quarta-feira, 3 de novembro de 2021

ACNC comenta o aumento de gastos militares no Japão


O Japão tenta aumentar para mais do dobro os atuais gastos militares.

Recentemente, um governante do Partido Democrático Liberal enumerou como promessa de eleições gerais da Câmara dos Representantes da Dieta o incremento do potencial defensivo, a definição da nova estratégia de segurança nacional e outros.

Nessa ocasião, anunciou que "aspira a aumentar os gastos militares tomando em conta até mais de 2% do produto interno bruto (GDP em inglês)" que se matinha até agora dentro de 1 por cento.

Não é difícil de imaginar a enorme dimensão desses fundos se o vincula com o fato de que o Ministério da Defesa do Japão já decidiu fixar em 5.479.700 milhões ¥, cifra recorde da história, como orçamento de defesa para o ano que vem.

O Japão, um dos países que desembolsam mais gastos militares no mundo, pretende ser agora o campeão em aumentá-los.

Em seu editorial publicado recentemente, Tokyo Shimbun expressou preocupação estimando que "quando o incremento de forças defensivas ultrapassa a esfera permitida pelo Artigo IX da Constituição, pode cair no 'dilema de segurança´ de fazer instável a situação ao acelerar a corrida armamentista regional. Há que evitar tal situação".

Em uma conferência realizada em 27 de outubro em Tóquio, o ex-Primeiro-Ministro Fukuda avaliou a promessa eleitoral do PDL de aumentar os "gastos de defesa" tomando em conta a China e outros como segue: "se o país vizinho é inimigo, o Japão não pode se defender ainda que faça ingentes esforços. É necessário não buscar um inimigo".

O aumento de gastos militares, que passará sem falta o melhoramento da capacidade executar guerra das "Forças de Autodefesa", provocará a preocupação e hostilidade da sociedade internacional ao Japão, país criminoso de guerra, e impulsionará a corrida armamentista regional agravando a situação.

Na realidade, o exercício militar de grande envergadura, que s realiza agora incorporando todas as unidades das "Forças Terrestres de Autodefesa" pela primeira vez em várias décadas sob o pretexto do "ambiente de segurança mais severo que nunca", produz uma séria preocupação e críticas dos países regionais.

No âmbito interno, o Japão contraiu até finais do ano passado uma dívida de 1.216.463.400 milhões de ienes no final do ano passado, o que significa que todos os japoneses têm uma dívida de cerca de 9,7 milhões de ienes.

Para piorar, a pandemia mundial deixa em bancarrota muitas empresas e gera o crescimento brusco do número de desempregados. Nestas circunstâncias, os cidadãos são obrigados a pagar muito mais impostos para cobrir os fabulosos gastos militares que crescerão mais do dobro.

A conduta dos reacionários japoneses, que marcham a galopes ao militarismo ignorando as condiciones de vida da população, faz recordar a época imperial em que pretendiam estabelecer a "esfera de coprosperidade da grande Ásia Oriental" saqueando o povo japonês e os coloniais e desperdiçando todos os recursos públicos.

O aumento de gastos militares não pode ser nunca a via de defesa da paz, segurança e desenvolvimento do Japão.

O país insular deve abster-se de sua imprudente tentativa que o conduzirá à autodestruição.

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