Estado e a integridade territorial mediante as potentes forças físicas.

Os povos progressistas do mundo devem observar corretamente a severa realidade de hoje em que o que tem força débil não tem outro meio que ser vítima dos poderosos e devem dedicar os esforços primordiais ao fortalecimento das forças nacionais pela preservação da justiça internacional.

Kim Il Chol, investigador da Associação de Estudo Político Internacional.

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