quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Desafio frontal aos esforços para proteger o ecossistema: comentário da ACNC


Recentemente, o comitê de regulação de energia atômica do Japão confessou que veio estabelecendo erroneamente o valor mínimo limite de substâncias radioativas durante a análise dos últimos anos das águas marítimas periféricas da central nuclear de Fukushima.

Assim foi revelado que a situação de contaminação radioativa nessa zona não coincide com os dados de análise publicados pelo governo e que é muito mais grave que o conhecido.

As autoridades japonesas causaram críticas de diversos setores ao declarar inocência aos acusados no julgamento dos membros da anterior equipe administradora da central que não tomaram as medidas preventivas embora estivessem cientes da chegada do tsunami.

Este fato é um exemplo evidente da atitude antipopular do governo japonês que menospreza a vida e segurança de sua população.

Anteriormente, o Japão falava que "foram resolvidos completamente" todos os problemas enquanto ao acidente da central de Fukushima prometendo que as águas contaminadas com substâncias radioativas, de que está consternada a sociedade internacional, "não têm nenhum problema porque são de baixa densidade".

Todavia, a zona periférica da central se encontra gravemente contaminada e dezenas de milhares de refugiados vivem incomodamente nos campos de evacuação como resultado da destruição do ecossistema. E aumenta o número de pacientes com câncer entre os que regressaram à terra-natal por não poder suportar a vida em refúgio.

Se as autoridades japonesas estivessem realmente interessadas na vida e segurança de seu povo, haveriam concedido grande importância a esse fato e procedido com seriedade na medição de substâncias radioativas.

Porém, os politiqueiros só disseram a verdade à essa altura quando se faz impossível ocultar o fato.

Em vez de pedir desculpas ao povo, se apressam para encobrir seus delitos dizendo que ocorreu tal erro por não haver sido entregue corretamente o regulamento de análise durante a mudança das entidades analíticas em maio do ano passado.

Como se não bastasse, seguem descrevendo como "limpas" as águas contaminadas e divulgam a posição de não adiar sua emissão ao mar.

Não há garantia de que não se repetirá na medição de águas contaminadas de sustâncias nucleares o erro causado pelo estabelecimento errôneo do valor mínimo limite.

Se as águas contaminadas são despejadas nas costas de Fukushima com forte corrente marítima, as substâncias radioativas se espalharão para as zonas marítimas de todo o mundo dentro de alguns anos.

O Japão voltou a declarar sua posição de jogar no mar as águas contaminadas no momento atual em que aumenta a preocupação da sociedade internacional. Assim eles desafiam frontalmente os esforços da humanidade por um ambiente ecológico limpo.

A emissão de águas radioativas é um crime que causa aberta e intencionalmente o desastre nuclear à humanidade.

As autoridades japonesas devem parar agora mesmo com seu ato cínico de prejudicar a vida de seus habitantes, destruir o meio ambiente da Terra e sacrificar a humanidade para satisfazer seus fins egoístas.

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