domingo, 9 de março de 2025

Publicado comunicado do escritório de informação do MRE da RPDC

O escritório de informação do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia publicou no dia 9 um comunicado intitulado "O exercício excessivo das forças militares dos EUA agravará ainda mais a crise de sua segurança".

O texto completo é o seguinte:

Ouvem-se, além da fronteira sul da República Popular Democrática da Coreia, os ruídos da máquina de guerra marcada pela hostilidade e desconfiança.

Os EUA, em conluio com os gângsteres da cúpula militar da República da Coreia, tentam encenar o treinamento militar de grande envergadura "Freedom Shield 2025", um ensaio de guerra agressiva e conflituosa, aquecendo a situação da região em armistício, apesar de nossas reiteradas advertências.

Essa perigosa loucura leva ao limite extremo a já tensa situação da Península Coreana, onde um confronto físico entre ambas as partes pode ser provocado por um disparo acidental.

O que não pode ser ignorado é que os inimigos planejam aplicar, durante suas manobras militares, o "OPLAN 2022", que visa um "golpe preventivo" contra nossas instalações de armas nucleares, conforme a "guia sobre dissuasão e operação nuclear" elaborada em julho de 2024.

Essa aventura militar dos EUA, realizada ininterruptamente, sem considerar a ambiguidade política gerada pela mudança de governo, demonstra de forma inegável sua hostilidade inerente. Dominados por uma inimizade crônica contra a RPDC, insistem em sanções, pressão e confrontação.

Como se pode perceber pelo nome do atual alvoroço militar dos EUA e da República da Coreia, seu objetivo é impor ao nosso sagrado Estado soberano os valores estadunidenses e a democracia liberal ao estilo ianque e, em última instância, derrubar nosso poder e regime.

A estrutura do prolongado e grave confronto político-militar entre a RPDC e os EUA aproxima-se cada vez mais do ponto crítico de explosão devido às frenéticas manobras militares dos EUA contra nosso Estado, tornando a situação ainda mais perigosa.

Então, devemos considerar os diversos treinamentos militares que os EUA encenam a qualquer momento, descrevendo-os como "anuais" e "defensivos", como uma temerária demonstração de força de quem está assustado com a superioridade do poderio defensivo da RPDC, proporcional à ameaça nuclear dos EUA, ou como um consolo diante da incerteza de segurança de seu lacaio?

Os EUA e a República da Coreia decidiram realizar mais vezes do que no ano passado o treinamento móvel ao ar livre em nível superior de brigada, simultanear a segunda fase do treinamento conjunto de comando e controle das forças espaciais estadunidenses na República da Coreia para verificar a capacidade de apoio a operações espaciais na região em tempos de emergência na Península Coreana e introduzir de forma experimental a tecnologia de inteligência artificial generativa nos exercícios militares conjuntos, fatos que deixam claro o caráter ofensivo dos "Freedom Shield".

Com seus incessantes ensaios militares, os EUA tentam perpetuar a estrutura do círculo vicioso de provocações e agravamento da situação, levando a um estado irreversível a crise na Península Coreana e seus arredores.

Além disso, buscam o anacrônico objetivo de obter supremacia militar e promover a reorganização geopolítica na região da Ásia-Pacífico, expandindo seu sistema de alianças militares com seus lacaios, como a aliança estratégica integral, sob o pretexto da "ameaça" de terceiros.

Seguindo a linha conflituosa e hegemônica dos EUA, são constantemente posicionados na região da Península Coreana ativos estratégicos, incluindo o submarino nuclear "Alexandria", o bombardeiro estratégico "B-1B" e o porta-aviões nuclear "Carl Vinson", além da realização contínua de espionagem aérea e exercícios militares conjuntos de diversas formas, o que aumenta a preocupação com a segurança da RPDC e de outros países da região.

Após esse exercício, serão realizados mais de 110 exercícios militares anti-RPDC, incluindo o treinamento coorganizado pelo comando das forças combinadas EUA-RC e pelo Estado-Maior Conjunto da República da Coreia, representando um aumento de 9,7% em relação ao ano passado. Isso indica que a fúria conflituosa militar dos países rivais não é uma convulsão momentânea, mas um sintoma crônico.

O aumento do envio de meios estratégicos estadunidenses para a Península Coreana e os exercícios bilaterais e multilaterais sob a liderança dos EUA evidenciam que a RPDC deve ser ainda mais rigorosa e predominante na contenção das diversas ameaças de guerra nuclear contra o país.

Os EUA, exercendo de forma excessiva sua coerção superintransigente em diferentes partes do mundo, ampliam e intensificam gradativamente seus movimentos militares na Península Coreana e na região, sob o pretexto da "demonstração de aliança".

Talvez essas ações sirvam para acalmar seus aliados, mas não contribuirão para fortalecer a segurança dos EUA e de seus parceiros.

A precipitada conduta e a decisão irracional dos EUA, que tentam "solenemente" interpretar neste ano o primeiro movimento de sua sinfonia de guerra com provocações militares de máxima escala, apenas contribuirão para "subtrair" da própria segurança do país.

Já deixamos clara nossa determinação de continuar exercendo o dissuasivo estratégico em resposta à incessante demonstração de força militar dos EUA.

Os EUA devem ter plena consciência de que, quanto mais recorrem habitualmente à política hostil contra a RPDC, negando abertamente sua existência digna e seu contínuo desenvolvimento, mais justificam nossos princípios de reação superintransigente e se deparam com uma crise de segurança ainda mais grave.

É natural que a "continuidade" de sua postura maliciosa em relação à RPDC leve inevitavelmente a erros estratégicos e que o futuro dos EUA se torne sombrio caso falte capacidade de discernimento.

Multiplicaremos nossos esforços responsáveis para preservar a paz duradoura na Península Coreana e na região, apoiando-nos em forças confiáveis e acompanhadas pelo súbito fortalecimento das forças armadas nucleares.

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