O camarada Ma Tong Hui foi um destacado combatente revolucionário antijaponês e íntegro comunista coreano que, mesmo quase nove décadas após sua morte, continua tendo seu nome, feitos e ensinamentos lembrados com profundidade.
Nascido em 9 de outubro de 1912, em uma família de camponeses pobres, sofreu na pele a dor de ser apátrida, submetido a todo tipo de humilhação e infortúnio.
Desde jovem, mostrava-se intolerante aos atos de injustiça, descaramento e desonra que presenciava no dia a dia.
Estimulado pelas atividades militares e políticas revolucionárias do Exército Revolucionário Popular da Coreia (ERPC), decidiu seguir o caminho da luta armada na década de 1930, juntando-se à organização no outono de 1936.
Embora seu período de atuação como membro do ERPC tenha sido curto, sua trajetória comovente — marcada por profunda lealdade ao líder e à revolução — deixou uma marca imortal na história sagrada da revolução coreana.
Sob a direção do General Kim Il Sung, não hesitou em infiltrar-se em áreas perigosas frequentadas por imperialistas japoneses e seus colaboradores.
Pouco antes da Batalha de Pochonbo, em 4 de junho de 1937, foi enviado, junto com uma camarada, para obter in loco informações adicionais de grande importância para o êxito da operação do ERPC.
Disfarçados como um casal de camponeses ingênuos, conseguiram obter informações valiosas e concluir com êxito sua missão.
Ademais, quando o grande Líder elaborava um plano grandioso para intensificar as atividades político-militares no interior do país e, assim, perturbar a retaguarda do inimigo após o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, confiou a Ma Tong Hui o papel de membro do destacamento de vanguarda. Enquanto operava a partir do acampamento secreto do Monte Paektu, foi enviado como agente político com a missão de acender as chamas da revolução em todas as partes da península.
Compreendendo que retribuir o amor e a confiança do Líder era a maior honra e o mais elevado dever de um revolucionário, Ma Tong Hui lutou bravamente em diversas batalhas, como a Batalha de Kansambong, contribuindo significativamente para as vitórias. Durante o treinamento militar em Donggang, também demonstrou elevado entusiasmo e destacou-se entre os demais combatentes.
Porém, enquanto realizava uma missão no interior, o camarada Ma Tong Hui foi traído por um desertor, Jang Jung Ryol, e capturado pelos japoneses no inverno de 1937.
Os bandidos japoneses o torturaram brutalmente, empregando todos os métodos possíveis. Para ele, o mais doloroso não era o sofrimento físico, mas o remorso de não ter conseguido cumprir a tarefa confiada pelo General. Por isso, sua convicção e vontade revolucionárias apenas se fortaleceram, decidido a lutar até a morte.
Como não conseguiram quebrá-lo com a tortura física, os inimigos recorreram a métodos ainda mais vis e covardes: tentaram colocá-lo em um estado de torpor mental, esperando extrair informações sobre o quartel-general a partir de palavras ditas inconscientemente.
Para Ma Tong Hui, que se mantinha vivo apenas pela força de vontade, essa era mais uma dura batalha — a luta contra si mesmo.
Em determinado momento, percebendo que sua força física e mental estava se esgotando, reuniu suas últimas energias e gritou aos inimigos:
“Se querem tanto ouvir algo de mim, escutem isto: sou combatente do General Kim Il Sung! Nada mais ouvirão da minha boca...”
Em seguida, mordeu a própria língua com força.
O grande Líder camarada Kim Il Sung, ao relembrar os feitos heroicos de Ma Tong Hui, escreveu o seguinte em suas memórias "No Transcurso do Século":
“Arrancar a própria língua não é algo que qualquer um possa fazer. Tal decisão só é possível para aqueles que preferem morrer como leais do que viver como traidores. Quando alguém se decide pela morte, pode fazer qualquer coisa. A coragem e o espírito de sacrifício de Ma Tong Hui vieram de sua convicção firme.”
Ma Tong Hui faleceu em 1 de setembro de 1938, sem conhecer a Coreia libertada.
Sua esposa, Kim Yong Gum, também foi assassinada durante o ataque dos imperialistas japoneses ao acampamento secreto de Ganbahezi.
Após a libertação da Coreia (15 de agosto de 1945), o grande Líder, sem jamais esquecer o valioso camarada caído, encontrou-se em algumas ocasiões com a mãe de Tong Hui, Jang Kil Bu.
Seus restos mortais descansam no Cemitério dos Mártires Revolucionários do monte Taesong, em Pyongyang.
Assim, o combatente antijaponês Ma Tong Hui foi um combatente indomável que, até o último instante da vida, manteve firme a dignidade e integridade de um verdadeiro revolucionário.