domingo, 9 de março de 2025

Publicada declaração do porta-voz da Associação de Coreanos Recrutados Forçadamente e seus Familiares

O porta-voz da Associação de Coreanos Recrutados Forçadamente e seus Familiares publicou no dia 9 uma declaração intitulada "Acertaremos as contas pela atrocidade antiética do imperialismo japonês contra o povo coreano".

Seu texto integral é o seguinte:

Já se passaram 80 anos desde a libertação da pátria do domínio colonial do imperialismo japonês.

No entanto, ainda hoje se ouvem os clamores das almas dos coreanos que foram levados à força pelo imperialismo japonês e morreram carregando o rancor.

Na história dos inauditos crimes antiéticos cometidos pelos imperialistas japoneses no século passado, estão registrados os fatos de que, após ocupar militarmente a Coreia, eles levaram mais de 8 milhões e 400 mil adolescentes coreanos para os campos de guerra agressiva e trabalhos forçados, deixando-os morrer em massa devido aos ataques aéreos das tropas estadunidenses.

Nos dias 10 e 13 de março de 1945, durante o período final da Guerra do Pacífico, provocada pelo imperialismo japonês, centenas de bombardeiros estadunidenses "B-29" lançaram bombas incendiárias sobre Tóquio e Osaka, no Japão.

Naquela época, os imperialistas japoneses trancaram os coreanos, que já sofriam com o trabalho perigoso e árduo, recebendo maus-tratos e desprezo desumano, insistindo na fuga durante o ataque aéreo, o que resultou em uma tragédia.

Em relação à situação dos danos sofridos pelos coreanos, um centro de dados sobre a culpabilidade de guerra do Japão informou que o número total de vítimas de guerra chegou a 41.300, dos quais mais de 10.000 morreram.

Imediatamente após o ataque aéreo, os imperialistas japoneses enterraram os mortos em 67 locais, como parques, templos e pátios de escolas, sem verificar suas identidades, sob o pretexto da visita do "imperador" àquela área, e depois desenterraram os restos mortais para tratá-los de acordo com sua vontade.

O destino miserável das vítimas coreanas se deve à ocupação e colonização da Coreia pelo imperialismo japonês e é o produto direto do sequestro.

No entanto, as autoridades japonesas não prestaram atenção à investigação do verdadeiro aspecto do caso, nem à confirmação da identidade das vítimas coreanas, e tentaram apagar os casos.

O Japão formalizou como posição governamental a proibição do uso do termo "trabalho forçado" e ordenou que fosse escrito nos livros de história como "mobilização" e "conscrição laboral".

Deve-se ter em mente que quanto mais se desvia da responsabilidade estatal sobre os crimes contra a humanidade, tenta apagar o histórico de agressão do passado e educa as gerações futuras com a história distorcida, mais será isolado no âmbito internacional como um país imoral e descarado, e seus crimes se tornarão mais evidentes.

A prisão e o trabalho forçado cometidos pelo governo e pelo círculo militar do velho Japão ao mobilizar suas autoridades são crimes imprescritíveis.

O Japão, país criminoso de guerra, deve investigar o fato de que os restos das vítimas coreanas foram abandonados por 80 anos, publicar o verdadeiro aspecto do caso e pedir desculpas e fazer compensações às vítimas e seus familiares.

Todo o povo coreano mantém a vontade de satisfazer, sem falta, o rancor das vítimas do recrutamento forçado do Japão e seus familiares.

A atrocidade antiética cometida pelo imperialismo japonês contra o povo coreano durante o ataque aéreo das tropas estadunidenses contra Tóquio e Osaka será cobrada.

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