segunda-feira, 10 de novembro de 2025

A elevação do nível do mar anuncia um grande desastre

Há pouco tempo, segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores utilizando tecnologia de inteligência artificial, caso as emissões de dióxido de carbono não sejam drasticamente reduzidas ou os quebra-mares costeiros não sejam reforçados, a partir de 2050 mais de 300 milhões de pessoas sofrerão, pelo menos uma vez ao ano, grandes danos causados por inundações.

Esse número é muito superior aos mais de 80 milhões estimados anteriormente. Um dos pesquisadores afirmou que os resultados desta pesquisa causaram grande choque por diferirem enormemente dos dados divulgados antes, expressando preocupação ao dizer: “Os dados desta avaliação mostram que, devido às mudanças climáticas, não apenas cidades e linhas costeiras, mas a fisionomia de uma região inteira poderá mudar durante a vida de nossa geração.”

Segundo os pesquisadores, a região onde se espera ocorrerem as maiores mudanças é a Ásia.

A Indonésia está sentindo esse perigo. O país prevê que, por volta de 2050, mais de 1.500 ilhas serão submersas. Com isso, cerca de 23 milhões de pessoas ficarão expostas ao risco.

Os pesquisadores afirmaram que os resultados do estudo podem estar subestimados, pois partem do pressuposto de que os países cumprirão o acordo de redução de emissões de dióxido de carbono estabelecido no Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Disseram ainda que, caso os países não cumpram o acordo e ocorra o pior cenário, até 2100 cerca de 640 milhões de pessoas poderão enfrentar ameaças decorrentes do aumento do nível do mar.

A elevação do nível do mar acarreta consequências extremamente graves.

Em ilhas como as da Polinésia, onde anteriormente quase não ocorriam desastres climáticos, nos últimos anos o número de grandes inundações chega a dezenas de casos por ano.

Em 2023, foram registrados mais de 34 desastres, como tempestades e grandes inundações, na região do Pacífico, resultando na morte de mais de 200 pessoas.

Pessoas que vivem em áreas costeiras de baixa altitude enfrentam riscos particularmente graves. Países localizados em pequenas ilhas são os mais vulneráveis aos danos causados pelo clima e têm pouca capacidade de adaptação, por isso existe o risco de que bairros, vilas e até países inteiros nessas regiões desapareçam.

De fato, Tuvalu, um país insular cuja altitude média é de 1 a 2 metros acima do nível do mar, encontra-se atualmente diante do risco de ter todo o seu território submerso. Lagos, na Nigéria, também poderá se tornar inabitável até o final deste século devido ao aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas. Isso significa que uma cidade inteira da África pode desaparecer do mapa.

Atualmente, o nível do mar continua subindo devido ao agravamento progressivo do aquecimento global.

Recentemente, especialistas de um determinado país divulgaram dados afirmando que, no ano passado, o nível do mar no mundo subiu a uma velocidade inesperada. Segundo eles, a estimativa era de 4,3 mm por ano, porém as observações por satélite revelaram um aumento de 5,9 mm. O derretimento do gelo continental provocado pelo aquecimento global, que faz com que a água escorra para o mar, está entre as causas.

Os especialistas afirmam que, mesmo que ocorra o “milagre” de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, o nível do mar continuará subindo rapidamente, o que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade.

A realidade demonstra que elaborar medidas para reduzir as emissões de dióxido de carbono tornou-se uma questão urgente que não pode mais ser adiada.

Rodong Sinmun

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